
Sentirmo-nos inseguros em alguma fase da nossa vida, ou perante determinado acontecimento, é normal e todos já passámos por isso. Deixa de ser normal quando essa insegurança toma conta de nós e passa a condicionar a nossa vida, as nossas experiências, as relações que temos com os outros e também a relação connosco própri@s.
Estes sentimentos podem ser limitadores e muito desgastantes, e é a frequência e intensidade dos mesmos que vai determinar se condicionam mais ou menos a nossa vida.
O facto de nos sentirmos inseguros connosco próprios, no trabalho que desempenhamos ou até mesmo na relação que estamos a viver com alguém, condiciona o nosso bem-estar e, consequentemente, o sucesso ou satisfação das nossas relações com os outros e com o mundo. Às vezes também experienciamos o contrário, isto é, fazermos parte de uma relação onde impera a insegurança d@ outr@ para connosco. Estas situações acabam por sabotar a felicidade de ambos.
Quando pensamos em segurança interna talvez associemos de imediato a autoestima. Não é a única valência compreendida neste conceito, que é muito abrangente, mas é sem dúvida um pilar importante e impactante em todos nós.
Autoestima é o valor que damos a nós mesmos e que vai, inevitavelmente, influenciar o nosso bem-estar físico e mental, assim como, consequentemente, várias áreas da nossa vida. Tem que ver com a forma como nos sentimos, a satisfação e valorização pessoal. Gostarmos de nós próprios vem de um lugar de autoaceitação. A criação deste conceito surge a partir das relações da infância e da bagagem emocional que vamos adquirindo, que nos moldam até à idade adulta.
Para além da autoestima, à segurança interna podemos também associar a noção de autoconfiança. Esta também começa a ser trabalhada desde muito nov@s. Já em adult@, com a maturidade emocional que vamos ganhando, depende somente de nós a autoconfiança. Não podemos esperar que seja @ outr@ a acreditar em nós e a motivar-nos para que sintamos essa confiança. Se não esperamos que nos puxem para darmos literalmente um passo em frente, porque haveremos de esperar que alguém nos motive para agir? Claro que, enquanto seres sociais que somos, alimentamo-nos em grande parte da validação e aceitação d@ outr@. Mas essa parte não deve ser a única, muito menos, a maior fatia da confiança em nós própri@s, para agir no mundo e na nossa vida.
Este movimento deve vir de dentro. Entender o que funciona para nós e o que nos ajuda a ganhar autoconfiança, sem depender de ninguém. Acreditar no nosso próprio sucesso, seguir as nossas vontades, ter força para alcançar os objetivos que definimos, saber que somos capazes e que, mesmo que falhemos, está tudo bem, porque faz parte da vida e da história que escrevemos.
A forma como nos vemos e acreditamos em nós vai influenciar a nossa maneira de estar, os nossos comportamentos, as nossas atitudes e, também, os nossos pensamentos, tanto para connosco próprios, como o modo como depois os comunicamos aos outros.
Ouvimos muito que não devemos fazer aos outros o que não gostamos que nos façam a nós. Mas já pensámos que também devemos ser para nós como somos para os outros? Isto é, falar e ser para nós, como falamos e somos para os outros. Tratarmo-nos como gostamos de ser tratados. Ser para nós mesmos como achamos que merecemos que sejam connosco.
Os nossos pensamentos são moldados por crenças que temos. Crenças essas que, muitas vezes, seguem um padrão de funcionamento e comportamento, formado no nosso passado, na nossa infância e ao longo do nosso crescimento. Embora não possamos mudar o nosso passado nem os acontecimentos que vivemos, o que nos disseram, o que vivenciamos, e o que sentimos na altura, temos agora oportunidade de alterar o rumo do impacto que essas experiências do passado têm em nós. Tudo o que interiorizamos pode igualmente ser reversível e modificado.
Ao pararmos para nos questionarmos e refletirmos sobre nós mesmos, abrimos espaço para a tomada de consciência, neste caso, dos nossos pensamentos e das nossas crenças. Só desta forma podemos então trabalhar no sentido de alterar, adaptar e melhorar, tanto crenças, como hábitos e sentires.
Então, o primeiro passo importante é a tomada de consciência, seguida do segundo passo – a introdução de um novo tipo de discurso/hábito e, por fim, repetir até sentir/ver mudança.
Segurança interna, como o próprio nome indica, vem de dentro. Esta, começa a ser construída desde muito cedo, na nossa infância, pois é através dos que nos rodeiam, que começamos a moldar e a estruturar o nosso Eu.
Certamente que podem existir várias causas para os sentimentos de insegurança. Uma delas prende-se com a forma como recebemos amor, carinho e afeto na nossa infância. Crescer no seio do afeto e ser amad@ é o que vai permitir à criança interiorizar o seu valor próprio e, assim, transmitir o mesmo aos outros e, também, amar.
No fundo, pesa muito o modo como os nossos pais/figuras cuidadoras se relacionavam connosco, na medida em que a forma como somos (ou deixamos de ser) cuidados, vai influenciar a forma como cuidamos de nós mesmos e como cuidamos do outro.
Por todas estas razões, para construirmos/aumentarmos a nossa segurança interna precisamos de andar de mãos dadas com o autoconhecimento. Isto traduz-se em estarmos cientes daquilo que queremos, do que precisamos, quais as nossas necessidades, quais os nossos limites, as nossas vontades e o nosso potencial. Quanto mais nos conhecemos, mais motivos temos para confiar em nós, saber do que somos capazes, e transmitir essa confiança para os outros. Saber como funcionamos é a chave para nos libertarmos destes sentimentos de insegurança e atingirmos a concretização e satisfação pessoal.
Sendo que todas estas ideias variam de pessoa para pessoa, devemos focar-nos apenas em nós, e não nos guiarmos pelo que vemos o outro a ter/querer, pois não é saudável que seja essa a motivação para os nossos próprios objetivos.
A segurança interna possibilita-nos ganhar a força e confiança necessárias para arriscar, enfrentar novos desafios, acreditar em nós mesmos, viver novas experiências, focar-nos nos nossos objetivos e, mesmo com medo, ir.
Trabalhar para desenvolver uma sólida segurança interna é essencial para viver mais confortável consigo mesmo e nas relações com todos. Conversar com o outro e tentar compreender as razões que @ estão a deixar insegur@ e como pode ajudá-l@ a resolver essas questões, pode ser uma boa estratégia de apoio. O mesmo se aplica a si. Se se sente insegur@ com alguma coisa, converse sobre isso, partilhe o que está a sentir, o que @ deixa incomodad@ e tente alterar esses padrões de relacionamento.
Se sente que não está a conseguir lidar com estes sentimentos de insegurança da melhor forma, que estão a condicioná-l@ de viver tranquil@, procurar um profissional de saúde mental pode ajudar a encontrar formas de compreender estes sentimentos e assim aprender a geri-los.
Este processo de autoconhecimento, auxiliado por um terapeuta, vai possibilitar o reconhecimento destas inseguranças e do que está associado às mesmas. Como em tudo, ao identificar o problema, torna-se mais fácil solucioná-lo, através do encontro de estratégias que desbloquearão o que o está a limitar de se sentir seguro. Conte com o meu auxílio nesse processo, marque a sua consulta hoje.
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