
Para alcançar uma vida sexual saudável e feliz é fundamental que haja bem-estar físico, emocional e social. Tal requer que exploremos o nosso corpo físico, observando também a nossa mente, ou seja, os nossos pensamentos, crenças, valores, atitudes, desejos e fantasias.
A sexualidade é um aspeto central na vida do ser humano, que se encontra em desenvolvimento ao longo de toda a vida e todos nós devemos poder sentirmo-nos livres na procura de prazer e das nossas escolhas sexuais.
Optar por uma visão poética da sexualidade ajuda-nos a libertarmo-nos de preconceitos e tabus (sempre de forma consciente, respeitando e protegendo os direitos sexuais). Mas para isso é necessário despirmo-nos para nós mesmos e para o outro, o que exige que estejamos dispostos a ser vulneráveis (desmistificando o significado deste termo, largamente confundido com fragilidade).
Na generalidade, quando estamos numa relação de compromisso a longo prazo, a relação entre sexualidade e intimidade complexifica-se. À medida que o relacionamento progride é natural que a paixão inicial vá diminuindo, o que pode comprometer a sexualidade, caso a intimidade não seja trabalhada. Nestas situações, é importante que sejam esclarecidas todas as situações do passado que contribuíram para esse afastamento. Só a partir daqui será possível trabalhar na reaproximação do casal.
A paixão pode evoluir para uma forma mais profunda de conexão emocional, caracterizada por um senso de intimidade, compromisso, entrega, dedicação e apoio mútuo. Ou seja, uma oportunidade para aprofundar uma conexão emocional e construir uma intimidade duradoura.
Apesar de cada relacionamento ser único e experienciar diferentes vivências, é importante ter consciência de que, o mais comum, é que a paixão decresça à medida que a relação avança. Ter esta consciência é fundamental para que o casal esteja disposto a trabalhar em conjunto por forma a preservar o relacionamento e até reacender a chama.
A intimidade expressa-se em várias faces para além da intimidade física. A proximidade no espaço físico e o contacto corporal são importantes, mas em equilíbrio com a intimidade emocional e intelectual. Interagir através de afetos e sentimentos, perceber que ambos são escutados, amados e apoiados. Partilhar afinidades e interesses, ideias e pensamentos, desejos eróticos e sexuais, permite a aproximação enquanto casal e desperta a líbido. A transparência assegura uma energia excitante e segura, que gera companheirismo, prazer mútuo e apoio na concretização de sonhos e projetos de vida.
Só dando primeiro a oportunidade de nos conhecemos a nós próprios, poderemos perceber o que nos dá prazer. Só depois de sabermos o que nos dá prazer, é que é possível comunicar e conectarmo-nos com o outro, a fim de potenciar uma maior satisfação sexual enquanto casal.
Através da exploração do nosso corpo e da nossa mente sem tabus e preconceitos (explorar fantasias sexuais, brinquedos sexuais, etc.) poderemos começar a responder a estas questões, de forma a diminuir o peso e os fatores inibitórios e investir naqueles que os potenciam.
Todos nós desejamos ser ouvidos e validados pelo outro, mas é necessária a consciência de que tal só acontece através da partilha e escuta ativa. A comunicação ativa é a ferramenta-chave! Quando, durante a comunicação, algo não fica claro devemos fazer perguntas, tentar aferir o que o outro está a sentir e transmitir que tal será tido em atenção. É importante ter em mente que estes momentos não têm um momento certo para acontecer, que podem acontecer num momento súbito de desejo ou troca de olhares. A resposta nestes momentos é crucial para a evolução da relação.
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