
Vivemos num mundo em que a comparação é uma tendência natural do ser humano. Contudo, a comparação social pode motivar as pessoas a melhorar, mas também pode promover atitudes críticas, preconceituosas e excessivamente competitivas. Tal como dizia Theodore Roosevelt, a comparação é “o ladrão da alegria”. E a verdade é que esta classifica-nos como mais ou menos inteligentes, mais ou menos bonitos, com mais ou menos sucesso. Logo, a comparação social pode motivar as pessoas a evoluírem, como também pode promover a sua própria autodestruição.
Quando nos comparamos, há sempre alguém que sai prejudicado e alguém que sai beneficiado e isso não é positivo, nem mesmo para a pessoa que é beneficiada. Lembre-se, não somos a cópia de ninguém, não podemos comparar-nos a ninguém. Fazer comparações entre nós é uma forma inútil de esperar que sejamos melhores quando realmente o que somos é diferentes uns dos outros.
De acordo com alguns estudos, até 10% dos nossos pensamentos envolvem algum tipo de comparação. A teoria da comparação social é a ideia de que os indivíduos determinam o seu próprio valor social e pessoal tendo como base a forma como eles se comparam com os outros. A teoria foi desenvolvida em 1954 pelo psicólogo Leon Festinger. Pesquisas posteriores mostraram que as pessoas que se comparam regularmente com outras, podem encontrar motivação para melhorar, mas também podem manifestar sentimentos de profunda insatisfação, nomeadamente, culpa, vergonha, inveja, frustração ou angústia e desta forma apresentarem comportamentos destrutivos.
É mais provável que as comparações nos façam sentir mal quando cometemos o erro de nos compararmos a apenas modelos com determinada características, esquecendo que cada um de nós é portador de uma história de vida única. Por isso, é que a psicologia por trás dos diferentes tipos de comparação pode ser complexa, pois é influenciada por vários fatores individuais, sociais e culturais. No entanto, a pesquisa identificou diferentes tipos de comparação que as pessoas tendem a fazer (cada um com os seus próprios mecanismos e consequências psicológicas):
Vários estudos mostram que as pessoas geralmente envolvem-se em comparações ascendentes ou descendentes. Nas comparações ascendentes, comparamo-nos com aqueles que acreditamos serem melhores do que nós de alguma forma. Já nas comparações descendentes, fazemos o oposto.
Sim. Quando os indivíduos se comparam aos outros como forma de medir o seu desenvolvimento pessoal ou para se motivarem a melhorar, as comparações podem ser benéficas. Embora seja preciso disciplina, para evitar as armadilhas da comparação. E para isso devemos prestar atenção a quem nos comparamos e por que o fazemos, pois para podermos evoluir, precisamos de nos comparar a pessoas mais ou menos semelhantes a nós, mas com um desempenho superior numa ou outra característica. Por isso, devemos estar atentos às armadilhas da comparação, evitando que estas sejam excessivas e usá-las apenas como uma ferramenta de crescimento e inspiração.
É natural compararmo-nos com os outros, mas quando isso se torna excessivo, pode ser prejudicial à nossa saúde mental e bem-estar. Em vez de nos concentrarmos na nossa própria vida e qualidades únicas, comparamo-nos com os outros e tentamos estar à altura de seus padrões, não tendo em conta os valores que nos definem. No entanto, existem maneiras de desviar o foco da comparação inútil e, em vez disso, usá-la como uma ferramenta que pode beneficiá-lo.
Resumindo, a comparação pode ser prejudicial, ou benéfica à sua saúde mental e bem-estar. Tudo depende, da forma como a analisa e a coloca em prática. Ao usá-la como uma ferramenta de crescimento e inspiração, pode contribuir de forma positiva para alimentar o seu próprio crescimento e desenvolvimento pessoal. Mas lembre-se, que todas as pessoas têm o seu próprio caminho e ritmo, e é importante honrar o seu processo de vida, em vez de se tentar igualar aos padrões e valores das outras pessoas.
Conte connosco para o ajudar neste caminhada, por isso convido-o a marcar uma consulta, estarei aqui para vos acompanhar nesta deixar de lado as comparações inúteis que apenas bloqueiam a sua vida. Tome a iniciativa e dê o primeiro passo.