Desde que o ser humano tem consciência, que a mente foi construída para viver no passado ou no futuro, porque a nossa vivência e atribuição de significado depende muito do ensinamento/aprendizagem do passado e da projeção/planeamento do futuro.
Além disso, a mente acaba por ser um processo contínuo. Isto é, qualquer segundo antes do momento presente já é passado e qualquer segundo depois, já é futuro. Por isso, podemos afirmar que o presente parece ser relevante, ou seja, é a partir do presente que construímos e passado e o futuro.

O ponto, atualmente, devido a vários fatores do que é viver em sociedade, cada vez mais, existe a dificuldade de se viver no presente começou a provocar sérias consequências nas nossas vidas, quer a nível físico, mental, social e laboral.
No que concerne, especificamente ao nível psicológico – ansiedade, medos, stresse, depressão, arrependimentos, entre outros. Alguns dos sinais e sintomas que, começaram a ultrapassar o limiar do que é saudável. “Ser e viver” passaram a ser ditadas por emoções e pensamentos ligados ao passado ou futuro.
Por estes motivos e mais alguns, mais do que nunca, precisamos de aprender a saber como viver no presente. Caso contrário, podemos submeter-nos a ficarmos presos aos grandes malefícios que esta regra, causa em muitas pessoas.

Caros leitores, identificam-se com o que vem a ser descrito até agora?
Gostaria de se libertar desta tendência e aprender SER feliz e a VIVER em plenitude? A libertar-se do piloto automático?
Se a mente for utilizada da forma correta, pode tornar-se um recurso essencial. A mente funciona à sua própria vontade, por isso, é importante aprendermos a direcioná-la, prevenindo com que ela não remoa no passado e matute cenários, tantas vezes, irreais ou catastróficos.
Apresento-lhe algumas dicas que o podem ajudar a refletir sobre o tema:
- Autoconhecimento:
Observar o que sentimos, o que pensamos. Observar-se e autoinstruir-se, comunicando
com a voz interior.
Desligar o piloto automático (dos pensamentos):
Na lógica do observar, focalizar a atenção ao seu redor. Pare para pensar e questionar-se acerca daquilo que sente, quais as emoções e sentimentos bloqueantes ou limitantes.Só tendo esta consciência é que consegue aceder com mais profundidade ao seu “eu” interior.
Os problemas são temporários:
Tudo vai passar, tudo se vai resolver. O tempo ajuda, mas é principalmente aquilo que você faz com o tempo.Lembre-se, só existe uma solução definitiva para problemas temporários. Não decida o definitivo precipitadamente, entende?

Olhar para o negativo como uma aprendizagem:
“Ah, se eu pudesse voltar atrás”; “Devia ter feito de uma forma diferente”. Frases que todos nós já dissemos alguma vez na vida, mas aprender com o passado não significa lamentar as coisas que correram mal, ficar preso a sentimentos, pensamentos, sofrer pelas desilusões ou cobrar-se por não ter feito melhor. Aprender com o passado é olhar para trás e agradecer pelo que viveu e questionar-se acerca do que pode mudar para a frente.
Transformar a culpa em responsabilidade:
Nós somos os principais responsáveis pela construção da nossa realidade e pela forma como vivemos. Das duas uma. Ou tomamos responsabilidade e assumimos que em algumas situações a culpa não poderá ser nossa ou noutras, assumimos que ser autoresponsáveis pelas nossas escolhas. Culpar os outros por uma vida infeliz e incompleta é fácil. Mas quando colocamos toda, mas quando assumimos a responsabilidade de nós mesmos, começamos a entender que tudo o que fazemos tem uma consequência e isso potencia-nos a mudar.
“Só eu tenho o poder de mudar a minha mente, de tomar as minhas decisões e de alterar a minha realidade”.
Perdoar:
Verifique se a sua mente está a prender algum padrão de dor, ressentimento, que sustente o que sente constantemente. Se é o caso, quer dizer que não perdoou.
A dificuldade em perdoar pode ser dirigida a alguém, a si próprio ou até mesmo a um evento ou situação que a mente recusa aceitar. Perdoar significa não oferecer resistência à vida. A alternativa é a dor e o sofrimento.“A mente não consegue perdoar. Só você é que o pode fazer”.

Saborear as pequenas coisas do dia a dia:
Deixamos escapar os momentos entre os dedos…Quando foi a última vez que saboreou um chocolate com toda a atenção? Reparou que o chocolate tem dezenas de sabores diferentes? E aquele dia em que acordou triste, mas o amigo roubou-lhe um sorriso da cara? E quanto se sente mal fisicamente, mas não repara que já recebeu 3 elogios
durante o dia?
O próximo momento será sempre o próximo. Este já passou e nunca mais volta. Mude a pressa de chegar ao destino seguinte, pelo prazer de viver o que está à sua frente. Está atrasado para alguma coisa? Relaxe e aproveite.
Perceber o corpo e ter atenção plena – Mindfulness:
Dificilmente estamos totalmente atentos às tarefas que estamos a realizar ou ao que alguém está a falar.
O Mindfulness, ou atenção plena, é a prática de se estar no momento presente da maneira mais consciente possível.
Ou seja, estamos atentos a cada movimento, sensação, respiração. Isto é, deixar de lado os pensamentos alheios e sentimentos anteriores, para deliberadamente sentir, ouvir, viver plenamente a situação presente.E um exercício intencional, pois é preciso dedicação e autorregulação por parte de cada pessoa para se alcançar os resultados. As técnicas de Mindfulness conectam a ação e o pensamento.

Além disso, o Mindfulness também é conhecido como a Psicologia da Atenção Plena. Ou seja, onde o psicólogo trabalha mente com o objetivo de aumentar o foco. É cientificamente validado na psicologia, mas requer treino. Para ter uma ideia, o ser humano adquire um hábito entre 20 a 30 dias. Treine, procure e seja bem-sucedido.
Conseguiu chegar ao fim do artigo ou foi impaciente com o presente?
Leu na diagonal ou retirou valor das palavras?
Parabéns se aproveitou este momento de leitura, está a ir num bom caminho.
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Cuide de si, existimos como somos no presente. Não se atrase, não se apresse. Seja e viva!