É preciso cair para perceber o quanto custa levantar…
É preciso sentir para perceber o que melhorar…
Bom, sim, ajuda. Ajuda termos um alerta na vida que nos faça perceber que algo está errado e que precisamos de investir mais no nosso dia-a-dia, na nossa pessoa, na nossa vida. Mas mesmo nesses momentos temos de estar disponíveis, empenhados, no entusiasmo certo para que possamos fazer acontecer essa mudança, essa transformação.
Porque, de facto, mudar é difícil. No momento em que pensamos sequer em mudar, o desafio já é imenso. Não basta querer. Não basta dizer, afirmar, colocar a energia certa. Isso ajuda, sim. São ferramentas fundamentais para que tenhamos sucesso na mudança, mas o primeiro passo é visualizar e estar disponível efectivamente para a mudança. Fazer-nos disponíveis para a mudança.
Às vezes parece que os dias são todos iguais, tudo o que aconteceu ontem, aconteceu no dia anterior e repete-se hoje, amanhã e depois e depois e depois. Será sempre tudo igual. Mas os tempos não se repetem. O tempo é irreversível, ele só vai. Marca o acontecimento naquele momento e vai. Não volta.
O passado é uma ferramenta de aprendizagem, de crescimento, e o futuro é algo a ser preparado e não algo premeditado. Porém, a sociedade tende a reforçar a importância destes dois momentos, desassociando-nos de nós próprios. Avisos, lembretes, notificações, alertas. Os telemóveis, os computadores, a organização mediática do mundo televisivo. Quantas vezes projectado para o presente? Na compra do produto, do serviço, daquele sonho, daquela hipótese que visualizamos logo a priori como inalcançável ou sequer válida no nosso registo? Quantas vezes esse registo perdido no mundo da fantasia?
Também nós próprios temos uma tendência para editar os maus momentos com o intuito de transformar o nosso passado em algo mais prazeroso e significativo. As nossas inseguranças e insatisfações, a nossa imagem de nós mesmos e a nossa cobrança a nós próprios são pequenos exemplos do que nos causa frustrações, ansiedades, dores… Sendo aí a nossa tendência compensar-nos de modo a que tenhamos prazer daquilo que tanto nos fere. Por vezes até tornamos isto que nos fere em algo ainda mais intenso do que aquilo que efectivamente aconteceu. Isto porque nos magoou e ficou marcado. Afinal de contas, é a nossa vida.
Passado e futuro… O elo entre estes dois momentos é esse presente enfeitado de ser e estar presente. Ser e estar complementam-se muito bem. E estar presente é estar completamente integrado no agora, soltando essas correntes do passado e os receios, os medos, as ruminações, as ansiedades do futuro. Estar presente é desligar do trabalho, dos estudos, das preocupações. Estar presente é estar empenhado, entusiasmado com o agora. É viver o nano-segundo. Quando estamos no presente, estamos calmos, felizes e quase que não sentimos o tempo a passar. É aquela instância em que parece que não existe tempo, porque estamos a fazer do tempo, uma hipótese de resultado feliz. Não para o outro, não para o mundo, para nós. Porque quando estamos presentes, no presente, as coisas que escolhemos fazer baseiam-se naquilo que queremos fazer, ajudando a lidar melhor com as emoções negativas, como o caso do medo e da raiva, bem como a lidar mais eficazmente com a nossa dor. É, por isso, a chave para se ser saudável e feliz. A chave para o fazer sentir-se seguro e conectado a si e àquilo que o rodeia. A chave para aprender a ser você mesmo, no seu melhor.
A felicidade não acontece por acaso, é uma escolha, um estudo, uma prática, uma arte, tal como qualquer cultura ou competência. Utilizando o conceito de Eugénio Mussak, uma metacompetência – algo que vai para além da competência. E citando Jim Rohn, a felicidade deve ser tecida como uma tapeçaria. Com carinho, interesse, empenho. Como se a sua vida, a sua saúde, as suas finanças, o seu sucesso dependesse disso.
Quando queremos formar-nos, temos de estudar os conteúdos inerentes à nossa especialização. Quando queremos ser promovidos, temos de estudar os conteúdos daquilo que nos vai colocar à prova para que possamos estar à altura do nível que nos vai avaliar e desafiar. Quando queremos ser ricos, temos de estudar riqueza. Quando queremos ter sucesso, temos de estudar sucesso. Quando queremos ser felizes, temos de estudar felicidade. E esta alimenta-se do agora e do modo como desenhamos a nossa vida.
A terapia e o coaching podem ser boas formas de se colocar no agora. A terapia enquanto processo mais profundo e amplo, no qual são trabalhadas emoções e pensamentos que estão por detrás desse problema que o possa estar a impedir de progredir na sua vida. O coaching enquanto resolução de problemas específicos ou trabalho para alcançar os seus objectivos pessoais, de forma eficaz.
Não há um melhor que outro. Depende sempre daquilo com que o cliente se identifique melhor, pois o objectivo fundamental em ambas as práticas é promover autoconhecimento e autonomia para melhor o conectar a si e à sua vida.
Em homenagem à saga de sucesso com já 5 décadas desta banda alemã fabulosa que são os Scorpions, não deixe a felicidade para o vento do acaso, oiça, sopre e esteja no vento da mudança. Agende já a sua sessão!
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