
Falar do assunto, na sociedade, nunca foi leviano. Quantas vezes já demos com pessoas que consideram o tema um tabu e que se inibem de falar ou aquelas que até coram e desviam o assunto para não terem que lidar com a “vergonha” e o estigma que o conceito ainda abarca, como se fosse algo secreto ou promíscuo.
A psicoeducação é fundamental não só para quebrar o tabu, mas para proteger a saúde das pessoas, pois, assim conseguirão compreender os riscos e benefícios envolvidos na sexualidade.
O conhecimento é um bem essencial, pois saber os nossos limites corporais e aprender a respeitar os do outro, torna-nos pessoas melhor resolvidas. Esta compreensão conduz a uma vida mais plena, a todos os níveis.
Sexualidade é um termo amplo e que não possui um único significado e desengane-se se achas que se trata do ato propriamente dito.
A OMS, em 2006, define sexualidade como “um aspecto central do ser humano ao longo da vida incluindo sexo, identidades de género e papéis, orientação sexual, erotismo, prazer, intimidade e reprodução”. “A sexualidade é expressa em pensamentos, fantasias, desejos, crenças, atitudes, valores, comportamentos, práticas, papéis e relacionamentos (…) A sexualidade é influenciada pela interação de fatores biológicos, psicológicos, sociais, económicos, políticos, culturais, legais, históricos, religiosos e espirituais” (OMS Technical Consultation on Sexual Health, 2006).
Podemos falar de sexualidade em diferentes aixas etárias. Segundo a UNESCO (2018), através do documento “Orientação Técnica Internacional sobre Educação em Sexualidade”:
O nosso autoconhecimento, a todos os níveis, influencia e reflete-se na forma como sentimos, agimos e atuamos, pois a partir do momento que nos entendemos, conseguimos lidar melhor connosco e tomar melhores decisões, também.
– Saúde sexual (Aumento do uso de contracetivos e diminuição do comportamento de risco);
Saúde mental e Física (Aumento da subjetividade e da assertividade sexual e melhor comunicação com @ parceir@) e diminuição do stresse e da ansiedade – VIVER no presente).
– Manter hábitos saudáveis
Praticar exercício físico; não fumar nem consumir bebidas alcoólicas em excesso, ter bons hábitos de sono, ter uma boa alimentação.
– Explorar o corpo
MASTURBAÇÃO, QUERIDOS! Mais do que uma maneira de alcançar o prazer, é uma ferramenta de autoconhecimento corporal. No ato de se masturbar, é possível identificar pontos de prazer, conhecer quais estímulos funcionam, descobrir ritmos e intensidades que lhe dão prazer.
– Comunicar com o par
A comunicação é importante para melhorar toda a relação sexual e não só. Abrir o jogo sobre fantasias e desejos, revelar vulnerabilidades ou algo que incomoda, combinar aquilo que estão dispostos a experimentar.
– Inovar e ser criativo
O nosso corpo habitua-se aos mesmos estímulos. Explorar possibilidades ajuda a reacender a chama. É possível descobrir algo, vivenciar uma sensação nova, experimentar um estímulo diferente. Às vezes, só uma mudança de ambiente/lugar ou de preliminares já provoca um efeito excitante e dinâmico.
Como podem ver, o conjunto destes fatores influencia o bem-estar geral da pessoa e melhora a qualidade dos nossos relacionamentos.
Fale, viva, atua com liberdade na sua sexualidade. O momento da mudança é agora, marque a sua consulta hoje.