
A autoestima é um tema que está presente no nosso dia-a-dia, no entanto, numa perspetiva do próprio, pouco explorado e até para muitas pessoas, pouco válido. Sentimos vergonha de falar de como nos estamos a sentir e do que pensamos sobre nós mesmos. Pode até ser normal. Porque mostrar que nos valorizamos por sermos quem somos, dizer que acreditamos e nos contentamos pela pessoa que procuramos ser, para a sociedade, não é válido. Há uma parte nossa, que acredita que ao nos expressarmos para as pessoas, para o outro, para o mundo, nos tornamos vulneráveis. Vulneráveis? Sim, vulneráveis, ao ponto de sermos julgados pelas nossas escolhas, opções e estilos de vida, aparência e até pela forma como falamos. E é sempre, aqui, neste lugar que é preciso ter coragem para ser vulnerável. Coragem para expressar, para sentir, para partilhar.
Por vezes, criamos até um sentimento de “perseguição”, como se alguém nos estivesse a vigiar todos os dias, a qualquer hora, alguém que repara em nós e que nos “avalia”, condicionando o nosso comportamento pela insegurança que surge ao sermos quem realmente queremos ser. Limitando a nossa capacidade de fazer as nossas próprias escolhas, e sermos felizes da forma que faz sentido para nós. O que acontece, é que grande parte das vezes, a pessoa que vigia, a pessoa que julga e avalia, é a própria pessoa. É o EU. Basta observar. Aquele Eu exigente, penalizante, com medo e com receio de simplesmente olhar para o que é, e para o que quer para si. Aquele Eu que olha para si mesmo com punição pelas atitudes e escolhas aos olhos da sociedade.
“Nós podíamos ser muito melhores, se não quiséssemos ser tão bons!”
Sigmund Freud
Neste lugar de julgamento, neste olhar baseado no exterior, nesta prisão individual, perceba que afinal, quem coloca estas amarras mentais e quem não se permite a liberdade de ser a pessoa que quer ser, é você mesmo/a.
Tudo isto se transforma num ciclo de insatisfação interna e num processo tóxico instaurado na nossa mente, que limita e condiciona o sentimento de si e sobre si. Como se em qualquer momento, tivesse a oportunidade de simplesmente se criticar e se odiar.
Aprenda a lidar com os julgamentos e desprender destas amarras. Pare de se vigiar, de se cobrar, de se avaliar em todos os momentos, e passe a viver com o pensamento de ser uma pessoa única, com a sua história, o seu caminho, as suas aprendizagens, os seus valores e com as suas próprias caraterísticas. Aceitando-as. E será assim, a sua melhor versão.
“O curioso paradoxo é que, quando me aceito como sou, posso mudar.”
Carl Rogers
Ao invés de se julgar, de encontrar amarras mentais dentro de si, caminhe ao seu lado. Seja o seu melhor amigo/a. Olhe para si, respeite-se, cuide de si mesmo/a, e acima de tudo, viva. O amorpróprio não é sobre ser perfeito todos os dias, mas por se permitir ser aquilo que realmente é: um ser único e especial.
Não existem milagres. Uma autoestima equilibrada exige uma escolha diária de libertação destas amarras e crenças sobre si mesmo/a, promovendo uma autoavaliação positiva, com influência nas emoções e comportamentos do dia-a-dia.
A terapia permite olhar para lugares interiores, desprender ideias e julgamentos internos construídos ao longo da vida, e começar uma nova vida com confiança em si mesmo, podendo assim, ser mais pleno e autêntico. Conte com o meu apoio neste processo, marque a sua consulta hoje e liberte-se das amarras mentais que o(a) impedem de ser livre!