O mundo, em poucas palavras, é um lugar grande e imprevisível. Paz, compaixão, generosidade, bondade, compreensão e amor parecem estar em falta nos dias de hoje. Para a maioria de nós, os últimos três anos foram particularmente difíceis. A pandemia de COVID-19 manteve muitos de nós em casa, isolados de amigos, parentes e colegas de trabalho, e exacerbou uma crescente epidemia de solidão em todo o mundo, fazendo com que continuássemos a impactar negativamente e a enfrentar desafios inesperados nas nossas vidas e rotinas quotidianas.
Como indivíduos, não podemos superar os enormes problemas que a nossa sociedade e o nosso planeta enfrentam, mas talvez possamos dar pequenos passos para introduzir um pouco de bondade, compaixão, gentileza, enfim amor nas nossas vidas e nas vidas das pessoas ao nosso redor, e fazer isso, é algo tao simples e poderoso. Mesmo que existam experiências, que possam até mesmo fazer com que deixemos de acreditar que esses sentimentos e valores foram tirados de nós, a verdade é que sabemos que eles existem, só precisamos assumir a responsabilidade por eles.
Fazer isso pode ajudar-nos e aos outros a ver que, apesar das más notícias e dos tempos difíceis, nenhum de nós está sozinho e há aspetos positivos a serem valorizados na vida.
“Espalhe amor aonde quer que vá. Que ninguém venha até você sem ficar mais feliz.”
Se a esperança é o oxigénio que sustenta a vida, o amor é o sol que a alimenta. O amor é uma força poderosa que nos conecta uns aos outros. O amor é algo que todos sentimos em diferentes graus para pessoas diferentes. Existem muitos tipos de amor: o amor por um parceiro, o amor materno por um filho e o amor que você demonstra para com os seus amigos, para um animal, pela natureza.
Não importa que tipo de amor seja, o sentimento é universal e genuíno. O amor que você sente faz com que você aja de maneiras diferentes do que faria se não tivesse esse amor.
“No resplendor da luz do amor ousamos ser corajosos e de repente vemos que o amor custa tudo o que somos e sempre será. No entanto, é apenas o amor que nos liberta".
Ser uma pessoa que espalha amor é ser uma pessoa com atos de bondade, e claro não beneficiam apenas o destinatário do ato de bondade. Vários estudos mostram que as pessoas que oferecem o seu tempo para uma boa causa geralmente relatam melhores resultados de saúde do que aquelas que não o fazem. São menos propensos a se sentirem deprimidos e/ou ansiosos, pois ajuda o seu corpo a libertar substâncias químicas como a oxitocina e a dopamina o que ajuda a levar uma vida mais saudável e com mais bem-estar.
Adotar um estilo de vida compassivo ou cultivar a compaixão pode ajudar a aumentar a conexão social e a melhorar a saúde física e psicológica. A conexão social fortalece o nosso sistema imunológico, ajuda-nos a recuperar de doenças mais rapidamente e pode até prolongar a nossa vida, gerando assim, um ciclo de feedback positivo de bem-estar social, emocional e físico. Infelizmente, o oposto também acontece, a baixa conexão social tem sido geralmente associada a declínios na saúde física e psicológica, bem como a uma maior propensão de comportamentos antissociais que levam a um maior isolamento.
Ao espalhar amor pelas pessoas que estão nas nossas vidas e no nosso ambiente, espalhamos também por nós mesmos:
Atualmente, os nossos desafios sociais exigem que estejamos no nosso melhor: descansados, rápidos, calmos e organizados. Logo, o autocuidado é fundamental. Por isso, faça algo saudável para si e todos os que estão na sua órbita serão beneficiados. As qualidades interpessoais de que precisamos agora – paciência, tolerância e coração caloroso – estão disponíveis para todos nós, com um pouco mais de atividade física, alimentação e sono saudável e um pouco menos de tempo de écrans (telemóvel, tablets, computador,televisão, etc).
Coloque os seus valores em ação, reconectando-se com seu verdadeiro propósito. Faça algumas boas ações, pequenas gentilezas e expresse os seus sentimentos. Dê sangue, seja voluntário numa organização comunitária, ou contribua para uma causa que você acredite. Seja a mudança. Escreva uma mensagem num papel e deixe num lugar para um estranho encontrar (mais amor). Uma pequena nota de encorajamento a um estranho, pode ser uma ótima maneira de melhorar o dia de alguém.
Todos nós queremos ser escutados, e nos dias de hoje, por vezes é difícil. Cada vez mais, as pessoas estão tão absortas nas suas próprias vidas e problemas pessoais que nem percebem o que está a acontecer com os outros. Então escute com empatia e sem interrupções, quando as pessoas se sentem escutadas, muitas vezes ficam menos defensivas, logo vão comunicar com mais facilidade.
Estenda uma mão amiga onde quer que você vá. Isso significa parar o que você está a fazer para ajudar alguém. Como por exemplo, perguntar a uma mulher que está a chorar num banco de um jardim se ela está bem e se você pode fazer alguma coisa por ela, como também lembrar aos seus entes queridos que você sempre estará lá para eles.
Quando você elogia alguém, isso os faz sorrir, certo? Muitas vezes mantemos os nossos pensamentos para nós mesmos, o que pode ser bom, mas precisamos parar de reter o que pode fazer o dia de alguém. As pessoas adoram ouvir que estão bonitas, que tomaram uma ótima decisão, que fizeram um ótimo trabalho ou qualquer coisa positiva sobre si mesmas. Isso vai fazer o dia deles. Você pode elogiar qualquer coisa que sirva como a lâmpada de alguém num jardim sem sol.
A maneira mais simples de começar a espalhar amor é sorrindo. Enviar um sorriso caloroso para alguém pode realmente fazer a diferença. Pense num momento em que você não estava a ter um dia tão bom. O que sentiu quando olhou para as pessoas que estavam com rostos vazios? De certeza que foi quando olhou para alguém que lhe esboçou um sorriso, que você se sentiu melhor. Sorrir é a forma não verbal de dizer “vai ficar tudo bem”.
Muitas vezes, consideramos as pequenas coisas que os outros fazem por nós como garantidas, mas e se você dissesse obrigado por cada pequena coisa que alguém faz por si durante o dia? Você vai fazê-los sentirem-se bem, e você pode se surpreender com o quão bem você se vai sentir no final também. Uma velha regra é dizer por favor e obrigado.
“Três coisas são importantes na vida humana: a primeira é ser gentil; O segundo é ser gentil; e a terceira é ser gentil.”
Como pode constatar, espalhar amor, pode não ser tão difícil quanto você imagina. Não precisa gastar todo o seu tempo, energia ou dinheiro a fazer algo grande ou extravagante para alguém. A chave é descobrir como você vai espalhar o amor e o que isso vai criar no universo quando você o fizer. Então diga-me, o que você poderia estar a fazer para facilitar isso?
Conte connosco para o ajudar neste processo, por isso convido-o a marcar uma consulta, estarei aqui para vos acompanhar neste processo.
Procrastinar é normal. O facto de você procrastinar, apenas significa que tem um cérebro normal. O nosso cérebro está programado para a gestão de energia e proteção do seu hóspede, e como tal, está programado para nos encontrar sempre as soluções mais fáceis, com o mínimo gasto energético possível e com o mínimo caminho de resistência possível, garantindo sempre o máximo de conforto e segurança. Para fazermos diferente que esse normal e termos um melhor desempenho na nossa vida, é necessário utilizarmos o nosso cérebro em nosso favor e coloca-lo em função da construção da identidade e da vida que queremos criar.
Hoje em dia fala-se muito de gestão de tempo e de eficácia, mas na verdade não é o tempo que nós temos que gerir, mas sim a nossa energia.
Não conseguimos inventar mais tempo na nossa vida. O que realmente vai fazer a diferença na forma como gerimos o tempo que nos foi emprestado pela vida, é a nossa motivação para utilizar esse tempo de forma dinâmica e proactiva e essa motivação está diretamente conectada a nossa energia.
Por muito que tenha todas as tarefas, que queira concluir ou avançar, bem delineadas na sua agenda e na sua lista de tarefas, a verdade, é que se não tiver a energia necessária para as começar, elas acabam por ser apenas mais um foco de tensão e frustração, que pesa na sua culpa de estar a adiar o que já deveria ter feito. Muitas vezes nós somos a conjugação de um patrão tirano e de um empregado incompetente: obrigamo-nos a fazer coisas que não queremos e não fazemos coisas que achamos que deveríamos fazer. E isso só se consegue alterar, se realmente em vez de estarmos a gerir o nosso tempo, estivermos a gerir a nossa energia.
O que nós temos de garantir é a nossa motivação diária, termos um motivo que nos coloca em ação (motivo + ação = motivação); a nossa responsabilidade, ou seja, a nossa capacidade de resposta às situações que a vida nos apresenta; o nosso compromisso com a vida que queremos criar e a nossa tolerância à frustração. E isso só se consegue fazer de forma eficaz e harmoniosa, com uma excelente gestão de energia interior.
No meu entender, esta nossa energia, está relacionada com quatro áreas pessoais fundamentais: a área física, a área intelectual, a área emocional e a área espiritual.
É importante por isso, fazer o trabalho na sua vida, de definir com o máximo de precisão possível, a pessoa que se quer tornar, de forma a definir o que fazer e construir nas diferentes áreas da sua vida.
Essa claridade de consciência vai ser o maior factor de proteção contra a sua procrastinação, porque vai garantir que o seu foco existe e está na direção certa e também que terá a energia suficiente para seguir o seu caminho e criar novas realidades, porque estará a fazer as coisas, não porque os outros esperam ou para ser validado pelos outros, mas sim, porque a visão da pessoa que você se quer tornar, assim o exige.
Lembro-me de ver uma entrevista em que perguntavam a vários líderes, qual seria o factor determinante do seu sucesso. E a resposta era invariavelmente a mesma: ter um foco.
E essencial um foco forte e claro com que se comprometa, de forma a que você faça a vida acontecer, e não seja apenas uma vitima da vida que lhe acontece. Para isso, realmente, é preciso disciplina, é preciso foco, é preciso compromisso, mas principalmente é preciso você ter uma visão clara da pessoa que se quer tornar e da vida que quer construir.
Se tiver uma visão clara de como quer estar daqui a dois, três anos, fica muito mais fácil tomar a micro e macro decisões que tem de tomar na sua vida e de vencer a sua resistência à ação, porque a forma como dará esses passos será de uma forma segura e na direção certa.
Caso queira explorar um pouco mais esta ideia e trabalhar na clarificação desse seu foco, convido-o a realizar este Workshop online de Propósito de Vida e verdade interior:
Até breve,
Miguel Gonçalves
Diretor Clínico do Learn2be
Há uma ideia generalizada de que o destino é uma força cósmica, contra a qual não podemos fazer absolutamente nada. O que essa força determina, acontece. Está escrito nas estrelas. Mas eu acredito que não é bem assim que funciona. Acredito que o destino não é uma força que determina o nosso caminho com fracassos e sucessos. Existe algo poderoso que pode desviar as rotas já traçadas – As nossas decisões. São elas que podem mudar o plano transcendental.
Mais cedo ou mais tarde, há um momento na vida em que temos de reconhecer que somos responsáveis pela construção da nossa própria vida, digam o que disserem. E se, alguma das áreas da nossa vida, não está como gostaríamos, precisamos de assumir o controlo em vez de usarmos isso como desculpa.
E eu compreendo, acredite que sim, como psicólogo vejo isso todos os dias naquele sofá. Não é nada fácil, nós somos um produto da nossa história e o nosso passado, todos as vivências, traumas e crenças influenciam quem somos. Mas a nossa genética, o nosso passado não é o nosso destino. Eles talvez sejam as munições que carregam a arma, mas somos nós que temos o poder de puxar o gatilho. Pare de disparar! Daqui para a frente também temos uma palavra a dizer. E isso tem muito poder.
É como assistir ao seu filme favorito de óculos escuros. Para apreciar a verdadeira riqueza e a totalidade da vida, precisa estar aqui enquanto ela acontece.
Todos temos fragilidades, todos temos medos e receios, mas é o que fazemos com isso que importa. Todas as grandes decisões que estiveram na base das grandes mudanças na nossa civilização foram tomadas por seres humanos tão ou mais frágeis do que nós, algumas com risco da própria vida para nos criarem um mundo melhor.
Acredito que depois desta questão já sabe o que deve fazer, ou o que deve parar de fazer.
O desconhecido pode parecer assustador agora, mas pare um momento para reconhecer o quanto já passou até aqui. Você é maior do que isso e é forte o suficiente para lidar com tudo. E mais uma vez – o seu passado não determina o seu futuro. A decisão de recomeçar, mesmo diante do que parece impossível, é sempre a melhor opção.
Não precisamos nos tornar aquilo que os outros querem para nós. Os sonhos são individuais. Torne-se o que quiser. Gosto de acreditar no seguinte: Existem coisas neste mundo que só cada um de nós (sim, inclusive você que está a ler isto) seja capaz de realizar. Todos nós somos únicos, temos uma história individual e algo a realizar enquanto estamos aqui. Gosto de acreditar que se cada um de nós nos cumprir a sua história, através dos nossos talentos, da nossa forma de ser conseguimos construir um mundo melhor para nós mas também para as gerações futuras.
Crie o seu próprio destino, com a atitude certa e o estado de espírito correto. Seja corajoso. Assuma o controlo da sua vida, não deixe que ninguém tome decisões por si. Não espere o mundo mudar, mude-se a si que mundo muda. Não tenha medo da mudança, ela pode assustar, mas também pode ser a chave para aquilo que mais deseja.
Lembre-se, não está sozinho neste processo, conte com o meu auxílio. Marque a sua consulta hoje.
Imagine que tinha a oportunidade de escrever uma frase no céu, onde todas as pessoas do mundo pudessem ver essa frase, o que escreveria?
Eu talvez escrevesse: tudo, exatamente tudo, gira à volta de pessoas.
Mesmo, numa perspetiva evolucionista, sempre foi fundamental para a nossa sobrevivência e sucesso – os outros. Para fabricar instrumentos, manter o fogo aceso, caçar com sucesso, proteger a tribo, para a reprodução e evolução da espécie sempre foi necessário a existência de cooperação entre os membros do grupo.
Sentimentos como gratidão, altruísmo, amizade, lealdade, confiança – são sentimentos que foram fundamentais para manter as sociedades coesas. E ainda hoje são de grande utilidade, inclusive para o nosso bem-estar.
Acredito que este é o grande insight: no fim das contas, são as PESSOAS que definem se a nossa vida valeu a pena ou não. A melhor refeição não é num restaurante com estrela Michelin, mas aquela que foi partilhada com alguém incrível. Que sentido tinha ser milionário, mas estar sozinho numa ilha? Nós não celebramos uma conquista na vida ou nos negócios com o nosso carro, nem apartamento, nós queremos estar rodeados pelas pessoas que são importantes na nossa vida.
Resumindo: Precisamos de pessoas e tudo gira em torno de pessoas.
Por isso é que a capacidade de influenciar o mundo de forma positiva é incrivelmente poderosa. Deixar o planeta um pouco melhor do que o encontramos tem um significado enorme para a vida das outras pessoas e por consequência para nós.
Sabemos por exemplo que uma mente saudável é altruísta. Sabemos também, e os estudos mostram-nos isso, que a gratidão influencia o nosso cérebro a nível biológico, através do aumento de neurotransmissores responsáveis pelo bem-estar psicológico. Quem ajuda os outros e quem agradece com regularidade mantém maiores níveis de bem-estar e emoções positivas.
Gosto muito de uma história, que penso traduzir muito bem esta ideia.
Há muito tempos atrás, numa distante e pequena vila, havia um lugar conhecido como a casa dos mil espelhos. Nessa vila vivia um cãozinho pequeno e feliz, que um dia descobriu essa casa e decidiu visitá-la. Quando lá chegou a saltitar, olhou através da porta da entrada com as suas orelhinhas bem levantadas e a cauda a abanar. Para sua grande surpresa, deparou-se com outros mil pequenos e felizes cãezinhos, todos com as caudas a abanar como a cauda dele. Ele instantaneamente esboçou um enorme sorriso, e foi correspondido com mil enormes sorrisos. Quando saiu da casa, pensou: “Que lugar maravilhoso! Vou voltar aqui muitas muitas vezes”. Nessa mesma vila, outro pequeno cãozinho, que não era tão feliz quanto o primeiro, decidiu visitar a casa. Chegou à casa e olhou desconfiado através da porta. Quando viu mil olhares desconfiados de cães que o observavam fixamente, rosnou e mostrou os dentes. Ele ficou em pânico ao ver mil cãezinhos bravos a rosnar e a mostrar os dentes para ele. Quando saiu, ele pensou: “Que lugar horrível, nunca mais volto aqui”.
Isto leva-nos igualmente à famosa teoria chamada “O Efeito Borboleta” em que o mero bater das asas de uma borboleta pode mudar os padrões climáticos do outro lado do globo, causando ou prevenindo furacões. Ou seja, às vezes o mais pequeno gesto pode ter um impacto gigante.
Se aplicarmos isso à nossa vida e ao nosso mundo, se espalharmos sorrisos, gestos simpáticos e empáticos, estamos a provocar um efeito de melhoria na nossa vida, na vida dos outros e no mundo. Nós somos potencializadores de sentimentos bons ou maus que as pessoas levam em si. Cada atitude positiva, cada gentileza, reflete no outro uma dose de bem-estar.
Incorpore essa gentileza na sua vida, talvez possa começar por sorrir mais, por mostrar gratidão por alguém, ou se voluntariar para uma causa que se identifica. Quando nos conectamos com pessoas, sentimos uma sensação de felicidade e orgulho por saber que causamos um impacto, e por mais pequeno que seja, é sempre significativo.
Gosto de pensar que quando fazemos isso acontecer, essa força positiva não fica por ali, existe um efeito de cascata, ao ajudar uma pessoa, essa pessoa irá tocar em outras e por aí fora até se espalhar pelo mundo. De alguma forma, é como se mudássemos o mundo à nossa escala.
Não podemos esperar que o mundo mude, devemos ser nós a mudar primeiro. Como disse Mahatma Gandhi “Devemos ser a mudança que queremos ver no mundo”. Acredito que temos diariamente de ter atitudes positivas para com os outros, temos de apresentar no nosso rosto o nosso melhor porque isso vai-se refletir no outro.
Procure refletir a sua melhor versão. Um psicólogo pode ajudar nessa descoberta e atualização de si mesmo. Marque a sua consulta hoje.
Investir em nós próprios: o que significa isto? E quais poderão ser os proveitos deste autoinvestimento? Tomemos como exemplo a prática de atividade física. Sabemos bem quais são os benefícios, para a nossa saúde física, de uma rotina que inclua exercício regular: ajuda a combater o excesso de peso; reduz a pressão arterial; fortalece ossos e músculos; ajuda a controlar a glicémia; fortalece o sistema imunitário; diminui o risco de doenças cardíacas; contribui para a melhoria do sono; enfim, estes entre tantos outros benefícios que poderíamos aqui referir.
E não nos esqueçamos, naturalmente, de alguns dos benefícios que este hábito pode implicar na nossa saúde mental: o exercício físico ajuda a diminuir o stress, promove uma sensação de bem-estar, combate a ansiedade e depressão.
O desafio que lhe proponho é o de desenvolver o hábito de realizar um conjunto de pequenas atividades que possam ajudar a capitalizar todos aqueles benefícios. Tomando como ponto de partida um outro artigo que escrevi (Ansiedade – E o corpo é que paga – Fevereiro/2020), no qual sugiro algumas das atividades que pode desenvolver, relembro algumas e acrescento agora outras:
Não posso deixar de reforçar a importância do autocuidado: ajuda-nos a sermos mais resilientes, a lidar melhor com as contrariedades habituais da nossa vida.
Desenvolvermos e mantermos relações significativas, adotarmos uma alimentação saudável, criarmos bons hábitos de sono, conversar sobre sentimentos e emoções, são também outros aspetos essenciais para o nosso bem-estar e saúde psicológica.
E porque não começar já hoje? Porque não começar agora? Permita-se fazer uma pausa para respirar, permita-se ser gentil consigo próprio, permita-se deixar de lado o dever e o perfeccionismo, permita-se começar a dar pequenos passos em direção ao seu equilíbrio.
Se procura apoio para iniciar ou consolidar este processo, para colocar em marcha a utilização destas e de outras ferramentas, estou aqui para o ajudar.
Cada um de nós vive e opera a partir de um conjunto complexo de crenças que nos definem e ao mundo em que vivemos. As nossas crenças são o berço dos nossos pensamentos, emoções e ações, são os filtros predispostos da nossa conceção do mundo, são como os governantes do cérebro, que tornam possível a ação e o comportamento, e são juntamente com os valores, as fontes mais importantes da motivação. Tudo o que acreditamos influenciará a nossa perceção, o que, em última análise, determinará como vivenciamos e respondemos às situações que surgem nas nossas vidas.
Por isso, convido-o a reservar um momento agora e explorar comigo os seus pensamentos. Repare se algum destas frases lhe soa familiar:
Estas crenças são chamadas de crenças centrais e moldam a sua realidade.
As crenças são essencialmente os óculos que você usa e que dão significado ao que os seus sentidos percecionam o mundo. O nosso cérebro não processa as coisas de maneira neutra. O que percebemos e interpretamos depende das crenças que temos. Temos crenças fundamentadas em fatos e crenças fundamentadas em emoções e na experiência de vida. Temos crenças sobre outras pessoas, sobre os nossos relacionamentos, sobre nós próprios: aquilo que somos capazes de fazer e aquilo que nos é possível. Aquilo que acreditamos ser verdade, tendemos a perceber e a experimentar como sendo verdade. Raramente questionamos as nossas crenças e enquanto estas permanecerem incontestáveis, elas moldarão as suas perceções e direcionarão as suas ações a um nível subliminar ou subconsciente.
Muitas são heranças que herdámos da nossa família, comunidade e cultura de forma implícita e inconsciente. Todas as crenças centrais foram adotadas, porque, de alguma forma, já nos protegeram ou nos serviram. Todas elas têm uma intenção positiva, embora, com o tempo, algumas crenças centrais poderão se transformar em crenças limitantes que não nos são mais úteis. Ou seja, a intenção positiva delas ainda existe, mas a maneira de cumprir essa intenção positiva pode não ser apropriada para a nossa realidade atual. E dessa forma, podemos criar obstáculos, que nos vão impedir de alcançar novos objetivos individuais e/ou relacionais.
“Aprendemos os nossos sistemas de crenças como crianças muito pequenas, e então passamos pela vida a criar experiências para combinar com as nossas crenças. Olhe para a sua própria vida e observe quantas vezes você passou pela mesma experiência.”
As crenças são literalmente as lentes através das quais você vê o mundo. Elas podem:
Mas há uma boa notícia, não importa o que tenha acontecido consigo no passado, o seu percurso não é predeterminado. Só precisa de ajustar o seu sistema de crenças que governa o seu processo de criação da realidade. E este é um superpoder que você ganha quando aprende a questioná-las, pois crenças não examinadas operam dentro de si como “regras da realidade” bastante rígidas. Já as crenças examinadas, são muito mais adaptáveis; elas permitem que você se ajuste à realidade que se desenrola no presente.
Acredite, nem todos os pensamentos que surgem na nossa mente são verdadeiros. Repare, a maioria das pessoas tem entre 60.000 e 80.000 pensamentos por dia. Imagine se todos os pensamentos percebidos sobre nós mesmos e acerca do nosso mundo fossem verdadeiros – como teríamos tantos pensamentos únicos sobre tudo isso?
Por isso, lembre-se, crenças limitantes tornam-se um obstáculo quando são consideradas verdadeiras, logo, o próximo passo é identificar os pensamentos que não lhe servem e examiná-los de perto.
Mudar as crenças centrais é difícil e pode levar meses até que percecione uma mudança no seu comportamento. O seu cérebro, mente e corpo precisam de tempo para reconetar e internalizar “novas” lentes. No entanto, com algum trabalho persistente e disciplinado, é possível mudar essas crenças centrais.
Mindfulness não significa apenas meditação. Conforme definido pelo especialista em mindfulness Jon Kabat-Zinn, mindfulness é prestar atenção aos pensamentos e emoções sem julgamento. Trata-se realmente de viver a vida no AQUI e no AGORA.
Ao praticar a atenção plena de forma assídua, possibilita a pessoa se familiarizar com os seus pensamentos e emoções. À medida que as pessoas começam a observar esses pensamentos e aprendem como a mente gera crenças, elas podem determinar quais são as genuínas e quais não são.
Anote todas as crenças centrais que lhe vão surgindo como forma de o ajudar a reconhecer e as tornar explícitas. Ao lado de cada crença central, escreva:
2.1. Onde aprendeu isso? Existe alguém na sua família que tinha uma crença central semelhante (ou oposta)?
2.2. Qual a intenção positiva dessa crença? Ainda precisa dessa intenção positiva hoje? Em caso afirmativo, tente encontrar uma maneira mais adaptativa de alcançar essa intenção positiva?
Comece por identificar os pensamentos que se originam diretamente de crenças limitantes. Depois de reconhecer o pensamento baseado nessas crenças, por exemplo: “Eu não sou digno/a de amor” – pergunte a si mesmo o seguinte:
Para neutralizar esses pensamentos pode ser útil escrever um pensamento positivo/oposto. Por exemplo, se tiver um pensamento como: “Não tenho valor”. Tente escrever uma afirmação como “Sou uma pessoa com valor” ou “Sou uma pessoa com potencial”.
De início, pode ser difícil aceitar esses pensamentos substitutos, mas quanto mais colocar em prática em exercício, melhor vai conseguir neutralizar esses pensamentos.
Por que não começar agora? Pare de acreditar em tudo o que a sua mente lhe diz e comece a questionar as suas crenças limitantes e observe a si mesmo, o seu mundo, e logo, logo, a sua vida se transformará. Bem sei que é difícil iniciar este processo de desenvolvimento pessoal, mas eu estou aqui para lhe dar todo o apoio de que necessita, para o ajudar a enfrentar as suas dificuldades e alcançar os seus objetivos.
A vida é feita de um leque circular de factores que contribuem para aquilo que somos. Não existe uma linha recta de desenvolvimento mas antes uma circularidade de inferências ao percurso de crescimento, de identificação, de estruturação e de maturidade.
Na verdade, todos crescemos de determinado modo, contexto ambiental e relacional e isso contribui para a forma como estamos, ao dia de hoje, a pensar a vida.
Em momentos novos, de começos e recomeços, é importante olhar para as ligações afetivas. Ligações humanas fundamentais. São as ligações que estabelecemos que moldam o nosso pensamento. E é na linha de pensamento que nos vamos encostando, definindo ou orientando que olhamos o mundo, com mais ou menos perícia, mais ou menos astúcia, mais ou menos peso e mais ou menos certeza.
As relações fazem parte das necessidades humanas. E as relações obedecem a partilhas. É, pois, a partilha, crucial à saúde mental e física.
A felicidade não tem equação. Não há uma fórmula universal para a atingir. É um trabalho pessoal e intransmissível orientado na auto compreensão e no olhar para si, sobre si de um modo diferente, mais atuante e diferenciado. E é um estado relativamente passageiro que se atinge mais ou menos vezes consoante os variados factores que nos caracterizam em geral. Sendo as relações que mantemos muito importante para esse estado.
É nas relações que cada um se descobre e é nas relações que cada um se começa e recomeça, quando quiser e puder.
São as escolhas que fazemos que determinam caminhos, percursos de vida. São as escolhas que determinam começos e recomeços.
Claro que é assustador olhar para um recomeço. Um caminho sem chão. Um mar sem farol. Um avião de porta aberta.
Um recomeço de vida pode ser assustador mas é sempre uma nova oportunidade.
Um recomeço de vida pode ser desestruturante mas pode ser apenas o inicio de uma nova estrutura.
Um recomeço de vida pode ser um adeus doloroso mas pode ser também um cumprimento ao primeiro dia do resto da nova vida.
Setembro é sempre um recomeço!
Uma nova oportunidade e até a ilusão de um regresso a algo que pode nunca ter sido.
Recomeçar obedece a um novo pensar. E é a pensar de modo diferenciado e novo que se começa. É isso que fazemos em terapia.
Setembro é sempre um mês de pensar diferente.
Pensar em relação, na relação terapêutica, em partilha.
Um pensar diferente, a dois, para que se recomece realmente um começo de qualquer coisa nova.
A mudança é um processo que comporta à partida duas principais dificuldades, aquilo a que habitualmente chamo de dois Cês: Consciência e Consistência.
Para quebrar velhos e automáticos hábitos é necessário observá-los (consciência) e alterá-los de um modo regular, efetivo e definido (consistência). É deste modo que, e não havendo uma assertividade de pensamento e de atuação ao nível destes dois pontos, a maioria das pessoas se propõe fazer mudanças de vida impactantes mas com o tempo, com os desafios e obstáculos que surgem no dia-a-dia acaba por voltar a padrões de comportamento/hábitos anteriores com os quais não se identifica mas, simultaneamente, não parece conseguir libertar-se.
Antecipar comportamentos/hábitos, observar o ambiente em que circula, compreender “gatilhos automatizados” que dispara na busca interna de compensações ou outros mecanismos que se foram desenvolvendo para manter o equilíbrio interno são alguns itens essenciais a uma mudança efetiva, consciente, consistente e como tal, duradoura.
É nesse sentido, que o trabalho clínico de Psicoterapia ou Coaching psicológico se torna um aliado, por vezes, fundamental ou mesmo indispensável, nesta busca de quebrar padrões e alterar e substituir redes cognitivas por novas redes, mais atualizadas e úteis.
Um dos vários trabalhos que efetuamos diariamente em clinica psicoterapêutica ou num trabalho de Coaching psicológio, quando se trata de efetuar mudanças precisas, objetivas e impactantes na vida de cada pessoa, prende-se com o visualizar, a dois (Terapeuta + Cliente/Paciente) os ideais de vida, isto é, como seria uma relação ideal, um trabalho ideal, um bem estar ideal. Visualizar a dois traz o benefício único de quebrar algumas fantasias que possam ser irrealistas por um lado, e ativar por outro vias neuronais essenciais à prática e execução dessas mudanças que de outro modo não se reforçariam e, devido a isto, voltariam a utilizar-se redes cognitivas anteriores, híper reforçadas por esquemas nucleares (crenças) e outros automatismos internos desenvolvidos, por vezes, ao longo de décadas. Além disso, pensar a dois em terapia ou Coaching oferece a oportunidade única de nos vermos fora de nós, ou seja, de nos compreendermos e organizarmos de um modo novo e diferenciado naquilo que é transferido e analisado em consulta.
A aliança de um trabalho psicoterapêutico rigoroso, experimentado e competente juntamente com uma abordagem mais objetiva voltada para a acção, como é o caso do Coaching psicológico torna um processo de mudança que por vezes parece inalcançável ou demasiado assustador, num processo consciente e consistente, seguro, faseado e preenchedor pelo caminho efetuado a dois, numa relação contingente como é a relação terapêutica.
Saiba que, seja um processo de psicoterapêutico ou Coaching psicológico, encontro-me disponível para o auxiliar no processo de recomeçar. Marque a sua consulta, hoje!
Muitos de nós gostariam de ter uma dieta equilibrada, outros gostariam de conseguir equilibrar o tempo que é dedicado ao trabalho e o tempo que é dedicado à família, outros procuram o equilíbrio na relação amorosa…aliás, diria que muitos de nós até procuram equilíbrio em mais do que uma destas dimensões ao mesmo tempo. É um desafio permanente, e temos muitas distrações no dia-a-dia que nos fazem resvalar para o desequilíbrio. Provavelmente sentimos mais vezes que as nossas necessidades estão desequilibradas, e que é muito difícil sai deste estado.
Jon Kabat-Zinn, organizou as 9 atitudes mindfulness, que podem servir como orientação quando nos sentimos em desequilíbrio, e que são atitudes que quando enraizadas nos permitem viver de forma mais consciente, mais atenta, tranquila e alinhada. Na verdade, algumas delas são vistas como qualidades quando descrevemos pessoas (“ele é muito paciente”, “ela é generosa”, “ele consegue deixar-se ir” etc.), e por isso, acho que vale mesmo a pena tentar praticar estas atitudes. A ideia que quero deixar-lhe com este texto, é que possa pensar um pouco sobre estas atitudes, sobre a forma com as pratica (ou se não as pratica de todo), e que leve consigo aquilo que mais sentido lhe fizer. Algumas destas atitudes podem parecer mais desafiantes, e para praticarmos algumas delas, temos de mudar um bocadinho o nosso mindset.
1. Não Julgamento – Praticar esta atitude é um enorme desafio, porque quando começamos a prestar atenção ao que está na nossa mente, rapidamente descobrimos que temos opiniões e ideias sobre tudo, e que somos ótimos a avaliar os comportamentos ou ideias dos outros.
Estamos constantemente a julgar a nossa experiência: “gosto disto”, “não gosto daquilo”, “quero isto ou não quero aquilo”, e tudo aquilo que vemos ou ouvimos “o que aquela pessoa disse não faz sentido nenhum”, “não percebo como é que alguém pode gostar de a, b ou c”, como um fluxo constante de julgamentos sucessivos. Contudo, não somos capazes de não avaliar ou de não julgar algo, mas podemos estar cientes de quão críticos somos. Não tecer julgamentos não quer dizer que de repente ficamos ignorantes, sem opiniões. Quer antes dizer que vamos cultivar o discernimento, enquanto capacidade de ver o que acontece, não para julgar e sim reconhecê-lo e compreendê-lo em relação à nossa experiência.
2. Paciência – A atitude de paciência, em mindfulness, é uma forma de sabedoria, demonstrando que entendemos e aceitamos que às vezes as coisas devem desenrolar-se no seu próprio tempo. Uma criança pode tentar ajudar uma borboleta a emergir abrindo a sua crisálida, mas a borboleta não beneficia disso. Qualquer adulto sabe que a borboleta só pode emergir ao seu próprio ritmo e que o processo não pode ser apressado.
3. Mente de principiante – A mente de principiante ajuda-nos a ver tudo como se fosse a primeira vez: levantar-se, tomar banho, tomar café, cumprimentar o parceiro, ver o sol. Essa atitude em relação à vida faz-nos ver cada momento como real, novo, único e diferente de todos os outros. Esta atitude, permite-nos parar o modo “piloto automático”, romper com pensamentos pouco funcionais e comportamentos pouco ajustados. É uma ótima forma de nos mantermos curiosos em relação ao que vai acontecendo à nossa volta, e recuperarmos algo que “invejamos” nas crianças: o entusiamo de sentir tudo como se fosse a primeira vez, mesmo já o tendo experienciado inúmeras vezes.
4. Confiança – Desenvolver uma confiança básica em si mesmo e nos seus sentimentos é uma fonte de equilíbrio. Confiança é ao mesmo tempo ser confiável e confiar, e é um reconhecimento de que não estamos no controlo de todas as coisas da nossa vida, mas que ainda assim, conseguimos chegar onde somos esperados.
5. Não esforço – O não-fazer permite que as coisas sejam realmente abarcadas na nossa consciência, sem que tenhamos que nos envolver com elas, sem ter que fazer algo acontecer ou procurar experimentar algum estado em específico. É simplesmente estar com a vida, momento a momento, sem nenhum plano ou objetivo, é deixar que as coisas aconteçam quando não as podemos controlar.
6. Aceitação – A aceitação não é de todo ser passivo, mas antes praticar o reconhecimento ativo de que as coisas são da forma que são. Muitas vezes perdemos tempo e energia a negar o que é um facto. Procuramos forçar as situações, de modo que elas sejam como nós gostaríamos, o que cria mais tensão e impede a mudança positiva. A aceitação não significa que temos de gostar de tudo e abandonar princípios e valores. Não significa que tem de se resignar e tolerar tudo. A aceitação tranquiliza-nos, e é o primeiro passo para qualquer mudança ou persecução de objetivos: para chegar onde quero, tenho de aceitar onde estou.
7. Não-apego – Largar, soltar, “abrir mão” são formas de deixar as coisas serem o que são, de aceitar as coisas como elas são. Quando prestamos atenção à nossa experiência interior, descobrimos que há certos aspetos que a mente quer manter, e outros que quer afastar. Se agradável tentamos prolongar a nossa experiência, se desagradável tentamos apagar ou fugir, se neutra ficamos entediados. A alternativa, seria, intencionalmente, largar esta tendência, deixando as coisas acontecerem como têm de acontecer.
8. Gratidão – Praticar a gratidão, permite-nos apreciar o momento presente com um sentido de reverência e de humildade. Ao diminuir a velocidade, e trazer gratidão para o momento presente, podemos experimentar uma sensação de prazer e de foco nas pequenas coisas boas da vida. Mesmo quando as coisas estão a correr mal, podemos agradecer por estarmos vivos, e por podermos aprender com esses eventos. A gratidão é sempre uma (boa) opção.
9. Generosidade – Quão poderoso é dar algo a outra pessoa, algo que a fará mais feliz, sem esperar nada em troca? Quando somos generosos, demonstramos que realmente nos interessamos e que oferecemos o nosso tempo (ou qualquer outro recurso) a alguém que não a nós mesmos.
Muitas das vezes em que estes temas surgem em consulta e se fala da aceitação, do não esperar um resultado em particular, lembro-me de uma cena icónica do filme “O Homem que Sabia de Mais”, de Alfred Hitchock, em que Doris Day canta o tema “Que Sera, Sera (Whatever Will be, Will be). Deixo abaixo o link, para ouvir com atenção.
Ano novo, vida nova! Estamos habituados a ouvir esta frase das pessoas à nossa volta, vezes sem conta, em casa, no local de trabalho, no nosso grupo de amigos. E, possivelmente, nós próprios também já a dissemos algumas vezes: “a partir agora é que vai ser”, “vou mudar coisas na minha vida”, “vou passar a ir regularmente ao ginásio”, “vou começar aquela dieta há tanto tempo programada”, entre tantas outras formulações. O que lhe proponho é que aproveite esse ímpeto para colocar em prática algumas ferramentas de treino da mente, assim contribuindo para o seu bem-estar e equilíbrio. Vamos a isso?
Estamos constantemente a ter um diálogo interno connosco próprios. A nossa mente aceita, como sendo verdadeiras, as afirmações que fazemos acerca de nós e que, em grande parte das vezes, acabam por ser algo negativas, destrutivas ou limitadoras.
Ora, se estamos tão habituados a alimentar uma imagem negativa de nós próprios, e se esse hábito decorre de um treino que fazemos, ainda que inconscientemente, há anos, o que nos impede de experimentar um diálogo interno construtivo e reforçador?
Muitas pessoas vivem submersas em pensamentos negativos sem que se apercebam do efeito dessas palavras nas suas vidas, dizendo a si próprias que não são suficientemente boas, que não são merecedoras, que vão falhar, etc. A boa notícia é que, na mesma medida em que a parte inconsciente da nossa mente aceita como verdade esse auto diálogo, o cérebro vem igualmente equipado e preparado para tomar como suas as afirmações positivas que lhe possamos dar como “alimento”.
Costumo sugerir, a quem procura este tipo de treino, que arranje uma frase (uma afirmação) para cada dia da semana (pode ser algo tão simples como: “a cada dia que passa sinto-me mais tranquilo” ou “eu mereço o melhor da vida”) e que adote um treino intensivo durante 4 semanas, repetindo mentalmente a frase ao longo do dia.
As afirmações devem ser curtas, tão específicas quanto possível, escritas na afirmativa e no tempo verbal presente, como se aquilo que está a afirmar seja já verdade.
Se pararmos um pouco para pensar, percebemos que fomos adquirindo, ao longo do tempo, um conjunto de estratégias que nos ajudaram a organizar e evoluir nas nossas vidas. Pensemos num pintor ou num escultor: estas pessoas terão, seguramente, uma caixa de ferramentas e um sem número de técnicas para ajudá-los na inspiração necessária e na produção dos objetos de arte que criam. Seguindo a mesma lógica, cada um de nós foi descobrindo e utilizando técnicas que se mostraram ser eficazes na construção da nossa vida até o ponto em que nos encontramos hoje. Por vezes acabamos por esquecer essas estratégias e questionamo-nos sobre o porquê de não estarmos a evoluir.
No decurso do processo de nos transformarmos naquilo que somos hoje em dia, passámos pela experiência de sentirmos a vontade de fazer alguma coisa, de sermos inspirados para algo, e acabámos por encontrar as ferramentas (as estratégias) que eram precisas para alcançar aquilo que pretendíamos. Pode ser que tenhamos utilizado o método de escrever, diariamente, os nossos objetivos e metas, de maneira a clarificar as nossas intenções; pode ser que tenhamos utilizado o método de visualizar os nossos objetivos a acontecerem; pode ser, também, que tenhamos utilizados técnicas de relaxamento e meditação para nos ajudar a ganhar clareza para a definição dos objetivos e da forma de colocar em marcha os passos necessários para os alcançar; pode ser que tenhamos feito listas com os prós e contras daquilo que procurávamos. Fosse qual fosse o método, é igualmente importante lembrar que a energia e o compromisso que colocámos na utilização daquelas ferramentas tornaram-se essenciais para o bom desenrolar do processo.
Cada um de nós tem o seu método especial. Podemos ouvir as ideias dos outros, podemos ler e pesquisar as mais diversas fontes, mas precisamos de chegar a um momento em que, recolhida toda essa informação, decidimos sobre o que nos faz mais sentido.
Essa é uma escolha absolutamente pessoal, individual, única. E é daí que partimos: aproveite para fazer uma retrospetiva de tudo aquilo que alcançou até aqui, daqueles que foram os desejos concretizados, e reflita sobre os métodos pessoais que utilizou para se comprometer com o alcance desses desejos. Estará assim a reencontrar os caminhos que o orientam no sentido da sua evolução e desenvolvimento pessoal.
Pode parecer estranho, à primeira vista, mas falamos aqui da importância de fazer uma “limpeza” regular da nossa mente, tal como fazemos essa limpeza nas nossas casas, na nossa mesa de trabalho, no nosso automóvel. Já reparou como, depois de um dia agitado de trabalho, imagens, palavras, sons e histórias continuam a habitar a nossa mente? Quantas vezes acontece que, mesmo já deitados na cama, a nossa mente continua a processar toda a informação absorvida ao longo do dia, como se de um filme se tratasse, sem nos dar descanso? Não só continuamos cansados no dia seguinte, como vemos limitada a nossa capacidade de concentração ou de inspiração.
Acontece que, em algumas situações, as atividades que escolhemos para relaxar acabam por trazer ainda mais sobrecarga de informação: ver televisão, assistir a uma série ou a um filme, ler um livro, falar com um amigo, todas estas atividades envolvem a entrada de mais informação.
De maneira a podermos, realmente, acalmar a mente, precisamos de escolher uma atividade que nos permita fazer um corte temporário com a estimulação intelectual. Seja fazer ioga, uma longa caminhada, meditar ou dançar, o que é importante é que escolhamos uma atividade que nos permita focar a atenção no nosso corpo e nas sensações que este nos transmite, e só assim começaremos a acalmar a mente. Utilizar exercícios de respiração profunda é uma forma ainda mais simples de chegar a um estado de mente tranquila. E é quando relaxamos que podemos começar, finalmente, a “limpar” a mente. Embora parte de nós saiba, instintivamente, aquilo que lhe faz sentido fazer para relaxar, tome algum tempo para perceber qual é, para si, a atividade que traduz, realmente, a forma adequada de limpeza e de recarga de energia para a sua mente.
Se procura apoio para iniciar ou consolidar este processo, para colocar em marca a utilização destas e de outras ferramentas, saiba que estou aqui para o ajudar. Tome a iniciativa e dê o primeiro passo rumo ao seu bem-estar e desenvolvimento pessoal.
A primeira proposta que tenho para si, é um Voucher de uma Sessão de Coaching Online.
Uma sessão de Coaching nesta altura do ano é uma ferramenta muito útil para garantir, não só, que a pessoa toma as melhores decisões possíveis e cria objetivos que estão em linha com a sua verdade interior, bem como, garantir que a pessoa tem os recursos emocionais e psicológicos necessários para se reconstruir numa melhor versão de si própria.
A segunda proposta de presente que tenho para si, é um Voucher do nosso Workshop de como atingir objetivos.
É um workshop em formato totalmente online, em que o formando tem acesso a conhecimento e sabedoria provenientes das áreas da Psicologia e do Coaching, relacionadas com o atingir objetivos. Este Workshop favorecer-lhe, não só, a possibilidade de seguir uma direção eficaz na concretização dos seus objetivos, como também, um aumento de energia e motivação para atingir os objetivos com que se comprometer.
Qualquer que seja o objetivo que a pessoa tenha, seguindo estas linhas orientadoras é muito provável que o consiga alcançar.
No final deste Workshop, o formando tem ainda acesso, a uma sessão de Life Coaching Online grátis.
Aproveito para lhe desejar a si, em nome de toda a equipa do Learn2be, um Feliz Natal e um 2021 com muito sucesso em todas as áreas da sua vida. Não fique à espera, faça acontecer!
Seja o melhor de si,
Miguel Gonçalves
Diretor Clínico do Learn2be