
Educação positiva; parentalidade consciente; educar com mindfulness; estilos de parentalidade; não dar palmadas; como gerir as birras sem perder a cabeça; educar sem castigos; educar com amor; pais conscientes; crianças felizes etc.
Quantas vezes ouvimos falar sobre estes temas? Quantos artigos e livros lemos em busca da parentalidade perfeita?
Parece-me que o maior desafio nesta busca reside neste último conceito. Não existe um tipo de parentalidade ou educação perfeita, nem métodos ou estratégias que se apliquem tal e qual como lemos nos livros. A parentalidade e a educação são exercícios que vão para além de seguir dicas e estratégias universais, e que exigem uma enorme capacidade de reflexão, flexibilidade e ajustes constantes. Dependem daquilo que acreditamos e dos nossos valores, das nossas prioridades e do conhecimento que temos em relação ao desenvolvimento da criança.
Estes novos conceitos vieram revolucionar aquilo que entendemos por educação e parentalidade, e colocar a autenticidade e a vulnerabilidade no centro do conceito da relação cuidador-criança, e mostrar-nos que devemos aceitar que não somos pessoas nem pais perfeitos ou que devam almejar a perfeição, e que não temos nem devemos querer ter filhos perfeitos. É todo um novo conceito, em que aceitamos que vamos dar o nosso melhor, que vamos falhar várias vezes, e que temos espaço para pedir desculpa sem medo de perder a autoridade.
Apesar de poderem existir diferenças no que toca a crenças, valores e necessidades, as teorias sobre a parentalidade consciente e a educação positiva assentam em alguns pilares importantes e que vieram desafiar os estilos de parentalidade e educação mais clássicos.
A relação com as crianças passa a basear-se na ideia do igual valor, ou seja, as emoções e opiniões da criança têm tanto valor como as do adulto e ambas as partes merecem ver a sua integridade física e psicológica respeitada. Muitas vezes esta ideia pode ser interpretada como “então, a criança pode fazer aquilo que quiser e lhe apetecer?”, o que não podia estar mais longe da realidade. Este pilar ressalva apenas a importância do respeito e da igualdade na expressão de emoções, desejos e opiniões, não descartando a existência de regras ou limites na relação com o adulto, consigo mesma e com o mundo que rodeia a criança.
Os modelos da educação positiva e parentalidade consciente, defendem que nenhuma criança se “porta mal” porque quer, sendo o papel do adulto tentar aceder às necessidades que estão por trás do comportamento, tentando perceber o que está a criança a tentar comunicar. Assim, o objetivo máximo da relação passa da ideia de exercer autoridade em busca da obediência, para a ideia de colaboração e compreensão. E é precisamente por defenderem esta premissa que estes modelos são tão importantes.
Feita esta apresentação, é importante agora abrir espaço para a reflexão, pensando sobre os seguintes pontos, essenciais ao exercício de uma educação positiva:
Vamos abandonar o peso da perfeição e abraçar a beleza de sermos nós mesmos, enquanto nos tornamos os melhores pais e pessoas que podemos ser. Se em algum momento precisar de ajuda ou aconselhamento parental, conte comigo, estou aqui para ajudar nessa maravilhosa jornada de crescimento.