
As nossas crenças mais profundas, aquilo que mais acreditamos, surgem de um lugar nem sempre consciente. Quantos de nós não pensamos constantemente em determinados temas ou de uma forma que, na verdade, não o quereríamos fazer. Sentimos de um modo mais intenso, destruturado ou em desequilíbrio, com dificuldade de gestão das nossas emoções, motivados por dimensões que não compreendemos de onde surgem. A autoconsciência do nosso pensamento ou das nossas emoções não existe em muitos momentos da nossa vida, o nosso “filtro” não funciona e não percebemos verdadeiramente o que acontece na nossa mente. Queremos mudar, queremos tornar-nos diferentes, mas mantemo-nos presos a padrões de comportamento disfuncionais, com implicações diretas no nosso dia-a-dia, nos diferentes domínios: social, relacional, profissional, familiar e pessoal.
É nesse lugar familiar que aprendemos sobre emoções, que construímos grande parte da nossa identidade, que definimos a consciência do “Eu”, que percebemos que existe um outro e que há um pensar do outro sobre “mim”, que sentimos (in)segurança e que nos permitimos SER. Aqui, neste lugar, aprendemos emoções e pensamentos sobre o outro, sobre o mundo e sobre nós, através da perceção das nossas vivências diárias. Criamos na nossa mente uma emoção ou um pensamento que permanecem de forma constante e repetitiva na nossa vida, tornando-se um padrão. Pensamentos que emergem em cada momento, em cada passo, em cada lugar. Levamo-nos connosco sem termos a capacidade de sair destes ciclos internos.
“A voz do inconsciente é subtil, mas ela não descansa até ser ouvida.”
Sigmund Freud
Entre muitos outros pensamentos e emoções, surgem medos, culpas, comparações e julgamentos que nos prendem e que se tornam os nossos principais inimigos. Há uma força interna, que permite aos nossos pensamentos “esculpirem” o nosso cérebro, e quando estes são destrutivos e negativos, entramos no caminho da toxicidade. Pensamentos como “eu não vou conseguir”, “é tarde demais”, “ninguém vai gostar”, que não nos permitem um equilíbrio interno e mental. São venenos mentais, que têm a capacidade de destruir, ao longo do tempo, a nossa resistência psicológica e emocional, e que nos impedem de viver relações saudáveis ou reagir de forma adequada às situações do dia-a-dia.
Ficarmos envolvidos diariamente nestes padrões tóxicos mentais e emocionais, vai-nos destruindo, como se fossem uma espécie de vício mental, uma vez que permanecemos constantemente em contextos de medo, de insegurança, ausência de liberdade, de instabilidade, de zangas internas, bloqueando muitas vezes o alcançar de objetivos e o desenvolvimento pessoal e profissional. É a mente a controlar a nossa vida, destruindo os nossos sonhos, a felicidade, relacionamentos e o amor próprio.
“Toda a forma de vício é ruim, não importa que seja droga, álcool ou idealismo.”
Carl Yung
Os padrões que ressoam danificam o autoamor e a nossa alma, impedindo-nos de viver uma vida mais plena e com maior liberdade. Quem conseguirá atingir o seu amor próprio com o pensamento constante “eu não sou suficiente”? Quem conseguirá valorizar-se com a ideia repetitiva de que “eu sou um fracasso”? Quem irá atingir os seus objetivos se surge na sua mente constantemente que “não vai funcionar” ou “eu não tenho tempo”?
A valorização e o autoamor ficam condicionados por estes padrões mentais e estes sentimentos tóxicos de autodepreciação, como a desvalorização do “eu” e pensamentos punitivos, tão frequentes no indivíduo, e que comummente levam a quadros de depressão ou transtornos de ansiedade.
É efetivamente difícil controlar os pensamentos aprendidos e que se foram mantendo na nossa mente, mas é possível, num processo de autoconhecimento e consciencialização de si, aprender a ter controle dos pensamentos e emoções que não devem permanecer. Nem sempre é fácil ter um sorriso “de orelha a orelha”, dia após dia, nem sempre é simples evitar pensamentos que nos deixam sem energia mental, emocional e física, mas é possível compreender para controlar, perceber para evitar, o que de alguma forma nos deixa neste caminho incerto e de emoções negativas.
A ciência descobriu que o nosso cérebro é muito moldável, e que pela neuroplasticidade, ele gera novos caminhos neurais que permitem recomeçar, renovar e regenerar. Criar novos pensamentos é então efetivamente uma realidade. Eles são reversíveis. É possível, “apagar e começar outra vez”. É possível entrar em sintonia com pensamentos e emoções positivas, desenvolver e criar em nós a esperança, a felicidade, a confiança e o bem-estar.
Torne a sua mente um lugar agradável de viver. Liberte-se de bagagens desnecessárias, das críticas e autocríticas, das expetativas, da culpa e do passado e crie novos padrões em si. Padrões de luz, padrões de felicidade, padrões positivos e de qualidade de vida.
Pense no seu bem-estar, priorize-se e organize-se, tenha equilíbrio, evite julgamentos e comparações, mude o foco, respire e viva movimentos novos. Somos nós que temos o poder de controlar a nossa mente e a nossa vida e é possível escolher quais os pensamentos que alimentamos. Renove a sua mente. Escolha pensamentos e emoções saudáveis para o seu dia-a-dia, até que estes se tornem um novo pensamento, um novo hábito, e finalmente, uma nova crença de si e do mundo, fortalecendo o seu amor próprio, os seus sonhos e a sua plenitude! Conte com o meu apoio neste processo, marque a sua consulta hoje e descubra uma nova forma de viver!