A adolescência é um período de transição. Turbulência. Mudanças internas drásticas, conflitos variados, pressas ou amarras em ebulição. O adolescente vive a adolescência própria da época em que se encontra. Uma adolescência em 2023 não é igual à vivência da mesma etapa nos anos 90, 80, muito menos 50.
Crescer é a função a vida, no geral, mas na adolescência em particular. Crescer fisicamente e crescer mentalmente, numa fase longa do ciclo vital da família em que a capacidade de pensar adquire pela primeira vez um estádio mais alargado, ou seja, adquire formas mais abstratas e lógicas mais robustas que trazem uma consciência, ainda em formação, mais aumentada e capaz. É por isso, uma etapa marcada por buscas, fantasias, trocas e perdas. Onde há sofrimento e desilusão. Mas também, oportunidade de autonomizar e, como tal, um viver novo mais capaz.
O jovem nesta etapa turbulenta tem, muitas vezes e pela primeira vez, de lidar com o largar de papeis infantis e passar a assumir novas funções e papeis na vida familiar, social e escolar. Tem de lidar com perdas afetivas e ideias pré-instituídas em si do funcionamento diário, do mundo e dos outros. Novas formas de se relacionar. Novos desejos, expectativas sobre si e sobre os outros.
Neste percurso atribulado e novo para o jovem é comum surgir momentos de tristeza, inferioridade e isolamento. Um corpo novo que desconhece e uma separação face a antigas rotinas e cuidados para com eles podem ser sentidos com maior intensidade e ressentimento. Intensidade que é aliás palavra de ordem na adolescência, período marcado por sentimentos e emoções vividos com grande intensidade.
No entanto, estes são períodos que podem muito bem ser olhados como momentos de organização interna necessários, e como tal, momentos que podem ser transitórios e passageiros.
Ter momentos mais depressivos nesta etapa de evolução é por isso normativo não devendo ser confundido com qualquer estado psicopatológico mais grave. Embora, obviamente, possam ser sintomas e sinais que escondem qualquer coisa de mais profundo mas que o tempo permitirá também averiguar se é um estado passageiro ou um estado mais instalado. E neste último caso, falamos de uma depressão.
É comum que os sentimentos de angústia e depressão se confundam entre si. Por vezes, os mesmos coexistem em simultâneo.
A verdadeira depressão manifesta-se por sensações de impotência e desespero face à vida. Manifesta-se por uma apatia notória, tristeza e acima de tudo, falta de ânimo. É a persistência no tempo de sinais prolongados de tristeza, falta de ânimo, motivação, quebra escolar ou queixas físicas que deve alarmar para um possível quadro de depressão no adolescente.
O agir impulsivo, muito presente também nesta etapa de vida, pode esconder uma agressividade interna que em última análise pode corresponder a uma depressão vincada ou instalada. O contrário, a falta de acção, de socialização, de gosto e prazer pela vida também.
Na adolescência a percepção que o jovem em construção tem de si é fundamental. Uma autoestima, alimentada pelas relações que mantem e pelas capacidades nas várias áreas de atuação formam com impacto neste jovem, um autoconceito e como tal um sentir importante na gestão de momentos mais depressivos ou da instalação de um quadro depressivo.
Um adolescente precisa ser entendido. Precisa sentir-se acolhido, compreendido e apoiado. Todos os adolescentes procuram aprovação. Principalmente dos pares. E é com uma boa relação que o seu mundo interno pode ser organizado. Nesse sentido, uma relação terapêutica é um espaço organizador essencial.
Caso se reveja na temática acima abordada e necessite de uma avaliação ou acompanhamento para desbloquear um estado igual ou semelhante, não hesite em marcar uma consulta de psicologia do adolescente.
Quem somos, do que gostamos, o que queremos na vida, são questões que vão surgindo aos adolescentes e para as quais nem sempre existe uma resposta. A adolescência é a fase de descoberta de nós próprios e dos outros. Nesse sentido, coloca-se a questão:
Recorrendo á etimologia da palavra consciência, esta vem do termo latino conscientia, de consciens, particípio presente de conscire = estar ciente, com uma possível raiz formada de junção de duas palavras do latim; conscius+sciens: conscius, que sabe bem o que deve fazer, e sciens, conhecimento que se obtém através de leituras, de estudos, instrução e erudição.
Nesse sentido, consciência é uma qualidade psíquica, isto é, pertence à esfera da psique humana. Ser consciente não é exatamente a mesma coisa que pertencer-se no mundo mas ser-se no mundo e do mundo, e isso exige outras implicações.
Seguindo o raciocínio, a consciência poderá ter dois sentidos: a descoberta ou reconhecimento de algo exterior (objeto, realidade, situação) e as modificações sofridas pelo próprio Eu. É um processo dialético no sentido de mover-se “do Eu para o mundo” e “do mundo para o Eu” e inicia-se nos primeiros meses de vida na relação mãe-bebé.
Esta experiência da relação permite a construção de um esquema mental para a realidade exterior para que mais tarde exista a construção interna de significados, seguidamente a separação da mãe enquanto objeto de relação permanente (18 meses aproximadamente), para mais tarde se dar a diferenciação do seu viver do viver dos pais (aproximadamente aos 3 anos).
Por volta dos 3/ 4 anos a criança desperta para o prazer fora da família, i.e., sentimento de pertença ao grupo mas também a solidificação dos papéis e regras sociais (4/5 anos).
Observa-se posteriormente uma relativa estabilidade alcançada durante os anos de latência (termo usado por Freud que compreende o intervalo entre os 6 a 10 anos) concomitante ao período de escolarização da criança, onde a sua energia está investida nas atividades escolares e nas relações sociais, mas também, privilegiando a companhia dos pais.
Quando a adolescência começa (inicia-se aos 10 anos e compreende o período até aos 19 anos), pelo contrário, tudo é confusão, o que dá lugar a novas e variadas separações. Trata-se da confusão acerca do seu corpo que surge com os primeiros pelos púbicos cuja aceitação passa pela elaboração do luto pela perda do corpo infantil e da perda de imagem dos pais da infância (Aberastury, 1965).
Na adolescência produz-se também, para além de uma cada vez mais ampla integração social, a integração da sexualidade. É um período de criação de significados pessoais e aproximação à maturidade através de um plano de ensaios que testam a aproximação – separação com os seus maiores e com os pares, procurando congruência na relação entre os objetos externos e internos.
A consciência crítica diz respeito ao crescimento harmonioso entre duas dimensões, ou seja, a reflexão sobre si próprio e a atenção sobre o mundo. O crescimento unilateral de qualquer uma destas duas dimensões pode conduzir à perda da identidade (só consciência do outro) ou ao isolamento (crescimento apenas de si).
O autoconhecimento é a chave para alcançar esse grau de consciência que nos permite tomar decisões adequadas e que nos satisfazem.
A questão muitas vezes colocada é se realmente os problemas da adolescência são uma coisa dos tempos modernos, criando-se desta forma quase que um mito em redor da questão. Ora alguns entendidos referem que a principal novidade da adolescência de hoje em dia é que a puberdade (fase de transição da infância para a fase adulta, em que ocorrem mudanças biológicas e fisiológica significativas), acontece cada vez mais cedo, ao mesmo tempo que os deveres da vida adulta tendem a assumir-se cada vez mais tarde.
O grau de dificuldade na relação pais e filhos durante este estágio depende muito de como convergem os padrões de relacionamento e funcionamento do sistema familiar transmitidos ao longo dos tempos, a transgeracionalidade, com os stressores previsíveis e imprevisíveis deste período que suscitam ansiedade (quer dos pais quer dos adolescentes) e obrigam o sistema a se adaptar.
Para determinada família a adolescência pode ser vivenciada com maior sofrimento e, para outra, pode ser um estágio promotor de crescimento coletivo e individual de cada membro do sistema.
É fundamental neste contexto os pais estarem atentos à narrativa que estão a promover quando se dirigem ao adolescente de forma a não projetar os seus próprios desejos e sonhos. O papel da comunicação é extremamente importante nesta interação. É imprescindível existir da parte dos pais uma escuta ativa aos desejos e interesses do adolescente, validando os seus sentimentos tais como possíveis medos e inseguranças, procurando ajudá-lo a refletir sem impor opiniões. Torna-se necessário também, deixar de lado os pensamentos deterministas no que respeita a decisões para a vida no mundo laboral e promover flexibilidade suficiente para permitir perceber que a qualquer momento pode ser possível adaptar o percurso.
É certo e sabido que muitas decisões como esta são influenciadas pelos pares, contudo, é importante salientar que o grupo de pares capacita o meio para o desenvolvimento cognitivo, social e emocional do adolescente. As amizades na adolescência são fundamentais para o processo de criação de identidade. O sentimento de pertença ao grupo dá ao adolescente a segurança necessária para lutar contra a angústia da solidão típica desta fase.
Nesse sentido, torna-se necessário às famílias ampliar fronteiras, reconfigurar o sistema com novas funções e tarefas que permitirão a individualização do adolescente, ou seja, o afastamento e aproximação conforme o grau de dificuldade para gerir as situações que vivencia.
Criar com o adolescente uma relação de confiança é fundamental para ativar processos criativos entre pais e filhos com o objetivo de despertar novos sentidos, cooperativamente, para melhoria das relações a partir de uma responsabilidade individual e coletiva.
Em caso de dúvidas, poderá sempre procurar um profissional da área para ajudar a encontrar respostas. Saiba que posso ajudá-la(o) neste processo de construção de identidade, marque a sua consulta hoje!
Vivemos numa sociedade em que muito poucas pessoas chegam à primeira relação sexual sem ter visto algum conteúdo pornográfico antes. Será que isso nos afeta?
A verdade é que, atualmente vivemos no mundo do entretenimento, onde cada vez mais são os estímulos que temos à nossa disposição e de fácil acesso. Todos os estímulos que vamos recebendo têm um efeito no nosso comportamento, daí ser necessário conhecermos o seu impacto e a melhor forma de responder.
A representação sexual teve sempre presente ao longo da história, inicialmente consumido na imprensa escrita, na fotografia, no cinema e vídeo, e mais tarde, também na internet que é hoje o principal meio de consumo de pornografia. Esta evolução tornou a pornografia mais acessível devido ao anonimato, poucas ou nenhumas barreiras de entrada, e o estar disponível gratuitamente.
Nesse sentido, o consumo de pornografia na internet tem aumentado e considera-se que 46-74% dos homens e 16-41% das mulheres sejam consumidores ativos de pornografia (Carroll, et al., 2008; Regnerus, Gordon, Price, 2016; Dwulit, Rzymski, 2019). O PornHub, um dos sites mais populares, relatou 42 biliões de visitas em 2019, sugerindo 115 milhões de visitas por dia (Pornhub, 2019). Com a pandemia da COVID19 também se verificou um aumento do consumo de pornografia (Zattoni, Gül, Soligo, Morlacco, Motterle, Collavino, Barneschi, Dal Moro, 2020).
Estes números podem não ser uma surpresa, e por si só não são problemáticos, mas o mais provável, é que esteja a ler isto porque conhece alguém, ou pessoalmente sente, que está a assistir a pornografia de maneira que considera preocupante. Talvez passe mais tempo a assistir, do que gostaria, talvez sinta dificuldades em atingir o clímax durante o sexo, talvez sinta que a sua parceira ou parceiro não o empolgam tanto quanto a pornografia, ou talvez tenha escalado para fetiches que considera perturbadores.
O aumento do consumo de pornografia pode ter um impacto negativo e prejudicial no cérebro, relacionado com a diminuição da atividade nas áreas do cérebro associadas à motivação e tomada de decisão, contribuindo para a diminuição do controlo de impulsos e aumentando a dessensibilização à recompensa sexual (Wilson, 2014; Kühn & Gallinat, 2014)
A pornografia também parece ter um impacto na saúde sexual dos mais jovens. Por exemplo, as taxas de disfunção erétil entre jovens estão a aumentar e parecem estar diretamente relacionadas ao uso frequente de pornografia. Muitas vezes, têm disfunção erétil quando estão com uma pessoa – mas não quando estão sozinhos a assistir a pornografia (Voon, Mole, Banca, Porter, Morris, Mitchell, Lapa, Karr, Harrison, Potenza, 2014; Park et al, 2016).
Também, o aumento do uso de pornografia tem sido associado à insatisfação psicossexual, maior insatisfação com o casamento (Wright, 2013), ser mais crítico do próprio corpo ou do seu parceiro, aumento da pressão de desempenho e menos relações sexuais (Albright, 2008).
O comportamento hipersexual também evidenciou uma maior comorbidade com perturbação de ansiedade, perturbação de humor, perturbação do uso de substâncias e disfunção sexual (Starcevic & Khazaal, 2017)
Por outro lado, o consumo de pornografia pode ser positivo, uma vez que pode aumentar a ativação sexual (Staley & Prouse, 2012) estimular a fantasia, bem como eliminar algumas crenças negativas em relação ao sexo (Baumel et al., 2019; Rissel et al., 2017; Brown, Durtschi, Carroll, Willoughby, 2017).
Apesar de não existir um consenso em relação à classificação do vício em pornografia como uma perturbação, sendo denominado pela Organização Mundial de Saúde como um comportamento sexual compulsivo, sabemos que este consumo ativa no nosso cérebro o sistema natural de recompensa, o mesmo sistema que é ativado noutras adições. Se considerarmos a pornografia a partir dessa perspetiva, podemos estar atentos aos sinais, sintomas e comportamentos reconhecidos, como aqueles listados na avaliação de adições.
São eles: o desejo e preocupação em obter, envolver-se ou recuperar-se do uso da substância ou comportamento; A perda de controlo no uso da substância ou no envolvimento no comportamento com frequência ou duração crescente, em maiores quantidades ou intensidade, ou no aumento do risco no uso e comportamento para obter o efeito desejado e consequências negativas nos domínios físico, social, ocupacional, financeiro ou psicológico.
Ou seja, esteja atento à intensidade, frequência e duração do seu comportamento, eles são fortes identificadores de possíveis problemas. Sobretudo, o impacto desses comportamentos no seu funcionamento diário e nas várias áreas da sua vida.
Se tiver dúvidas do impacto que a pornografia está a ter na sua vida, faça uma experiência – durante apenas 10 dias, dê ao cérebro um merecido descanso da pornografia e da excitação artificial e veja qual o impacto que isso tem em si.
Por outro lado, se sente que o seu comportamento já pode ser problemático e experiência alguns dos sintomas que foram acima mencionados, então é importante mudar o seu comportamento, e com o tempo, criar novos hábitos que irão se refletir em mudanças nas funções cerebrais.
Remova toda a pornografia
Elimine dos seus favoritos e do histórico do seu navegador todos os sites pornográficos. Saia também de todos os grupos de whatsapp que enviam esse tipo de conteúdo.
Mude o seu ambiente
Neste momento, o seu ambiente tem gatilhos que ativam esse desejo de consumir pornografia. Pessoas com adições são orientadas a evitar amigos, locais e atividades associadas ao consumo. Considere usar os seus dispositivos apenas em locais menos privados, que não associe ao uso de pornografia.
Considere um bloqueador de sites de pornografia e de anúncios
Até voltar a ter o seu autocontrolo total, os bloqueadores de sites e anúncios podem ser bastante úteis.
Procure ajuda especializada
Um psicólogo pode ajudá-lo a entender melhor a origem do seu comportamento e a fornecer ferramentas para ter mais autocontrolo e comportamentos mais saudáveis e ajustados.
Participar de um grupo de apoio, ou fórum sobre esta temática especifica também pode ajudar, uma vez que pode apoiar e ser apoiado por outros e gerar novas dicas para acelerar o progresso.
Se suspeita que o seu comportamento se está a tornar excessivo e está a prejudicar o seu desenvolvimento psicológico e afetivo, tendo consequências na sua vida pessoal, relacional e profissional é a altura de procurar ajuda, e começar a desenvolver uma melhor saúde sexual.
Como humanos, sempre fomos criaturas sociais, então não é de estranhar que sejamos adeptos das novas tecnologias, estando metade da população mundial (3,5 bilhões) registada em alguma rede social (Global Digital Statshot, 2019). Neste sentido, estas plataformas, de certa forma, já constituem uma força e um fenómeno social e cultural a serem considerados.
Onde está a atenção, está a oportunidade de negócio e a profissão de criador de conteúdos digitais é cada vez mais aceite, reconhecida e até bastante desejada pelos mais novos.
Apesar de haver distinções, devido à plataforma, tipo de conteúdo e objetivo, para este artigo, apesar de redutor, vamos chamar aos criadores de conteúdo – influencers. Podemos definir um influencer, de forma geral, como um perfil com milhares de seguidores nas redes sociais, que através do seu conteúdo e, por ter acesso a um grande público nessas plataformas, possui a capacidade de influenciar comportamentos, podendo ser remunerado por isso.
Na maioria dos casos, os influencers começam do zero, crescendo seguidor por seguidor. À medida que vão crescendo vão recebendo cada vez mais atenção e tornam-se modelos, com base nas suas personalidades, talentos e criatividade.
No geral, os influencers, independente do conteúdo optam por partilhar histórias pessoais, e opiniões o que contribui para que sejam vistos como confiáveis e acessíveis (Westenberg, 2016). Enquanto psicólogo, interesso-me pelo comportamento humano e tudo que envolva a saúde mental, tornando-se impressionante ver a quantidade de influencers, que em algum momento do seu canal dedicam um ou vários vídeos para falar sobre a sua saúde mental e contar experiências pessoais de problemas como ataques de pânico, perturbações alimentares, depressão ou até mesmo pensamentos suicidas. Por um lado, as estatísticas dizem-nos que 1 em cada 5 portugueses sofre de problemas de saúde mental (Almeida & Xavier, 2009) o que faz com que, neste caso, tenham apenas mais exposição, só isso.
A vida de um influencer, por mais excitante que possa parecer à distância, exige um enorme compromisso. Consigo pensar em alguns, como: pensar o que publicar, publicar conteúdo diferente todos os dias, a quantidade de horas de trabalho neste processo, quantas visualizações terá e como isso se traduzirá em termos financeiros. Quando um influencer não publica por poucos dias, isso pode afetar o seu posicionamento e, portanto, o quanto dinheiro ele ganha, fazendo com que parar seja algo mais difícil. Para além do dinheiro, os influencers também precisam de se preocupar constantemente com a sua imagem, concorrência, algoritmos que estão em constante mudança e também suportar os comentários negativos nas suas publicações.
Sabemos, na psicologia, que todo nós precisamos de stress, o problema começa quando estas pressões e stress constante, se tornam difíceis de suportar ou lidar e aí a tensão aumenta, não há mais nenhuma alegria nos desafios que enfrentamos diariamente e passa a existir uma forte angústia.
Além disso, todas estas imprevisibilidades fazem com que a rotina dos criadores de conteúdo possa não ser a melhor, existindo por vezes ausência de exercício físico, sedentarismo, alimentação desequilibrada e falta de sono. Este desequilíbrio constante traz consequências para a nossa saúde mental e física.
Todas as plataformas apresentam uma série de benefícios tanto a nível pessoal, como profissional, ao mesmo tempo existem algumas consequências preocupantes e cuidados a ter em conta na sua utilização, e muito mais quando fazemos delas a nossa profissão.
Então, por onde começar? Comece por construir e solidificar os pilares da saúde (alimentação, sono, exercício físico, meditação e relações) e inclua esses pilares na sua rotina. Ter rotinas produtivas e saudáveis é essencial para o nosso bem-estar e saúde mental.
O exercício físico, quando moderado, tem efeitos muito positivos para a saúde mental. Experimente fazer 15 minutos de caminhada todos os dias.
Uma boa alimentação para além de melhorar a nossa saúde física também é importante para mantermos uma boa saúde mental. Alimentos frescos, mais naturais, ricos em nutrientes, ajudam a melhorar o nosso humor.
Reserve tempo para ler, aprender e informar-se. Ajuda na memória, na criatividade e aumenta as suas competências.
Uma boa noite de sono promove inúmeros benefícios para a saúde mental e física. Dormir de 6 a 8 horas por dia, para além do descanso físico, ajuda a equilibrar as funções mentais.
Faça uma sessão de mindfullness, de 10 a 15 minutos por dia. Enquanto a sua respiração normaliza, o corpo e a mente acalmam e permitem-lhe estar mais focado e concentrado no presente.
Cultive boas relações. Passe tempo com as pessoas que são importantes na sua vida. Desenvolver e manter relações saudáveis e positivas são um fator protetor de saúde mental.
É importante que enquanto criador de conteúdo e pessoa, acima de tudo, aprenda a não se esgotar ou atingir pontos de rutura emocional. Se sentir que este pode ser o seu caso, um psicólogo pode ajudar a recuperar o equilíbrio emocional e a se sentir bem consigo mesmo novamente, bem como a fazer as alterações necessárias na sua rotina. Pode ser desafiador, com certeza, mas o seu bem-estar acabará por torná-lo mais produtivo e feliz.