
Nesta publicação fui desafiada a representar e a pensar sobre o que são maus hábitos para mim.
De facto todos nós temos maus hábitos e, sob a minha perspetiva a partir da minha pintura que me levou a mergulhar sobre este assunto, cheguei à conclusão, não só através da minha formação e dos casos que acompanho, mas por ser pessoa além de profissional, que todos podemos navegar, em alguma altura da vida, numa ferida narcísica, que nos leva, consequentemente à procura de maus hábitos, do caos, do problemático. Isto pode acontecer, por exemplo, todas as vezes em que algo ou alguém nos rejeita, seja num relacionamento, numa proposta, num teste às nossas competências, mergulhamos novamente no lago.
Acredito que a arte possa ser uma forma de expressão, quase tão boa como a terapia verbal e, por isso, inovar nas consultas, através da arte pode ajudar a derrubar algumas feridas que se encontram dentro de mim, de você, de nós e levarmos a procurar cada vez mais bons hábitos, forma boas de expressão…como a arte, a escrita, a dança, as palavras.
As três caras da “F(e)rida Narcísica”, nome escolhido para a pintura, representam este reflexo visto no lago em que o próprio Narciso caiu, as nossas feridas, no entanto podem representar as formas ou três caminhos para procurar o que tem de melhor em si: saborear o presente; retirar uma aprendizagem de cada ferida tem dentro de si; empoderar-se.
A lenda conta que Narciso tomou por outra pessoa o seu reflexo num lago e enamorou-se dessa imagem. Ao tentar beijar o objeto do seu amor, caiu na água e morreu afogado. Esta é a base mítica daquilo que é denominado “ferida narcisíca”, algo que nos toca.
A humanidade depara-se com a ferida ao perceber que os seus maiores sonhos, vaidades e expectativas não correspondem à realidade. Na verdade, sempre que algo nos incomoda na nossa vida, é porque, no fundo, carregaram onde a pele é bem mais sensível.
Sendo assim, nem todos nascemos para reparar. Se quisermos, podemos ignorar a lição com alguma distração. Há um momento das nossas vidas, no qual procuramos a desordem, o caos, o problemático, os…maus hábitos. “Não por masoquismo, mas por termos aprendido que, a cada queda, o que morre era destinado a morrer, e o que se emerge é o que tinha de assim nascer.”
Pode procurar ajuda profissional se sente que tem um espírito livre reprimido dentro de si, uma vez que a ferida esteja curada, vai ter as ferramentas para decidir que “que morre era destinado a morrer, e o que se ergue é o que tinha de assim nascer”. E pode ser um novo “eu”.
A equipa Learn2be e eu estamos disponíveis para o acompanhar neste processo. Seja o melhor de si!