
Tod@s nós já experienciámos sensações, vivências e relações pouco saudáveis para o nosso bem-estar e saúde mental. Pensamentos e padrões tóxicos consomem a nossa energia, deitam-nos abaixo e limitam-nos de viver a vida na sua plenitude. Devemos afastar-nos do que não nos faz bem e de quem não nos faz bem. É suposto que as relações, mesmo com as partes naturalmente menos boas que todas têm, sejam prazerosas e nos preencham, não o contrário.
Já deu por si a sentir uma irritação constante, culpa, medo e insatisfação permanentes? Já se sentiu insatisfeito com tudo na sua vida, angustiado e sempre a reclamar? Estes são alguns exemplos de emoções tóxicas, das quais nos devemos livrar.
Os outros podem revelar-se tóxicos no modo como interagem connosco, pela forma como nos tratam (ou destratam), ou simplesmente pela energia que sentimos da parte del@s, isto é, pela sua presença na nossa vida. Tod@s já sentimos que aquela pessoa é desagradável no trato, que nos fala com 7 pedras na mão, que não perde uma oportunidade para nos atacar ou rebaixar…e atenção, este comportamento pode, muitas das vezes, manifestar-se de forma passiva, contrariamente à agressividade esperada. Nem sempre um relacionamento tóxico tem características logo visíveis, como uma agressão.
Estamos habituad@s a ouvir falar que as relações tóxicas acontecem só em relações amorosas, mas não. Infelizmente, também no nosso ambiente de trabalho, nas amizades e até mesmo no seio familiar, podem-se viver relações igualmente tóxicas. Naturalmente, todas as relações têm problemas, contudo, não é saudável normalizar comportamentos e vivências nocivas e disfuncionais. É com a família e com os amigos que crescemos e que moldamos a nossa personalidade, mas quando estas partilhas são pouco saudáveis para o nosso bem-estar e saúde mental, podemos experienciar várias consequências psicológicas, tais como ansiedade, depressão, elevados níveis de stress, baixa autoestima, sentimentos de inferioridade, entre outras.
Achamos que só acontece aos outros e nas outras relações. Mas a verdade é que, como em tudo, nada de bom ou de menos bom acontece apenas na vida dos outros.
Se olharmos com atenção e pararmos para analisar e refletir sobre as nossas emoções, pensamentos e relações, percebemos que se calhar temos arestas que precisam de ser limadas, e que a toxicidade está mais perto do que pensamos.
O problema é que a toxicidade é como um camaleão: vive camuflada e faz casa na nossa cabeça, no nosso mundo interno e nas nossas relações. Esses hábitos enraizados vão ganhando forma, até a um ponto em que já aceitamos como normais padrões que, no fundo, não são saudáveis para nós. Por isso, é importante pararmos para observar, refletir e questionar-nos se estamos ou não a ser e/ou experienciar padrões tóxicos na nossa vida.
O facto de termos comportamentos e atitudes tóxicas demonstra que não estamos bem, o mesmo acontece com os outros. Por isso, é importante que paremos para pensar e refletir sobre como estamos. Embora não sejamos os nossos pensamentos, também eles dizem muito sobre nós. Então, devemos estar atentos, para que possamos compreender de que forma nos estão a limitar, para assim termos oportunidade de agir sobre o nosso pensar.
As nossas emoções são como um mapa orientador que temos a nosso favor. Então, é importante saber lê-las, conhecê-las, para nos orientarmos no meio delas e também permitir que elas nos possam orientar. A autoconsciência permite-nos perceber o que estamos a pensar, conhecer os nossos pensamentos e, a partir daí, fica mais acessível poder alterá-los.
Para isso, o trabalho terapêutico pode ser uma ajuda importante. Estar em terapia é poder ter um olhar a dois sobre nós, sobre os nossos pensamentos, experiências, sentimentos, angústias, vitórias, objetivos e inquietações. Expressar as nossas emoções, é sempre melhor a dois. É ter um lugar seguro para serem realmente escutadas, contidas e compreendidas, o que nos permite regular o que sentimos e a forma como lidamos com isso. Ajuda-nos a ganhar ferramentas para compreender as nossas necessidades e como sermos verdadeiramente amigos e contentores, tanto de nós próprios, como também do outro.
Se começa a perceber que tem algum destes exemplos na sua vida, se ao ler este texto há uma luz que se acende, esse é o alerta que precisa para quebrar o ciclo. Conte com o meu apoio neste processo, marque a sua consulta hoje.