
Vamos diretos ao assunto – estamos constantemente expostos ao poderoso fenómeno da comparação. Somos incentivados a comparar-nos com outras pessoas, seja nas redes sociais, nos ambientes de trabalho ou até mesmo no nosso círculo social, a comparação parece inevitável. Já todos nos comparamos e provavelmente vamos nos continuar a comparar. A comparação é uma parte intrínseca de como os seres humanos processam informações, avaliam as suas próprias competências e características e encontram um sentido de identidade e pertença dentro de grupos sociais. Ao mesmo tempo, essa comparação pode ter coisas boas e más.
Por um lado, a comparação pode nos motivar a ir atrás da nossa melhor versão. Quando vemos as conquistas de outras pessoas, podemos encontrar inspiração para os nossos próprios sonhos e objetivos. Ela mostra-nos que é possível superar obstáculos, alcançar o sucesso e desenvolver os nossos talentos.
No entanto, também precisamos reconhecer que a comparação nem sempre é boa. E na maioria das vezes talvez não seja. Ela pode nos levar a uma procura pela perfeição, fazendo com que esqueçamos que todos nós temos as nossas falhas e imperfeições. Nos momentos em que sentimos inveja ou nos comparamos negativamente com os outros, estamos a cair nessa armadilha, e quando damos por nós, estamos num ciclo de insatisfação e ansiedade.
Quando nos comparamos com os outros, o que estamos a fazer é comparar o palco dos outros com os nossos bastidores. Esse foco desequilibrado pode nos fazer sentir inadequados e insatisfeitos com as nossas próprias vidas.
Primeiro, lembre-se de que está a ver apenas uma pequena parte da vida do vizinho. Provavelmente, não tem acesso ao jardim completo dele, com todas as ervas daninhas e áreas secas que possa ter. As redes sociais, por exemplo, são como uma montra de destaques, onde todos exibem as suas melhores conquistas e momentos felizes. E o que vê é uma ilusão de perfeição, não a realidade completa.
Em segundo lugar, a sua percepção de verde pode ser diferente da do vizinho. O que para si parece não ser suficiente pode ser o desejo de alguém em algum lugar. Cada pessoa tem as suas próprias aspirações, sonhos e desafios. Comparar-se com os outros é uma corrida sem fim e uma luta que nunca vencerá, porque as suas circunstâncias, valores e experiências são únicos.
Em terceiro lugar, aceite que a sua relva não será sempre verde e exuberante. Irá encontrar períodos de dificuldades e desafios, mas também haverá momentos de crescimento e florescimento. A verdadeira felicidade não é alcançada ao superar os outros, mas ao se conectar com o que é significativo para si e encontrar prazer na sua própria jornada.
Em vez de se concentrar em como a relva do vizinho parece ser mais verde, direcione o seu foco para o seu próprio jardim. Pergunte-se o que realmente deseja cultivar na sua vida. Quais são os seus objetivos, valores e paixões? Defina os seus próprios objetivos e procure alcançá-los, independentemente de como a vida dos outros pareça ser.
Então, da próxima vez que a frase ‘a relva do vizinho é mais verde do que a minha’ vier à sua mente, respire fundo e lembre-se de que é único e autêntico. Cuide bem do seu próprio jardim, cultive as suas próprias experiências e aprenda a apreciar o que tem em vez de se preocupar com o que os outros têm. Essa é a chave para uma vida verdadeiramente satisfatória e autêntica.
A autenticidade é um antídoto poderoso contra essa armadilha da comparação. Ser autêntico significa abraçar quem realmente somos, com as nossas virtudes e imperfeições. Significa não nos compararmos com os outros, mas olharmos para dentro de nós mesmos e vivermos de acordo com os nossos valores, paixões e objetivos pessoais.
Quando nos permitimos ser autênticos, abrimos as portas para a verdadeira felicidade. Afinal, não somos clones uns dos outros, mas seres únicos e intrinsecamente valiosos. Ao abraçar a nossa autenticidade, podemos nos libertar das expectativas sociais, aceitar as nossas vulnerabilidades e viver uma vida mais significativa e satisfatória.
O caminho para essa autenticidade começa com autoconhecimento. Tire um tempo para refletir sobre as suas próprias paixões, interesses e valores fundamentais. Identifique as suas forças e fraquezas e aprenda a amar a si mesmo incondicionalmente. Isso não significa que não possa crescer e melhorar, mas sim que se aceita como é enquanto navega no seu processo de evolução pessoal.
Se quisermos encontrar a verdadeira felicidade, aumentar a nossa autoestima e autoconfiança e o nosso bem-estar emocional, é fundamental abraçar a nossa singularidade e viver de acordo com os nossos valores. Portanto, lembre-se sempre: a felicidade genuína começa quando nos tornamos verdadeiramente nós mesmos.
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