O casal surge quando duas pessoas decidem viver uma relação a dois, amorosa, afetiva, quando assumem o desejo de criarem um modelo relacional próprio.
Quando assumem criar um espaço, prolongado no tempo, de coexistência, basicamente, podemos dizer que o casal surge quando duas pessoas se assumem juntas num só em conjunto.
Como em qualquer processo, e olhando o casal, como também ele fazendo parte de um processo em constante construção, surgem conflitos.
A forma de os superar poderá ditar a perigosidade existente para a manutenção desta relação.
As estratégias utilizadas para resolver os conflitos que vão surgindo são assim comportamentos adoptados com a finalidade de encontrar soluções para os problemas e pressupõem obrigatoriamente a necessidade de negociação construtiva ou destrutiva entre os parceiros. A comunicação é crucial.
ESTRATÉGIAS CONSTRUTIVAS VS DESTRUTIVAS PARA O CASAL
As estratégias construtivas envolvem uma boa comunicação, envolvem olhar o conflito como uma oportunidade que surgiu para melhorar o relacionamento.
Estas estratégias obrigam também a um maior auto controlo, a uma maior tolerância e flexibilidade e a uma procura conjunta por uma solução satisfatória para o casal.
Por outro lado, as estratégias destrutivas caracterizam-se pela procura de encontrar culpados, por colocar no outro os problemas, por olhar para os problemas e não para as soluções, por uma exagerada racionalização e negatividade.
QUANDO UM CASAL ESTÁ EM PERIGO
Os casais passam por experiências que colocam em cheque a coesão da relação.
As experiências negativas são mais dolorosas e, por isso, o casal tende a supervalorizá-las em detrimento das positivas.
Há como que um peso maior na atribuição de significado ao maléfico, ao doloroso, ao negativo e por isso, uma tendência num foco maior nestas vivências.
Modelos negativos de resolução de conflito na família de origem, por outro lado, podem se repetir nos relacionamentos conjugais dos descendentes.
O destrinçar da relação aprendida na família de origem é crucial, isto é, os modelos relacionais aprendidos com os pais é agora necessário ser colocado na “gaveta” para o bom funcionamento da relação de casal, importa pois ter bem presente que a relação dos pais foi a relação dos pais, estar em relação não é a estar como os pais estiveram.
Assim, características individuais de olhar as relações são formadas na modelagem à relação observada na família de origem.
Os processos e conflitos interpessoais e intrapessoais têm assim um peso grande para a qualidade da relação do casal. As expectativas e necessidades individuais de cada um na relação, marcam a forma como o casal se organizará.
Para o casal, as vivências aprendidas com os pais, na forma de estar em relação, podem ser enriquecedoras para a relação, desde que no processo de adaptação, as diferenças possam ser reelaboradas e trabalhadas para que saibam o que e o que não repetir.
Caso contrário teremos um casal em perigo. Um casal imaturo, com grande dependência dos modelos aprendidos, e com pouca tolerância de cada um em relação à diferenciação do outro.
Um casal ansioso que perante a adversidade ficará vulnerável à sua existência, enquanto casal.
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