Vamos falar sobre a importância de SER e VIVER absolutamente no momento presente, independentemente de tudo o que tenha acontecido no passado e/ou de tudo o que possa ainda vir a acontecer no futuro.
Primeiro vamos definir estes dois verbos de forma aprofundada que me parece importante de modo a estarmos na mesma página.
Nesse sentido, importa dizer que SER é um exercício que fazemos no nosso dia-a-dia quando primeiramente já conseguimos aceitar-nos exatamente como estamos no momento atual das nossas vidas, o que passa por várias alterações ao longo da nossa existência.
Depois, não podemos esquecer-nos que SER passa pela consciência de nós mesm@s enquanto seres únicos e insubstituíveis na dinâmica do Universo, o que nos dota de um sentido de pertença e de importância.
Muitas pessoas pensam que conseguem SER, mas depois quando vamos aprofundar, não passam de meras representações daquilo que acreditam que deviam ser e nunca sequer pararam para analisar quem verdadeiramente são.
Não há como VIVER a vida de forma plena se não fizermos primeiramente este exercício de aceitação e consciência de quem verdadeiramente somos, se não aceitarmos quem somos e se não formos verdadeiramente resilientes de modo a mostrar ao mudo quem somos.
Por isso, VIVER é algo tão difícil de fazer e tão relacionado com a resiliência que cada um de nós consegue exercer na sua vida, pois é essa resiliência que vai ditar a diferença aos demais.
Já dizia Oscar Wilde:
“Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe”.
Oscar Wilde
Ter esta consciência é o primeiro passo para começar. A mudar toda a forma como nos conceptualizamos desde que acordamos de manhã até que voltamos a deitar-nos para dormir à noite.
Depois disso, vem a parte de conseguir SER aqui e agora, no momento presente, no segundo exato da minha vida em que preciso de mim mesm@ e em que assumo a minha identidade para o mundo.
Saiba que só conseguirá SER e exercer esse SER quando for capaz de se libertar dos conceitos exteriores a si que até então tinham sido tão importantes, delimitadores e securizantes.
Saiba que este processo de auto-descoberta também traz perdas e que também traz dissabores, porque apenas podemos controlar as nossas atitudes e escolhas, estamos e estaremos sempre sujeitos às reações dos outros (mais ou menos importantes na nossa vida) que nos trarão dúvidas sobre o nosso caminho vezes sem conta.
Saiba que tudo isso é normal, esperado e expectável e sabendo isso tudo, estará mais forte, mais segur@ e mais resiliente para fazer esse caminho em direção a si para um reencontro importante, inesquecível e absolutamente fundamental para que consiga a partir daí VIVER a vida que sonhou, que acredita ser possível e que conseguirá criar, não pelo passado que viveu, nem sequer pelo futuro que espera encontrar, mas pelo presente que aceita encarar com as batalhas necessárias, libertadoras e cheias de direção.
Será que se conhece?
Será que sabe quem É?
Será que VIVE?
Será que está preparad@ para que isso aconteça? HOJE?
Ser protagonista da série da sua vida, é criar suas próprias temporadas, o seu roteiro, criar a sua felicidade, o seu caminho e ter a liberdade de ser quem você quer ser.
Se não estiver bem consigo mesmo não estará bem com ninguém, então é preciso ter autocuidado, se amar e permitir ser amado, aceitar que merece ser feliz.
Não seja coadjuvante ou espectador passivo que espera que a vida traga o que você deseja, seja pró-ativo, vá em busca do que deseja, descubra que tem valor pessoal e sinta prazer.
E quando ouvir um “não” que sirva de estimulo para superação e aprendizado, na vida você ganha ou aprende. A competição é consigo mesmo, se superar e se reenventar, ser a sua melhor versão.
Pensar em fazer o que os outros fazem, querer agradar a todos, querer a provação e o reconhecimento dos outros, ser salvador, são características de é um padrão de comportamento tóxico.
Rotina cansativa, trabalho preocupante, frustração na vida pessoal, medo do futuro e desconforto diante de situações do dia a dia. Esses e outros fatores acumulados podem causar o estresse, uma sensação que provoca diversas alterações no organismo, como aumento da pressão arterial e dos batimentos cardíacos. O estresse é, na verdade, uma reação do organismo que se manifesta ao longo do tempo por causa de situações ameaçadoras.
Para reduzir o estresse e aumentar a proteção do corpo, é necessário procurar ajuda para tratar o problema e implementar uma série de mudanças de hábitos: necessidades básicas, dormir bem, se alimentar equilibradamente, beber água, higiene pessoal e do ambiente físico e fazer atividades físicas.
Mas além do estresse, existem outros fatores psicológicos que podem prejudicar o sistema imunológico. “A clássica tríade dos tempos modernos: ansiedade, pânico e depressão”.
A ansiedade surge quando você deixa de viver o presente e começa a projetar-se no futuro, o qual não existe e que é pura imaginação. Não crie filmes ficticios, quanto mais você se afasta da vida social, mais se afasta da realidade e cria filmes onde você também é um personagem ficticio, ou seja você se afasta de quem você realmente é, o personagem principal.
As séries que assistimos e que nos marcam são as que tem emoção, aventura, desafios, superação, na série da vida não seria diferente, tudo isso para escrever as suas temporadas.
É preciso usar a criatividade para as coisas boas, fique atento ao tempo do relógio, mas viva o aqui e agora. Criatividade é a inteligência se divertindo.
Com o ritmo de vida que temos hoje em dia é necessário perceber que a força nasce da resistência.
Permita ser a sua própria essência, ser autêntico e verdadeiro.
Se sente que necessita de apoio para se tornar assim protagonista da sua vida, conte com o meu auxílio no processo. Marque a sua consulta presencial ou online hoje!
Você é protagonista da sua série, não se demita desse papel!
Este mês vamos falar de emoções e de pensamentos correntes nas nossas cabeças e dos padrões tóxicos que tantas vezes damos por nós a alimentar em nós mesmos sem grande consciência de que o estamos a fazer.
É importante começar talvez por dizer que os padrões tóxicos não nascem do ar e que em todos nós eles têm uma causa, hoje não vamos focar-nos na causa, mas talvez se torne interessante tirar uns minutos para refletir qual a causa dos seus, isto porque, identificar a causa torna sempre mais fácil e rápida a transformação que conduz à cura em todas as áreas da existência humana, sejam elas científicas, biológicas ou emocionais.
Quantas vezes já deu consigo a ter determinados pensamentos quase automáticos que lhe provocam emoções desagradáveis ou desconfortáveis?
Quantas vezes já perguntou a si mesm@ porque é que esses pensamentos passam na sua cabeça sem que tenha grande controlo dos mesmos nem das suas consequências?
E quantas vezes já desistiu de encontrar respostas?
Deixe-me dizer-lhe que os nossos pensamentos são aprendidos assim como as nossas ações e os nossos comportamentos e que tendemos a pensar da mesma maneira que tivemos oportunidade de observar as outras pessoas a manifestarem os seus pensamentos na vida quando éramos crianças.
A dada altura das nossas vidas, à força de tanto observar e validar que mediante o estímulo X a melhor forma pensar era com o pensamento Y que originava a resposta Z, deixamos de ter que observar e passamos simplesmente a reproduzir esta mecânica nas nossas vidas.
Senão vejamos, quantas vezes já deu consigo a agir conforme os seus cuidadores agiam e a sentir-se até um pouco desconfortável com isso? Como se fosse uma espécie de karma ou de herança familiar?
Repare com atenção, nós não herdamos formas de pensar e agir, nós simplesmente copiamos e a grande diferença entre copiar e herdar é que no primeiro caso podemos parar de o fazer quando percebemos e escolhemos diferente, já no segundo isso não é possível e temos que viver o resto da vida com a herança.
Anime-se… Está na sua mão o poder de agir conforme quiser, e mudar todos os seus comportamentos, de ser livre na forma como pensa e age na sua vida e de quebrar quando quiser todas as sinapses automáticas que acontecem no seu cérebro supostamente por uma questão de poupança de energia biológica.
Sorria… existe em si a capacidade de identificar quando o pensamento padrão chega, fazer uma pausa terapêutica para escolher parar esse mecanismo e nesse momento escolher fazer diferente do habitual, quebrando o ciclo e iniciando um novo, este já fruto da sua escolha, do seu livre-arbítrio e da sua liberdade.
Confie… que há muito mais potencial em si do que imagina nomeadamente para aprender mais sobre si mesm@.
Acredite… que é possível alterar todo um conjunto de padrões de pensamento e de comportamento que só têm trazido desconforto, tristeza e toxicidade à sua vida.
Agarre… em si a decisão de escolher a vida que quer viver, que merece viver e que pode viver começando a escolher hoje, a agir diferente hoje e repetindo essa escolha as vezes que forem necessárias até que se torne mais fácil.
Agradeça… sempre a oportunidade de poder ser melhor, não se revolte nunca com o seu passado e honre todos os momentos que já viveu até ao dia de hoje porque foram eles que trouxeram a necessidade de mais e melhor para si.
E sorria… sorria porque quando percebemos esta mecânica, quando percebemos que somos responsáveis pela nossa vida passamos a agentes ativos, criadores e co-criadores da realidade que passa a estar sempre a nossa favor.
Se precisar de ajuda para pensar em conjunto sobre estes e outros assuntos, temos uma equipa de profissionais altamente qualificados que podem ajudar.
Boas férias se esse for o seu caso, ou excelente semana de trabalho em si mesm@ para o resto da vida.
As nossas crenças mais profundas, aquilo que mais acreditamos, surgem de um lugar nem sempre consciente. Quantos de nós não pensamos constantemente em determinados temas ou de uma forma que, na verdade, não o quereríamos fazer. Sentimos de um modo mais intenso, destruturado ou em desequilíbrio, com dificuldade de gestão das nossas emoções, motivados por dimensões que não compreendemos de onde surgem. A autoconsciência do nosso pensamento ou das nossas emoções não existe em muitos momentos da nossa vida, o nosso “filtro” não funciona e não percebemos verdadeiramente o que acontece na nossa mente. Queremos mudar, queremos tornar-nos diferentes, mas mantemo-nos presos a padrões de comportamento disfuncionais, com implicações diretas no nosso dia-a-dia, nos diferentes domínios: social, relacional, profissional, familiar e pessoal.
É nesse lugar familiar que aprendemos sobre emoções, que construímos grande parte da nossa identidade, que definimos a consciência do “Eu”, que percebemos que existe um outro e que há um pensar do outro sobre “mim”, que sentimos (in)segurança e que nos permitimos SER. Aqui, neste lugar, aprendemos emoções e pensamentos sobre o outro, sobre o mundo e sobre nós, através da perceção das nossas vivências diárias. Criamos na nossa mente uma emoção ou um pensamento que permanecem de forma constante e repetitiva na nossa vida, tornando-se um padrão. Pensamentos que emergem em cada momento, em cada passo, em cada lugar. Levamo-nos connosco sem termos a capacidade de sair destes ciclos internos.
“A voz do inconsciente é subtil, mas ela não descansa até ser ouvida.”
Sigmund Freud
Entre muitos outros pensamentos e emoções, surgem medos, culpas, comparações e julgamentos que nos prendem e que se tornam os nossos principais inimigos. Há uma força interna, que permite aos nossos pensamentos “esculpirem” o nosso cérebro, e quando estes são destrutivos e negativos, entramos no caminho da toxicidade. Pensamentos como “eu não vou conseguir”, “é tarde demais”, “ninguém vai gostar”, que não nos permitem um equilíbrio interno e mental. São venenos mentais, que têm a capacidade de destruir, ao longo do tempo, a nossa resistência psicológica e emocional, e que nos impedem de viver relações saudáveis ou reagir de forma adequada às situações do dia-a-dia.
Ficarmos envolvidos diariamente nestes padrões tóxicos mentais e emocionais, vai-nos destruindo, como se fossem uma espécie de vício mental, uma vez que permanecemos constantemente em contextos de medo, de insegurança, ausência de liberdade, de instabilidade, de zangas internas, bloqueando muitas vezes o alcançar de objetivos e o desenvolvimento pessoal e profissional. É a mente a controlar a nossa vida, destruindo os nossos sonhos, a felicidade, relacionamentos e o amor próprio.
“Toda a forma de vício é ruim, não importa que seja droga, álcool ou idealismo.”
Carl Yung
Os padrões que ressoam danificam o autoamor e a nossa alma, impedindo-nos de viver uma vida mais plena e com maior liberdade. Quem conseguirá atingir o seu amor próprio com o pensamento constante “eu não sou suficiente”? Quem conseguirá valorizar-se com a ideia repetitiva de que “eu sou um fracasso”? Quem irá atingir os seus objetivos se surge na sua mente constantemente que “não vai funcionar” ou “eu não tenho tempo”?
A valorização e o autoamor ficam condicionados por estes padrões mentais e estes sentimentos tóxicos de autodepreciação, como a desvalorização do “eu” e pensamentos punitivos, tão frequentes no indivíduo, e que comummente levam a quadros de depressão ou transtornos de ansiedade.
É efetivamente difícil controlar os pensamentos aprendidos e que se foram mantendo na nossa mente, mas é possível, num processo de autoconhecimento e consciencialização de si, aprender a ter controle dos pensamentos e emoções que não devem permanecer. Nem sempre é fácil ter um sorriso “de orelha a orelha”, dia após dia, nem sempre é simples evitar pensamentos que nos deixam sem energia mental, emocional e física, mas é possível compreender para controlar, perceber para evitar, o que de alguma forma nos deixa neste caminho incerto e de emoções negativas.
A ciência descobriu que o nosso cérebro é muito moldável, e que pela neuroplasticidade, ele gera novos caminhos neurais que permitem recomeçar, renovar e regenerar. Criar novos pensamentos é então efetivamente uma realidade. Eles são reversíveis. É possível, “apagar e começar outra vez”. É possível entrar em sintonia com pensamentos e emoções positivas, desenvolver e criar em nós a esperança, a felicidade, a confiança e o bem-estar.
Torne a sua mente um lugar agradável de viver. Liberte-se de bagagens desnecessárias, das críticas e autocríticas, das expetativas, da culpa e do passado e crie novos padrões em si. Padrões de luz, padrões de felicidade, padrões positivos e de qualidade de vida.
Pense no seu bem-estar, priorize-se e organize-se, tenha equilíbrio, evite julgamentos e comparações, mude o foco, respire e viva movimentos novos. Somos nós que temos o poder de controlar a nossa mente e a nossa vida e é possível escolher quais os pensamentos que alimentamos. Renove a sua mente. Escolha pensamentos e emoções saudáveis para o seu dia-a-dia, até que estes se tornem um novo pensamento, um novo hábito, e finalmente, uma nova crença de si e do mundo, fortalecendo o seu amor próprio, os seus sonhos e a sua plenitude! Conte com o meu apoio neste processo, marque a sua consulta hoje e descubra uma nova forma de viver!
Viver no momento presente é o apanágio de muitas das filosofias de vida relacionadas com o bem-estar e saúde mental. Tal não significa que o passado e o futuro não sejam dimensões importantes da vida, pois é deles que vem a memória, a saudade, a nostalgia (todos já ouvimos e empregámos a expressão “recordar é viver”), bem como a capacidade de sonhar, de estabelecer objetivos e de nos projetarmos no futuro.
No entanto, sabemos também que viver apenas no passado nos rigidifíca e cristaliza, e que viver no futuro nos pode trazer uma vivência exclusiva na fantasia e sonhos, ou por outro lado uma vivência ansiosa. Assim, e como em tudo na vida, o equilíbrio é o mais importante. Não podemos viver exclusivamente em nenhum dos momentos, mas podemos sim vê-los com como reflexo de uma construção de dois verbos conjugados no presente: ser e viver.
Ser remete para a nossa estrutura, para a nossa essência. Ser, é a capacidade de alinhar aquilo que pensamos, sentimos, os nossos valores e as nossas intenções com o nosso comportamento. É desta conjugação que vem a consistência e a coerência de que precisamos para saber quem somos, o que gostamos, em que acreditamos e o que queremos. E só conseguimos experimentar este “sentido de ser” (o nosso self) de forma consciente no momento presente. Diria que “ser no momento presente” é um sinónimo de viver.
Dito parece fácil, mas a verdade é que num dia típico da nossa rotina, estes momentos são raros: estamos preocupados e a pensar na hora a que teremos de sair de casa (quantos de nós conseguem ter uma rotina matinal tranquila a aproveitar breves momentos potencialmente prazerosos?), estamos preocupados com prazos, reuniões, tarefas que vão acontecer ao longo do dia, sempre na expetativa que aconteçam, não deixando tempo e espaço sequer para os viver de forma consciente. Estamos no hoje a pensar no amanhã e no resto da semana, ou até no resto do mês. Ao final do dia, parece que tudo foi uma sucessão de acontecimentos que passaram por nós, sem que os agarrássemos. Mesmo num dia de fim-de-semana, quantos de nós sentimos que passa sempre a correr e que não o aproveitámos? Estamos muitas vezes no modo “piloto automático”, que é o contrário de viver. Acrescento ainda que viver não está (ou não deve estar) associado apenas aos momentos de lazer e de férias. Para alcançar o equilíbrio no nosso bem-estar, é importante exercitar esta capacidade de viver de forma prazerosa momentos do nosso dia-a-dia, até nos dias mais exigentes e desinteressantes que temos. É um desafio difícil mas possível.
Se tem sentido dificuldade em conectar-se com os seus pensamentos e emoções, se sente que há comportamentos enraizados que estão a dificultar uma vivência mais plena do seu self, não se esqueça que um psicólogo pode ajudar. A consulta de psicologia é essencial para o autoconhecimento, para compreender os nossos padrões e como podemos otimizar os nossos recursos e sentirmo-nos mais equilibrados e felizes. Conte com o meu apoio no processo, marque a sua consulta hoje.
Desde que o ser humano tem consciência, que a mente foi construída para viver no passado ou no futuro, porque a nossa vivência e atribuição de significado depende muito do ensinamento/aprendizagem do passado e da projeção/planeamento do futuro.
Além disso, a mente acaba por ser um processo contínuo. Isto é, qualquer segundo antes do momento presente já é passado e qualquer segundo depois, já é futuro. Por isso, podemos afirmar que o presente parece ser relevante, ou seja, é a partir do presente que construímos e passado e o futuro.
O ponto, atualmente, devido a vários fatores do que é viver em sociedade, cada vez mais, existe a dificuldade de se viver no presente começou a provocar sérias consequências nas nossas vidas, quer a nível físico, mental, social e laboral.
No que concerne, especificamente ao nível psicológico – ansiedade, medos, stresse, depressão, arrependimentos, entre outros. Alguns dos sinais e sintomas que, começaram a ultrapassar o limiar do que é saudável. “Ser e viver” passaram a ser ditadas por emoções e pensamentos ligados ao passado ou futuro.
Por estes motivos e mais alguns, mais do que nunca, precisamos de aprender a saber como viver no presente. Caso contrário, podemos submeter-nos a ficarmos presos aos grandes malefícios que esta regra, causa em muitas pessoas.
Caros leitores, identificam-se com o que vem a ser descrito até agora?
Se a mente for utilizada da forma correta, pode tornar-se um recurso essencial. A mente funciona à sua própria vontade, por isso, é importante aprendermos a direcioná-la, prevenindo com que ela não remoa no passado e matute cenários, tantas vezes, irreais ou catastróficos.
Desligar o piloto automático (dos pensamentos):
Na lógica do observar, focalizar a atenção ao seu redor. Pare para pensar e questionar-se acerca daquilo que sente, quais as emoções e sentimentos bloqueantes ou limitantes.
Só tendo esta consciência é que consegue aceder com mais profundidade ao seu “eu” interior.
Os problemas são temporários:
Tudo vai passar, tudo se vai resolver. O tempo ajuda, mas é principalmente aquilo que você faz com o tempo.
Lembre-se, só existe uma solução definitiva para problemas temporários. Não decida o definitivo precipitadamente, entende?
Olhar para o negativo como uma aprendizagem:
“Ah, se eu pudesse voltar atrás”; “Devia ter feito de uma forma diferente”. Frases que todos nós já dissemos alguma vez na vida, mas aprender com o passado não significa lamentar as coisas que correram mal, ficar preso a sentimentos, pensamentos, sofrer pelas desilusões ou cobrar-se por não ter feito melhor. Aprender com o passado é olhar para trás e agradecer pelo que viveu e questionar-se acerca do que pode mudar para a frente.
Transformar a culpa em responsabilidade:
Nós somos os principais responsáveis pela construção da nossa realidade e pela forma como vivemos. Das duas uma. Ou tomamos responsabilidade e assumimos que em algumas situações a culpa não poderá ser nossa ou noutras, assumimos que ser autoresponsáveis pelas nossas escolhas. Culpar os outros por uma vida infeliz e incompleta é fácil. Mas quando colocamos toda, mas quando assumimos a responsabilidade de nós mesmos, começamos a entender que tudo o que fazemos tem uma consequência e isso potencia-nos a mudar.
“Só eu tenho o poder de mudar a minha mente, de tomar as minhas decisões e de alterar a minha realidade”.
Perdoar:
Verifique se a sua mente está a prender algum padrão de dor, ressentimento, que sustente o que sente constantemente. Se é o caso, quer dizer que não perdoou.
A dificuldade em perdoar pode ser dirigida a alguém, a si próprio ou até mesmo a um evento ou situação que a mente recusa aceitar. Perdoar significa não oferecer resistência à vida. A alternativa é a dor e o sofrimento.
“A mente não consegue perdoar. Só você é que o pode fazer”.
Saborear as pequenas coisas do dia a dia:
Deixamos escapar os momentos entre os dedos…Quando foi a última vez que saboreou um chocolate com toda a atenção? Reparou que o chocolate tem dezenas de sabores diferentes? E aquele dia em que acordou triste, mas o amigo roubou-lhe um sorriso da cara? E quanto se sente mal fisicamente, mas não repara que já recebeu 3 elogios
durante o dia?
O próximo momento será sempre o próximo. Este já passou e nunca mais volta. Mude a pressa de chegar ao destino seguinte, pelo prazer de viver o que está à sua frente. Está atrasado para alguma coisa? Relaxe e aproveite.
Perceber o corpo e ter atenção plena – Mindfulness:
Dificilmente estamos totalmente atentos às tarefas que estamos a realizar ou ao que alguém está a falar.
O Mindfulness, ou atenção plena, é a prática de se estar no momento presente da maneira mais consciente possível.
Ou seja, estamos atentos a cada movimento, sensação, respiração. Isto é, deixar de lado os pensamentos alheios e sentimentos anteriores, para deliberadamente sentir, ouvir, viver plenamente a situação presente.
E um exercício intencional, pois é preciso dedicação e autorregulação por parte de cada pessoa para se alcançar os resultados. As técnicas de Mindfulness conectam a ação e o pensamento.
Além disso, o Mindfulness também é conhecido como a Psicologia da Atenção Plena. Ou seja, onde o psicólogo trabalha mente com o objetivo de aumentar o foco. É cientificamente validado na psicologia, mas requer treino. Para ter uma ideia, o ser humano adquire um hábito entre 20 a 30 dias. Treine, procure e seja bem-sucedido.
Conseguiu chegar ao fim do artigo ou foi impaciente com o presente?
Leu na diagonal ou retirou valor das palavras?
Parabéns se aproveitou este momento de leitura, está a ir num bom caminho.
Se sente que necessita de apoio neste processo, conte comigo, marque a sua consulta hoje.
Cuide de si, existimos como somos no presente. Não se atrase, não se apresse. Seja e viva!
Quando pensamos em psicoterapia é frequente questionarmo-nos acerca dos seus processos e da sua utilidade: Porque é que será importante falar de emoções? Porque será que os terapeutas tanto insistem neste aspecto? Qual será a utilidade de nos colocarmos como espectadores dos nossos próprios sentimentos e sensações?
Com efeito – e em jeito de aproximação à resposta a estas questões –, a contenção e/ou o afastamento das nossas emoções, bem como a posição de força e de verdade imutável e absoluta que frequentemente atribuímos aos pensamentos associados a essas emoções, podem transformar-se em algo nefasto, o que acaba por condicionar o nosso bem-estar e felicidade.
Ao longo da vida vivemos as mais diversas situações que nos podem trazer a experiência de emoções como dor, raiva, medo ou angústia. Nestes momentos a nossa primeira reação é, geralmente, a de evitar e afastar essas emoções: optamos deliberadamente por não pensar naquele assunto agora, deixando-o para mais tarde, distraindo-nos com outras coisas à nossa volta. Ao fazê-lo, estamos a encarcerar as nossas emoções e a negar a validade daquilo que sentimos (as emoções não são boas nem más – são simplesmente uma parte integrante da condição humana).
As emoções sentem-se no corpo, e é no corpo que elas ficam “encarceradas”, quando optamos por não as vivenciarmos. Ao ficarem encarceradas, com toda a sua carga perturbadora, acabarão por influenciar, se não a nossa saúde física, seguramente a forma como interagimos com os outros e como olhamos para nós mesmos e para o mundo à nossa volta.
Permitirmo-nos vivenciar as emoções (se expressamos emoções associadas a bem-estar, tais como alegria, felicidade, satisfação, entre outras, porque não fazemos a catarse das emoções que nos perturbam? Afinal, todas elas fazem parte da experiência humana!), em vez de afastarmos as mais dolorosas, permitir-nos-á “fazer a digestão” dessas mesmas emoções (“fazer as pazes” com elas) e seguir assim para diante.
Proponho-lhe esta experiência: encontre um espaço em que se sinta seguro e confortável, num momento em que saiba não correr o risco de vir a ser interrompido; traga à sua consciência as situações que provocaram as emoções que manteve afastadas (pode fazê-lo através da leitura de coisas que possa ter escrito sobre o assunto, ou simplesmente através da visualização mental daquelas circunstâncias passadas); ao deparar-se, de novo, com essas emoções anteriormente negadas, deixe-se simplesmente “sentir essas sensações e sentimentos”, evitando (este ponto é de grande importância) qualquer autojulgamento das suas reações; permita-se expressar essas emoções (se for preciso chorar ou gritar, faça-o); permita aperceber-se dos pensamentos que possam surgir associados a essas emoções (mantenha-se como mero observador, sem bloqueio e sem julgamento).
Ao libertar-se das emoções presas dentro de si estará a contribuir para a “cicatrização” das experiências associadas a essas emoções perturbadoras. Ao lidarmos diretamente com as nossas emoções estamos a promover, como falava há pouco, uma melhor “digestão” das experiências negativas associadas, contribuindo para a promoção da nossa saúde física, mental e emocional.
Esta melhor digestão das experiências negativas tem ainda outras vantagens: ao nos conhecermos melhor, estaremos mais aptos a criar padrões mais saudáveis de pensamento e de comportamento, e até a experimentar modificar alguns desses nossos comportamentos e reações que, por vezes, nos deixam insatisfeitos e causam mal-estar, a nós e aos que estão próximos de nós. Aprendermos a gerir as nossas emoções ajuda-nos a resgatar a nossa confiança e autoestima, fortalece a nossa motivação e capacidade de escolha, e ajuda-nos a melhor compreender as nossas reais necessidades e desejos.
A psicoterapia está disponível para o ajudar na navegação de todos estes processos, de uma forma segura e acompanhada. Se procura apoio para iniciar ou consolidar este processo, para colocar em marcha a utilização destas e de outras ferramentas, estou aqui para o ajudar. Cuide de si!
Tod@s nós já experienciámos sensações, vivências e relações pouco saudáveis para o nosso bem-estar e saúde mental. Pensamentos e padrões tóxicos consomem a nossa energia, deitam-nos abaixo e limitam-nos de viver a vida na sua plenitude. Devemos afastar-nos do que não nos faz bem e de quem não nos faz bem. É suposto que as relações, mesmo com as partes naturalmente menos boas que todas têm, sejam prazerosas e nos preencham, não o contrário.
Já deu por si a sentir uma irritação constante, culpa, medo e insatisfação permanentes? Já se sentiu insatisfeito com tudo na sua vida, angustiado e sempre a reclamar? Estes são alguns exemplos de emoções tóxicas, das quais nos devemos livrar.
Os outros podem revelar-se tóxicos no modo como interagem connosco, pela forma como nos tratam (ou destratam), ou simplesmente pela energia que sentimos da parte del@s, isto é, pela sua presença na nossa vida. Tod@s já sentimos que aquela pessoa é desagradável no trato, que nos fala com 7 pedras na mão, que não perde uma oportunidade para nos atacar ou rebaixar…e atenção, este comportamento pode, muitas das vezes, manifestar-se de forma passiva, contrariamente à agressividade esperada. Nem sempre um relacionamento tóxico tem características logo visíveis, como uma agressão.
Estamos habituad@s a ouvir falar que as relações tóxicas acontecem só em relações amorosas, mas não. Infelizmente, também no nosso ambiente de trabalho, nas amizades e até mesmo no seio familiar, podem-se viver relações igualmente tóxicas. Naturalmente, todas as relações têm problemas, contudo, não é saudável normalizar comportamentos e vivências nocivas e disfuncionais. É com a família e com os amigos que crescemos e que moldamos a nossa personalidade, mas quando estas partilhas são pouco saudáveis para o nosso bem-estar e saúde mental, podemos experienciar várias consequências psicológicas, tais como ansiedade, depressão, elevados níveis de stress, baixa autoestima, sentimentos de inferioridade, entre outras.
Achamos que só acontece aos outros e nas outras relações. Mas a verdade é que, como em tudo, nada de bom ou de menos bom acontece apenas na vida dos outros.
Se olharmos com atenção e pararmos para analisar e refletir sobre as nossas emoções, pensamentos e relações, percebemos que se calhar temos arestas que precisam de ser limadas, e que a toxicidade está mais perto do que pensamos.
O problema é que a toxicidade é como um camaleão: vive camuflada e faz casa na nossa cabeça, no nosso mundo interno e nas nossas relações. Esses hábitos enraizados vão ganhando forma, até a um ponto em que já aceitamos como normais padrões que, no fundo, não são saudáveis para nós. Por isso, é importante pararmos para observar, refletir e questionar-nos se estamos ou não a ser e/ou experienciar padrões tóxicos na nossa vida.
O facto de termos comportamentos e atitudes tóxicas demonstra que não estamos bem, o mesmo acontece com os outros. Por isso, é importante que paremos para pensar e refletir sobre como estamos. Embora não sejamos os nossos pensamentos, também eles dizem muito sobre nós. Então, devemos estar atentos, para que possamos compreender de que forma nos estão a limitar, para assim termos oportunidade de agir sobre o nosso pensar.
As nossas emoções são como um mapa orientador que temos a nosso favor. Então, é importante saber lê-las, conhecê-las, para nos orientarmos no meio delas e também permitir que elas nos possam orientar. A autoconsciência permite-nos perceber o que estamos a pensar, conhecer os nossos pensamentos e, a partir daí, fica mais acessível poder alterá-los.
Para isso, o trabalho terapêutico pode ser uma ajuda importante. Estar em terapia é poder ter um olhar a dois sobre nós, sobre os nossos pensamentos, experiências, sentimentos, angústias, vitórias, objetivos e inquietações. Expressar as nossas emoções, é sempre melhor a dois. É ter um lugar seguro para serem realmente escutadas, contidas e compreendidas, o que nos permite regular o que sentimos e a forma como lidamos com isso. Ajuda-nos a ganhar ferramentas para compreender as nossas necessidades e como sermos verdadeiramente amigos e contentores, tanto de nós próprios, como também do outro.
Se começa a perceber que tem algum destes exemplos na sua vida, se ao ler este texto há uma luz que se acende, esse é o alerta que precisa para quebrar o ciclo. Conte com o meu apoio neste processo, marque a sua consulta hoje.
É muito comum as pessoas pensarem que emoção e sentimento são a mesma coisa, mas é importante esclarecer que sentimentos e emoções são coisas diferentes. A emoção cria um sentimento, que também pode criar novas emoções e outros sentimentos, ou seja, a emoção é a reação do cérebro a um estímulo ambiental. Já o sentimento é uma resposta à emoção, ou seja, como a pessoa se sente diante de tal emoção.
O sentimento é o resultado de uma experiência emocional que alguns conhecemos muito bem, como amor, felicidade, ódio, inveja.
Apesar de distintos, emoção e sentimento estão intimamente conectados. A emoção pode ser mais rápida e o sentimento durar mais tempo.
O desafio é aprender a gerir as emoções desconfortáveis e trabalhar os pensamentos para a resolução do problema. Não pense no problema e, sim, na solução. A solução está voltada para a realidade.
Por exemplo, o desconforto, acontece quando algo não está alinhado entre o que está fora, no ambiente, e o que está dentro de nós.
Quando se sentir irritado, pergunte-se porque ficou irritado com a pessoa ou a situação? O que o irrita, domina-o. Na verdade não é a pessoa ou a situação que o irrita, e sim você que se permite ficar irritado. Por trás da raiva há algo a ser tratado para não se sentir irritado. A raiva é a ausência de amor.
A pessoa que é controladora tem tendência a ser pessimista pois prefere pensar no que pode dar errado para não sofrer, mas já está a sofrer por antecipação. O pânico e medo bloqueiam o sistema imunológico.
O hábito refere-se a determinado pensamento, comportamento ou maneira de fazer algo, adquirido por repetição ou reforço da própria pessoa ou dos outros.
A maioria das decisões que tomamos, parecem ter sido escolhas muito bem pensadas, mas na verdade são os hábitos que nos impulsionam para a tomada de decisão. E sabe o motivo de não ter consciência? Existem alguns hábitos estão a ser praticados inconscientemente.
Se acha mais fácil identificar o problema no outro e ainda querer que o outro mude, essa expectativa não existe. Pois, você não tem controlo do outro, o único controlo está em si mesmo. Quando muda, tudo à volta muda!
É importante, também, perceber que não há limite de idade para iniciar o processo de mudança, o fundamental é querer mudar. Nunca é tarde!
Quando pensa que as suas verdades são verdades absolutas, está na hora de parar e refletir a respeito das suas opiniões. Como costuma conversar com as pessoas? Só você fala ou você também tem uma escuta ativa? Você realmente ouve o que as pessoas falam e interessa-se pelo que elas estão a falar? Você precisa colocar-se no lugar do outro, você não é o dono da verdade!
Segundo aquele que é considerado o principal pesquisador contemporâneo em Inteligência Emocional, o psicólogo Daniel Goleman, a capacidade que a pessoa desenvolve para identificar e gerir as suas emoções, mesmo diante de frustrações e desilusões, é um dos desafios que precisa superar para ser considerada uma pessoa com inteligência emocional.
Seguindo essa linha, a inteligência emocional também está relacionada com a capacidade de controlar impulsos, canalizar emoções para situações adequadas, empatia, praticar a gratidão e motivar as pessoas. Tanto na vida pessoal ou profissional é necessário investir no processo de desenvolvimento. Os gestores precisam preocupar-se com a relação existente entre as pessoas e a organização. Sendo assim, a tendência do mercado de trabalho revela o crescente interesse pela área das emoções, sentimentos e consequentemente comportamentos, assim como a consciencialização de que o motor das empresas são as pessoas.
É necessário aprender a lidar com os pensamentos, com as histórias que você cria sobre os riscos e danos que podem acontecer.
Rever os paradigmas, ou seja, cortar o pensamento anterior para ter um novo olhar e um novo pensamento.
Mecanismos ligados ao passado aprisionam, impedem e bloqueiam o caminho para atingir os objetivos.
Os pensamentos que criamos são mais tóxicos do que a própria realidade, vigie os seus pensamentos. A nossa percepção da realidade determina o nosso comportamento, mas são as nossas crenças e os valores que a influenciam.
Crenças e valores são regras que lhe foram implantados para o seu dia a dia, é preciso olhar para as suas próprias necessidades, olhar para a sua criança. O que acontece hoje é resultado das raízes da infância.
Com a ajuda de um psicólogo é possível identificar as experiências e os pensamentos que provocam algum trauma, tais como o medo, a depressão, a ansiedade, a insegurança, o que conduz a identificar e a encarar de frente as diferentes emoções que podem conduzir à cura.
O objetivo da terapia é identificar padrões de comportamento e pensamentos, crenças e hábitos que estão na origem do problema, ajuda a ampliar a consciência através da fala, da expressão verbal, assim os problemas diluem, a mente fica limpa e organizada. Conte com a minha ajuda neste processo, agende a sua consulta hoje.
Honoré (2004) afirma que “cuidar” tem como definição ocupar-se com o cuidado de alguém ou de qualquer coisa de acordo com uma certa ideia do que é bom para ele. Cuidar é ser atencioso no acolhimento de alguém, na atenção, na preocupação com a forma como o outro está, assim como na satisfação das suas necessidades. Colliére (2003), afirma ainda que cuidar é essencialmente permitir que alguém com dificuldade física e/ou psicoafectiva enfrente a vida quotidiana.
O cuidador informal é a pessoa, não profissional, que assume, por escolha ou obrigação, o apoio e assistência a uma outra pessoa que, por diversas razões, apresenta incapacidade ou dependência de grau variável. Esta condição impossibilita a realização das principais tarefas inerentes aos atos diários necessários à existência do ser humano de forma autónoma. Assim, o cuidador é a pessoa facilitadora da execução destas funções, em que se inclui diferentes áreas, nomeadamente, higiene e conforto, alimentação, saúde, bem-estar físico, emocional e material, direitos e deveres.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (2019), cerca de 1.06 milhões de portugueses são cuidadores informais. Na sequência da evolução da ciência e, em concreto, os cuidados prestados pela medicina permitiram que o acompanhamento clínico fosse realizado não só em contexto hospitalar e institucional como também em contexto familiar.
As famílias/cuidadores informais passaram a ser o “palco” no que concerne aos cuidados prestados à pessoa com incapacidade ou dependência. Nesta medida, em Setembro de 2019 a Assembleia da República define o estatuto do cuidador informal, Lei nº100/2019, regulando um conjunto de direitos e deveres do cuidador e da pessoa cuidada.
No momento em que uma pessoa passa a ser um cuidador informal, passa a viver um conjunto de responsabilidades inerente ao cuidar de outrem. E fá-lo tendo em consideração as suas motivações, que constituem um domínio complexo, pois envolvem um grande número de razões. É um domínio que se encontra fortemente marcado pelas tradições, pelos padrões e normas sociais vigentes em cada cultura, pela própria conceção de vida, pela história de cada indivíduo, entre outros (Sousa, Figueiredo, Cerqueira, 2004, pp.65).
Existem mudanças no sentido de identidade da pessoa, agora o papel protagonista é o de cuidador em detrimento de progenitor(a), cônjuge, filho(a), amigo(a), … . Estas transformações, aliadas às próprias funções desempenhadas e expectativas depositadas pelos próprios e por terceiros, podem acarretar impactos negativos na vida do cuidador, a sobrecarga, como sentimentos emocionalmente gratificantes, traduzindo-se numa perspetiva pessoal enriquecedora.
Sommerhalder (2001) enumera aspetos vivenciados pelos cuidadores, como positivos ou benéficos, sendo estes: “Crescimento pessoal; Aumento do sentimento de realização, do orgulho e da habilidade para enfrentar desafios; Melhoria do relacionamento interpessoal; Aumento do significado da vida; Prazer; A Sobrecarga e Estratégias de Coping do Cuidador Informal, Satisfação; Retribuição; Satisfação consigo próprio e Bem-estar com a qualidade do cuidado oferecido.
Desempenhar funções relacionadas com o bem-estar físico e psicossocial da pessoa cuidada pode implicar a forte possibilidade do cuidador sofrer restrições inesperadas em relação à sua própria vida.
Quantos sonhos foram cancelados?
Quantas expectativas ficaram pendentes?
Embora todas as experiências de cuidar sejam diferentes, a verdade é que a arte de cuidar do outro é bastante desafiante, as responsabilidades potenciam estados de ansiedade constantes, o bem-estar do cuidador e a sua idealização de qualidade de vida são alterados. Neste sentido, poderá haver desenvolvimento de perturbações psicológicas ou exacerbar condições pré-existentes, assim como, potenciar situações de cansaço extremo, fadiga geral, revolta, impaciência, dores de costas, esgotamento físico e mental, pessimismo, perda de entusiamo e de alegria, irritabilidade e perturbação do sono.
É normal sentir-se exausto, sobrecarregado, tenso, preocupado e ansioso. É natural sentir-se injustiçado, culpado ou incapaz.
No percurso da vida encontramos diferentes desafios e encontramos forma de os confrontar. Podemos fugir, enfrentar ou desenvolver.
É através do enfrentar obstáculos e do nosso desenvolvimento pessoal que damos o sentido à vida. “O que posso fazer, no presente, relativamente a este desafio?” “ O que pretendo ser?” “Como pretendo viver?” É neste momento que escolheu assumir controlo da sua vida.
Aceite.
Aceite os sentimentos.
Aceite que a mudança faz parte da sua vida.
Faça o seu melhor, respeitando a sua própria necessidade de descansar.
Reconheça o seu limite e necessidade.
Permita-se a fazer pausas.
Perdoe-se.
Procure esclarecer as dúvidas, obter recursos e ferramentas essenciais no cuidar.
Conserve as suas relações sociais.
Proporcione e reforce o contacto com familiares, amigos e colegas.
Incentive a partilha da vivência da situação com pessoas significativas.
Procure promover a partilha de experiências.
Tire tempo de lazer para si.
Mantenha uma perspetiva positiva.
Medite.
Respire.
Cuidar de si permite cuidar do outro.
Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver.
Dalai Lama
Relembro que você não está sozinho, conte connosco para o ajudar neste processo de autocuidado e de desenvolvimento pessoal. Convido-o a Ser e Viver ao ritmo do Presente, do aqui e do agora. Marque a sua consulta hoje.