
A vida é feita de um leque circular de factores que contribuem para aquilo que somos. Não existe uma linha recta de desenvolvimento mas antes uma circularidade de inferências ao percurso de crescimento, de identificação, de estruturação e de maturidade.
Na verdade, todos crescemos de determinado modo, contexto ambiental e relacional e isso contribui para a forma como estamos, ao dia de hoje, a pensar a vida.
Em momentos novos, de começos e recomeços, é importante olhar para as ligações afetivas. Ligações humanas fundamentais. São as ligações que estabelecemos que moldam o nosso pensamento. E é na linha de pensamento que nos vamos encostando, definindo ou orientando que olhamos o mundo, com mais ou menos perícia, mais ou menos astúcia, mais ou menos peso e mais ou menos certeza.
As relações fazem parte das necessidades humanas. E as relações obedecem a partilhas. É, pois, a partilha, crucial à saúde mental e física.
A felicidade não tem equação. Não há uma fórmula universal para a atingir. É um trabalho pessoal e intransmissível orientado na auto compreensão e no olhar para si, sobre si de um modo diferente, mais atuante e diferenciado. E é um estado relativamente passageiro que se atinge mais ou menos vezes consoante os variados factores que nos caracterizam em geral. Sendo as relações que mantemos muito importante para esse estado.
É nas relações que cada um se descobre e é nas relações que cada um se começa e recomeça, quando quiser e puder.
São as escolhas que fazemos que determinam caminhos, percursos de vida. São as escolhas que determinam começos e recomeços.
Claro que é assustador olhar para um recomeço. Um caminho sem chão. Um mar sem farol. Um avião de porta aberta.
Um recomeço de vida pode ser assustador mas é sempre uma nova oportunidade.
Um recomeço de vida pode ser desestruturante mas pode ser apenas o inicio de uma nova estrutura.
Um recomeço de vida pode ser um adeus doloroso mas pode ser também um cumprimento ao primeiro dia do resto da nova vida.
Setembro é sempre um recomeço!
Uma nova oportunidade e até a ilusão de um regresso a algo que pode nunca ter sido.
Recomeçar obedece a um novo pensar. E é a pensar de modo diferenciado e novo que se começa. É isso que fazemos em terapia.
Setembro é sempre um mês de pensar diferente.
Pensar em relação, na relação terapêutica, em partilha.
Um pensar diferente, a dois, para que se recomece realmente um começo de qualquer coisa nova.
A mudança é um processo que comporta à partida duas principais dificuldades, aquilo a que habitualmente chamo de dois Cês: Consciência e Consistência.
Para quebrar velhos e automáticos hábitos é necessário observá-los (consciência) e alterá-los de um modo regular, efetivo e definido (consistência). É deste modo que, e não havendo uma assertividade de pensamento e de atuação ao nível destes dois pontos, a maioria das pessoas se propõe fazer mudanças de vida impactantes mas com o tempo, com os desafios e obstáculos que surgem no dia-a-dia acaba por voltar a padrões de comportamento/hábitos anteriores com os quais não se identifica mas, simultaneamente, não parece conseguir libertar-se.
Antecipar comportamentos/hábitos, observar o ambiente em que circula, compreender “gatilhos automatizados” que dispara na busca interna de compensações ou outros mecanismos que se foram desenvolvendo para manter o equilíbrio interno são alguns itens essenciais a uma mudança efetiva, consciente, consistente e como tal, duradoura.
É nesse sentido, que o trabalho clínico de Psicoterapia ou Coaching psicológico se torna um aliado, por vezes, fundamental ou mesmo indispensável, nesta busca de quebrar padrões e alterar e substituir redes cognitivas por novas redes, mais atualizadas e úteis.
Um dos vários trabalhos que efetuamos diariamente em clinica psicoterapêutica ou num trabalho de Coaching psicológio, quando se trata de efetuar mudanças precisas, objetivas e impactantes na vida de cada pessoa, prende-se com o visualizar, a dois (Terapeuta + Cliente/Paciente) os ideais de vida, isto é, como seria uma relação ideal, um trabalho ideal, um bem estar ideal. Visualizar a dois traz o benefício único de quebrar algumas fantasias que possam ser irrealistas por um lado, e ativar por outro vias neuronais essenciais à prática e execução dessas mudanças que de outro modo não se reforçariam e, devido a isto, voltariam a utilizar-se redes cognitivas anteriores, híper reforçadas por esquemas nucleares (crenças) e outros automatismos internos desenvolvidos, por vezes, ao longo de décadas. Além disso, pensar a dois em terapia ou Coaching oferece a oportunidade única de nos vermos fora de nós, ou seja, de nos compreendermos e organizarmos de um modo novo e diferenciado naquilo que é transferido e analisado em consulta.
A aliança de um trabalho psicoterapêutico rigoroso, experimentado e competente juntamente com uma abordagem mais objetiva voltada para a acção, como é o caso do Coaching psicológico torna um processo de mudança que por vezes parece inalcançável ou demasiado assustador, num processo consciente e consistente, seguro, faseado e preenchedor pelo caminho efetuado a dois, numa relação contingente como é a relação terapêutica.
Saiba que, seja um processo de psicoterapêutico ou Coaching psicológico, encontro-me disponível para o auxiliar no processo de recomeçar. Marque a sua consulta, hoje!