
Quando nos referimos à segurança interna de cada pessoa, falamos da relação que esta estabelece consigo própria, com os outros e com o mundo em geral. É a forma como cada pessoa se vê e se relaciona com os outros. É a robustez ou falta dela com que cada um vai sedimentando a sua personalidade.
Segurança interna, podemos de forma simplista dizer, que é o estado interno que possibilita ou limita na exploração do mundo exterior. Que permite a autonomia e movimento de crescimento ou, por falta da mesma, limita e depende do outro.
E quando falta segurança no mundo interno, há uma busca por segurança no mundo externo (dependências, dedicações exaustivas, medos, ansiedade incapacitante, etc.).
A segurança interna está diretamente ligada às relações estabelecidas no processo de desenvolvimento. Relações das quais resulta uma auto imagem, uma auto estima e uma auto permissão que determina muito do que é ter um mundo interno seguro ou inseguro.
Compreender e organizar a subjetividade dos acontecimentos de vida em cada pessoa é determinante para perceber o efeito desses mesmo acontecimentos ao nível interno.
A capacidade de estar seguro, de poder falhar, de se permitir a ser quem é, e de se permitir a ter prazeres e seguir desejos e sonhos está diretamente relacionada com a segurança interna. Esta segurança interna começa a ser desenvolvida, ou pelo contrário, a ser impedida de se efetivar, desde muito cedo, com as relações primárias e de vinculação na infância.
A vinculação é primordial neste campo interno de estar seguro. É por isso que o estilo de vinculação construído nos primeiros anos de vida é tão importante pois este estilo mantem-se e determinará o padrão de relacionamentos que vai estabelecendo ao longo da vida no campo afetivo, amoroso mas também em campos como os da amizade e relações profissionais.
Analisar e compreender o que aconteceu na vida de um ser humano, mesmo antes dele nascer, é importante porque permite estabelecer qual o caminho de desenvolvimento que foi percorrido e simbolizado. A segurança interna relaciona-se com a simbolização efetuada e desenvolvida na relação com a realidade específica de um mundo específico que é pessoal e por isso, único.
Cada pessoa é fruto do que lhe foi permitido e do que lhe foi impedido. É fruto de uma história pessoal envolvida em determinadas relações, ambientes e em determinada época e espaço. É igualmente fruto de um vasto conjunto de ligações psicológicas que se vão organizando e estruturando ao longo do processo de evolução de cada pessoa.
A regulação emocional no que toca à auto estima e às relações com os outros é importante para estabelecer novas formas de se relacionarem com expectativas e sentires.
É nesse sentido que a psicoterapia é uma ferramenta essencial nesta busca de uma maior segurança interna já que permite, numa relação terapêutica consolidada e segura, estabelecer novas possibilidades de desenvolver as potencialidades de autonomia face às representações limitantes e, muitas vezes disfuncionais, de si. A mudança que a psicoterapia promove é essencial para que a pessoa rompa com as crenças rigidificadas em si de depender, de se acomodar, de não evoluir por falta de uma segurança desejada para tal.
Na maior parte dos casos, não falta vontade de crescer. Não falta querer. Na verdade, falta segurança para o fazer e acreditar que pode ser!
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