Emoções: A questão é que eu as sinto, mas parece difícil geri-las

O desequilíbrio emocional caracteriza-se pelas alterações de humor diante de acontecimentos negativos e imprevisíveis. As responsabilidades do dia a dia, a sobrecarga profissional, os desamores, as frustrações, são alguns fatores que podem causar desequilíbrios.

Algumas pessoas são mais suscetíveis a esses acontecimentos, mas isso não quer dizer que não pode acontecer com qualquer pessoa.

O desequilíbrio emocional pode ser responsável por sintomas mentais, mas também por diversos problemas físicos, tais como: dores musculares, dores de cabeça, gastrite, stresse e depressão.

Alguns sintomas de desequilíbrio emocional:

Desconcentração
Irritabilidade e impulsividade
Insónias
Dores físicas
Elevada ansiedade e stress

Assim sendo, a capacidade que temos para regular as nossas emoções e a dos outros, com o objetivo de promover o desenvolvimento emocional, chama-se de gestão emocional.

É a aptidão para percecionar as suas emoções, conduzindo à tomada de decisão e a escolher estratégias para eficazes para agir.

A gestão de emoções é a base para atingir a inteligência emocional.

Do ponto de vista de alguns autores o conceito de inteligência emocional contém 4 máximas:

Perceção das próprias emoções e das dos outros de uma forma correta
Utilização das nossas emoções de forma favorável
Compreensão das próprias emoções e sintonia com as dos outros
Gestão adaptativa das emoções

Então, o que é que exige uma boa gestão das emoções?

Consciencialização das próprias emoções e a sua aceitação;
Envolvimento com a emoção
Regulação das emoções
Diminuição dos estados negativos e promoção dos positivos

Algumas estratégias:

Diário das emoções: Escolha um caderno onde se sinta segura para escrever as suas emoções, como se sentiu em determinada situação, com o objetivo de fazer mais sentido do que está a viver.
Melhor “eu” e Anti “eu”: Quanto ao primeiro, escreva numa folha o que tem de melhor em si ou o que deseja alcançar ser e desenhe algo que personifique o seu melhor “eu” (dê um nome ao desenho). No segundo faça exatamente o mesmo, mas escrevendo e avaliando o que acha que está a ser um impedimento para alcançar o seu melhor “eu”, dando forma ao seu anti “eu” e um nome. O objetivo é focar-se no seu melhor, percebendo o que o está a bloquear, de forma a potenciar-se.
Voltar a interpretar as causas das emoções: “Como estou a interpretar a situação?”/ “De que outras formas posso olhar para ela?”. Tente encontrar o maior número de apreciações que conseguir, ultrapassando a situação ativadora de stress.

Substituir pensamentos negativos por mais positivos: Tomar consciência dos pensamentos negativos que têm influência em si e nos seus comportamentos. Registe o pensamento que causa ansiedade; registe os pensamentos automáticos (e.g. “Não valho nada; Vão pensar que não percebo mada disto”); Refute o pensamento racionalizando-o (e.g. “O mais certo é correr tudo bem”; “Estar em palco causa ansiedade a toda a gente, por isso haverá empatia comigo”)

Resolução de problemas: Faça uma pergunta simples que encoraje uma mudança de atitude, como “Existe alguma coisa que possa fazer que mude a situação para melhor?”. Para ajudar faça um pequeno esquema em que escreve qual o problema, o que está a sentir e o que lhe compete ou não fazer perante a situação. Organize o seu aparelho mental em situações de stress.
Distraia-se: Faça exercício físico; participe em alguma atividade prazerosa; leitura e escrita; canto; tire tempo para aprender uma habilidade; viagens, passeios; atividades culturais; ida ao cabeleireiro; ajude outras pessoas, etc.
Lide com a impulsividade: Procure relaxar. Técnicas de relaxamento como a respiração abdominal, o relaxamento muscular progressivo, meditação, mindfullness são boas aliadas para conseguir acalmar o stress. Procure um lugar calmo, concentre-se na sua respiração e utilize uma destas técnicas disponíveis nas plataformas digitais.

Procure apoio caso não esteja a conseguir libertar-se dos pensamentos desagradáveis que se repetem constantemente.