Porque será o amor tão importante neste mundo em que vivemos? E qual a consequência da falta dele? Acho que todos nós temos, pelo menos uma pequena noção disso, pois todos os dias conhecemos alguém ou nos deparamos com alguém que já sofreu por amor, seja, um amor por um namorado, o amor por um pai, o amor por um animal de estimação. Lá está, todos os tipos de amor poderão causar diferentes tipos de emoções e a falta dele poderá levar a consequências nefastas se não se cuidar dessa dor, que muitas vezes ele cria ou deixa.
Quando falamos em amor, percebemos que ele tem uma importância primordial na nossa vida e ele rege-nos muitas vezes nas nossas atitudes e comportamentos e por isso torna-se fundamental que se fomente amor em todos os lugares por onde passamos, em todas as pessoas com quem lidamos, em todas as relações que possuímos, pois ele conecta-nos, não apenas a nós mesmos, mas aos outros e ao mundo no nosso redor.
“Só existe uma coisa capaz de mudar a vida de uma pessoa: o amor.”
Frederico Moccia
São muitos os autores que escrevem sobre o amor e o poder deste na nossa vida e são muitas as pessoas que tudo o que fazem na vida, fazem-no com amor, pois o amor, segundo o dicionário trata-se de “um sentimento que induz a aproximar, a proteger e a conservar a pessoa pela qual sente afeição ou atração”, ou “entusiasmo e grande interesse por alguma coisa”, “dedicação e cuidado”, no entanto, todos sabemos que quando falamos de amor, é mais do que uma palavra, é algo que nos conecta ao outro e ao mundo.
É algo que depende de cada um de nós e é algo tão intenso que quando falamos de amor, parece que só a palavra, nos dá ânimo e alento, quando associado a ele existem experiências ou memórias positivas e que causam bem-estar e prazer.
O amor depende de nós. Depende das circunstâncias da vida e depende das pessoas que encontramos ao longo da vida. Como que um ciclo que só faz sentido quando está completo e quando é fomentado, regado e cuidado.
Existem muitos estudos sobre o amor. Mas e se perguntarmos aleatoriamente ás pessoas o que para elas é o amor? Na minha ótica, é claro que todas elas vão dizer o que para elas é o amor segundo a sua experiência e memórias que tenham presentes.
Pois bem, cada um de nós tem uma definição diferente acerca dele e todos nós sabemos que em algum momento da nossa vida, o amor existiu ou existe, porque lá está, quando falamos de amor, não é só o amor que temos pelos nossos pais, tios, primos, família em geral, é mais do que isso, o amor pelo nosso parceiro, amigos, colegas, trabalho, animais de estimação, hobbies e muito mais.
“Nascemos sozinhos, vivemos sozinhos, morremos sozinhos. Somente através do amor e da amizade podemos criar a ilusão momentânea de que não estamos sozinhos.”
Orson Welles
Uma frase bem conhecida, que é capa de livro “O amor não cresce nas árvores”, poderá ser uma grande frase de inspiração para todos nós que pensamos no amor e queremos saber mais sobre o amor. Mas como diz esta frase, ele não cresce nas arvores, o amor não é algo que possamos colher sem antes semear, é algo que não podemos simplesmente ir lá buscar pois ele é mais que isso: é preciso cuidar, é preciso tratar e é preciso acima de tudo perceber que se não o fizermos, ele irá morrer. Como as árvores, se não as cuidarmos, se não regarmos, se não lhe dermos atenção, elas acabarão por morrer.
Muitas pessoas dizem que o amor é mágico e esta magia é fundamental quando falamos em deixar sempre um bocadinho de amor em alguém ou em alguma coisa. Esta magia faz-nos querer dar amor e faz-nos querer todos os dias regar este amor.
Falar em magia poderá levar-nos para uma infinidade de terrenos mas aquilo que eu quero transmitir, é exatamente aquele encanto e fascínio que está descrito no dicionário.
Acredite no amor, acredite na magia. Acredite em si mesmo. Acredite nos seus sonhos. Se você não o fizer, quem o fará?
Jon Bon Jovi
Quando falamos de semear algo, primeiro de tudo precisamos sempre de uma semente, a semente precisa de água, fertilizantes, conhecimentos acerca de uma série de temáticas como épocas do ano, tipo de semente, tipo de água, tipo de terreno, mas acima de tudo, depende do ser humano. Depende muito da forma como vimos as coisas, como analisamos as coisas, como nos damos ás coisas e acima de tudo, depende de cada um de nós enquanto ser humano.
Um dia alguém disse-me uma coisa que fazia sempre por onde passava e por quem passava: Tentava sempre deixar alguma coisa a essa pessoa, tentava fazer com que ela se sentisse um pouco melhor do que estava antes de vê-la, nem que fosse com apenas um sorriso.
E eu aí pensei: então mas se todo o mundo fizesse isso, então nós seríamos bem mais felizes e a vida seria bem mais fácil não era? então porque as pessoas não o fazem e porque pensam única e exclusivamente num primeiro momento em receber. Não todas e é claro que sempre haverão excepções e são essas excepções que ainda hoje mantém o amor de pé e ainda mantém esta magia no ar.
É engraçado perceber como a magia é tão bonita para todos nós: crianças, adolescentes, adultos, idosos. Como ela nos faz vibrar e nos faz saltar da cadeira para aplaudir de pé e querer ver o mais perto possível .
A magia nos circos, a magia do natal, que agora passou, a magia das crianças quando abrem os presentes. A magia vai ser sempre um alicerce para cada um de nós e é esta que nos faz todos os dias querer mais e amar mais.
Primeiro de tudo ama-te. Ama o que és e ama o que tens. Todos os dias vai haver um contratempo, todos os dias vai haver uma pequena coisa que nos vai balançar e querer desistir, mas todos os dias essas coisas servem para moldar-nos e deixar-nos mais fortes.
Segundo: se amanhã fores a algum lugar, tenta deixar magia e amor por lá.
Se hoje ainda fores sair de casa tenta que a magia e o amor vão e se espalhem. Amanhã no almoço lembra-te da magia. Depois no final do dia, usa essa magia com os teus filhos, marido. No trabalho, tenta e verás que o teu dia vai correr melhor.
Se pisares uma poça de água no caminho e ficares molhado ou existir muito trânsito em plena circular, mesmo assim não te esqueças do amor e da magia. Não te esqueças que por onde quer que vamos, de onde quer que vimos, o momento aconteceu e tu podes ser simplesmente uma pessoa cordial e de cara fechada ou podes sempre melhorar o dia ou o momento de quem se cruza contigo, através de um sorriso ou de um olhar. Porque lá está, semear amor trará frutos e ás vezes os frutos aparecem quando menos esperamos.
Porque acima de tudo estás a fazê-lo por ti, e não pelos outros, e quando fazemos por nós, então tudo faz mais sentido. Mas lá está, ás vezes o amor dói e parte-nos o coração. Faz-nos duvidar de tudo e querer desistir dele, pois ele pode ter várias formas e feitios e entre todas essas formas e feitios, ás vezes não acontece tudo como sonhámos.
Então: Quando saímos, quando estamos em casa, quando interargimos com alguém, quando estamos a trabalhar, quando vamos passear o cão, sempre será importante lembrar que o amor existe por aí e ainda existem muitas pessoas que ainda cultivam o amor, deixam-no espalhado por aí todos os dias, cuidam e muitas vezes esse amor é só um simples gesto, que no final, pode mudar a vida de uma pessoa naquele momento.
E tal como disse antes, o amor ás vezes dói e muitas vezes ele dói tanto que precisamos de ajuda para lidar com ele, como quando temos um ente querido que morre e não conseguimos lidar com a dor associada ao luto, ou quando temos uma relação super boa que nos deixa felizes todos os dias e de repente ela acaba e o nosso mundo parece que desaba.
Mas, lá está, acho que quando algo nos faz tão bem, também nos pode magoar de alguma forma e isso não depende de nós e não quer dizer que precisar de ajuda em determinado momento é demonstrar que se é fraco, muito pelo contrário. Quando percebemos que não conseguimos lidar com determinada dor ou situação, então o primeiro passo está dado e esse sim é o passo mais difícil: pedir ajuda.
E não tem nada de mal pedir ajuda. Todos nós já precisámos de ajuda na vida, para alguma coisa não já? Marque já hoje a sua sessão e comece a mudar a sua vida!
Às vezes não paramos para pensar na simplicidade das pequenas coisas que nos (des) ligam uns aos outros, e no impacto que as mesmas têm no nosso dia, na nossa disposição, na forma como encaramos a vida ou ainda, nos relacionamos e em como construímos as nossas relações.
Um breve “bom dia” ou “boa tarde” com quem nos cruzamos à saída do prédio, um desejar “bom trabalho” a quem nos devolve o troco do café, um simpático “com licença” quando queremos passar à frente na escada rolante, um simples “obrigad@” quando nos entregam a fatura com número de contribuinte, um sincero “desculp@” quando chocamos com alguém a entrar para o metro, ou até mesmo um sorriso ao desconhecido com quem trocamos um olhar só de passagem. Se nos sentimos bem quando recebemos algum destes gestos, porque não também os termos para os outros? Podemos fazer o dia de alguém e nem imaginamos, como alguém tem faz a diferença quando mais precisamos.
“Sê generoso. Algumas das melhores coisas que terás são aquelas que dás.”
Kobi Yamada
Sejamos mais generosos para os outros e para nós próprios. Age para os outros como gostavas que agissem contigo. Sê a pessoa que gostavas de conhecer. Deixa o mundo como gostavas de o encontrar.
“Sê gentil para tudo o que vive.”
Kobi Yamada
Todos precisam e merecem amor. Desde os humanos, aos mais velhos, aos mais novos, à nossa família e amigos, como ao desconhecido que acabamos de conhecer, o animal doméstico que tanto amamos ou o ser vivo inofensivo que vive lá fora, as plantas que compramos para decorar a nossa casa e as que preenchem a mãe natureza. Quanto mais cuidadosos e atenciosos formos e valorizarmos o que nos rodeia, mais iremos também receber esse retorno, nalgum momento. Se muitos de nós acreditamos que as marés de azar existem, em que tudo corre mal e não temos sorte nenhuma em nada, porque não escolhemos inverter esta crença e acreditar que se fizermos o bem, recebemos o bem?
“A forma como fazes algo reflete a forma como fazes tudo o resto. E qualquer coisa digna de se fazer é digna de ser bem feita.”
Kobi Yamada
A vida que vivemos é da nossa responsabilidade. A forma como escolhemos posicionar-nos face à mesma, diz muito sobre nós também. A nossa postura perante a vida, os outros, e nós mesmos, vai definir como vivemos o que nos acontece. Por isso, preenche a tua vida com amor. Faças o que fizeres, faz com brio e com orgulho. Não faças só porque sim, não digas só porque sim. Tem intenção nas tuas ações e entrega com valor o que fazes, pois fará a diferença.
“Ser corajoso e ter medo ocorrem normalmente em simultâneo.”
Kobi Yamada
Acreditar e sonhar são dois fatores muito importantes para alcançar. Mas não bastam e, por si só, não concretizam. É preciso agir sobre os sonhos. Este deve ser o nosso ponto de partida – saber que somos nós próprios o grande e único motor para conseguir o que queremos. O artista sonha, o artista projeta, o artista pode até planear, mas a obra só nasce quando o artista a concretiza. Não há arte sem artista. Da mesma maneira que também não há realidade sem sonho. Nem sucesso sem medo.
“(…) quando te dedicares de corpo e alma a tudo aquilo que fizeres, vais sentir-te mais vivo do que nunca – e é aí que a magia acontece.”
Kobi Yamada
Já alguém lhe disse “isso és tão tu!” ou “isso é mesmo a tua cara!”? O que fazemos, como fazemos, dizemos ou estamos, torna-se característico da nossa maneira de ser e também um fator que nos diferencia. Torna-nos quem somos e permite que os outros nos identifiquem e se lembrem de nós, pelas particularidades que nos distinguem e nos tornam únicos. É muito bonito quando depositamos quem somos no que fazemos e, com isso, deixamos a nossa marca e o nosso testemunho pessoal por onde passamos. Só quando nos conseguimos entregar com plenitude é que conseguimos também receber o mesmo dos outros.
Não há nada que nos faça sentir melhor connosco próprios do que sabermos quem somos e que vivemos em concordância com o nosso verdadeiro eu, mantendo-nos fiéis à nossa essência. Para isso, em primeiro lugar, precisamos de nos conhecer e definir enquanto per individual que somos, ou seja, estruturar a nossa identidade, a nossa personalidade ou, como se diz em psicologia, o nosso Self.
A terapia pode ajudar neste sentido, pela possibilidade de explorar o que se pensa e sente, exponenciando assim a capacidade de autoconsciência e, consequentemente, autoconhecimento. Estas ferramentas de desenvolvimento pessoal, são essenciais para consolidarmos a nossa identidade, vivermos bem connosco próprios e construirmos raízes que nos irão diferenciar uns dos outros, o que nos permitirá deixar a nossa pegada no mundo e na vida de cada um que nos rodeia. Conte com o meu auxílio nesse processo, marque a sua consulta hoje.
Eis duas questões que considerei.
Se eu olhar para a imagem do lado direito, o que vou ver?
Se alguém ao meu lado olhar para a mesma imagem, o que vai ver?
E em relação á imagem, mas virada ao contrário (lado esquerdo)?
Coisas diferentes não é ?
Pois bem, aqui está a verdadeira dicotomia do ver e olhar, porque afinal não são definições iguais como a maior parte de nós acha, apesar de serem regidos pelo mesmo órgão: os olhos. Sendo uma das principais características do ser humano e tendo uma função determinante em toda a nossa vida, as informações que processamos com os olhos acerca daquilo que nos rodeia não está apenas nos olhos mas na maneira como usamos os olhos para observar o que nos rodeia.
São um órgão do ser humano como disse antes mas quando olhamos não estamos só a olhar, estamos a usá-los para obter informações, e mais, existe muito mais além do obter determinada informação ou focar-se em determinada coisa. Algo precisamente mais simples do que imaginamos: a verdade que dizem estar por detrás de um olhar, pois são os olhos que expressam exatamente aquilo que nós estamos a sentir, sendo primordial para a comunicação não verbal com o outro e querendo ou não, é algo que usamos todos os dias e é algo que nos ajuda muito na comunicação, não só a entender o outro, mas também a fazer com que o outro nos entenda.
Quando nos damos conta, percebemos que é impossível não comunicar através do olhar. É impossível que os nossos olhos não digam exatamente aquilo que por vezes nós mesmos tentamos esconder, no entanto entre ver e olhar existem algumas diferenças e é precisamente nestas diferenças que me baseio para hoje entender melhor este sistema no contacto com o outro e no contacto com o meio em que estamos inseridos.
Quando dizemos a alguém: “olha ali por favor. Vê aquilo”, estamos mais voltados para o sentido físico da visão, isto é, aquilo que é a principal função dos olhos: ver o que está ao nosso redor. No entanto, a questão não é assim tão linear pois quando pedimos a alguém que olhe para algo, não esperamos apenas que essa pessoa veja determinada coisa que dissemos mas que veja para além disso e para além do que é visível e lhe dê atenção: a chamada atenção e concentração.
Esperamos que a pessoa mantenha a atenção naquilo ou que olhe apenas por segundos e vire o olhar, pois já olhou e o ato já está concretizado?
Olhar vai para além do ver e implica perceber os detalhes particulares além da visão, tratando-se de uma manifestação inconsciente, enquanto ver é algo mais imediato e simples, sendo mais usado para a percepção de que algo existe e está ali.
Por exemplo, determinado objeto está ali e é vermelho. Isto é aquilo que estamos a ver. Ir mais além é perceber os detalhes, compreender o objeto, tornando-se uma experiencia única e individual para cada um de nós, como por exemplo “é preto, apresenta uma forma bidimensional e assemelha-se a um laço daqueles que colocamos nos presentes”.
O olhar necessita desta tal atenção especial, leva a perceber o outro e a mexer com o outro, pois consegue provocar reação, pois leva a pessoa a prender a atenção e a pensar sobre aquilo, podendo mesmo criar angústias.
Por exemplo, olhar nos olhos de alguém é o mais próximo que se pode “tocar os cérebros” pois é a única parte do nosso cérebro que está exposta ao mundo, segundo autores, ou esta frase célebre e conhecida mundialmente, “O olhar não mente”, pois sabe-se que os olhares expressam um universo rico de emoções e sentimentos.
Segundo o pesquisador Masataka Watanabe, do Instituto Max Planck, de Tübingen, na Alemanha, ver e olhar são acões distintas, pois envolvem duas áreas diferentes do cérebro: enquanto uma se destina a algo superficial, a outra encontra-se ligada a uma visão mais aprofundada do objeto em questão, da análise. Enquanto o lado direito é responsável pela imaginação e criatividade, o lado esquerdo é responsável pela memória e pelo passado.
Desta forma, podemos perceber que através do olhar já temos algumas pistas acerca do que estamos a fazer ou a pensar. Certo? Mais que isso, podemos ter a noção do que o outro sente e perceber como alguém se sente através do olhar, para mim é uma grande chave para nós humanos.
Percorrendo a época, sabemos que já em 1960, psicólogos desenvolveram estudos acerca do olhar e como as pupilas dilatavam quando eram estimulados por alguma coisa, quer seja ao nível de interesse intelectual ou emocional. Caso o contrário aconteça e tenhamos medo de alguma coisa ou nos sintamos inseguros, será que as pupilas também dilatam? A resposta é não, aí tendem a retrair-se, porque lá está, o homem é um ser complexo como bem sabemos, sabendo-se que na cultura ocidental, esta dilatação das pupilas era associada a algo atrativo a nível físico fazendo com que muitas mulheres usassem um extrato vegetal porá provocar esta dilatação – a beladona. Nestas culturas, as pessoas que mantinham o contacto ocular eram vistas como mais inteligentes e mais sinceras e detinham maior aprovação a nível social mas também sabemos que este contacto visual focado ou não pode ser uma estratégia que o nosso cérebro arranja para podermos por exemplo reter algo que uma pessoa diz, pois quando nos focamos em algo, é mais fácil absorvemos a informação. Como isto surge com as informações que queremos reter, também surge com situações que queremos evitar. Quando nos encontramos num dado momento perante algo que nos provoca medo, receio, a tendência é de desviar o olhar e o foco não fica ali.
Se eu tiver um teste para a semana e a professora estiver a fazer uma revisão acerca da matéria, eu vou estar atento se quiser tirar boa nota, certo? Mas se no entanto eu começar a pensar a meio na minha relação que está mal e que me tem angustiado muito, se eu me focar nessa imagem, o meu olhar não vai ser apenas direcionado aquela matéria mas a algo que está na minha mente e fica tudo mais confuso, porque á partida não vou conseguir prestar atenção a nenhuma das partes: aí está, para olharmos para determinada coisa com uma atenção mediada e tendo em conta os detalhes, temos de olhar com tudo o que envolve o olhar: o cérebro tem de estar destacado para aquilo.
Pode-se dizer que o olhar é o “colocar-se no lugar do outro”. É ele que permite uma das coisas mais importantes que existem na Psicologia: a escuta ativa e a Empatia que usamos todos os dias nas nossas consultas. É precisamente através desta empatia e esta escuta ativa que podemos ajudar alguém a olhar para algo de determinada forma, pois a percepção que a pessoa tem vai influenciar a maneira como pensa acerca disso e consequentemente o seu comportamento.
Então se a pessoa mudar a forma como percepciona algo, o que acontece? Os comportamentos também irão mudar, tornando-se então num ciclo vicioso: Eu olho o mundo, o mundo olha-me da mesma forma, mudamos, as coisas mudam á nossa volta e a forma de olhar o mundo muda. E aqui temos o que queremos: A mudança.
Quando existe este bloqueio e não conseguimos olhar para uma dada situação de forma a podermos analisar eficazmente essa mesma situação, o bloqueio está na forma como se olha e não no olhar de cada um de nós, porque tal como eu disse, os nossos olhos apenas são distintos na cor, tendo todos a mesma funcionalidade na vida do ser humano.
Por isso e desta forma, é fundamental desenvolver o olhar, pois ele traz transformação e compreensão.
Podemos ter em conta o seguinte exemplo: quando uma pessoa vê um filme. Todos na mesma sala vêm o mesmo filme mas a interpretação feita do mesmo vai depender sempre do olhar de cada um, da forma como olha e da forma como absorve determinada situação. Por exemplo, as pessoas que têm tendência a ter mais ansiedade, muitas vezes não conseguem parar e olhar para as situações pois estão fixos apenas no futuro e não no aqui e agora, podendo então levar a uma série de outros problemas, como por exemplo aumento da ansiedade e ataques de pânico.
Pois bem, sabendo a diferença entre ver e olhar, podemos ver exatamente que por vezes é nesta forma que surgem os problemas e que muitas vezes surgem as desilusões perante algo ou perante a vida. Então e se a forma de olhar mudasse? e se o que estiver errado seja apenas a maneira como se olha? Assim torna-se mais simples e é possível que a Psicologia nos ajude nisso. Através da consulta de Psicoterapia, é possível esta mudança e é possível percebermos porque forma não estamos a olhar da melhor forma para determinada situação. Fundamentalmente percebemos o que está a bloquear-nos e quando se percebe isso, torna-se mais fácil entender, compreender e mudar.
Fundamentalmente, o objetivo passa por identificar pensamentos, estímulos e experiências que levaram a pessoa a determinada situação, como por exemplo, medo, ansiedade, insegurança e dessa forma perceber e identificar as diferentes emoções e sentimentos, identificar comportamentos e crenças associadas para permitir assim ampliar a consciência acerca dos mesmos através do verbal e dessa forma levar a que a mente fique mais organizada e limpa. Quando algo está mais limpo e organizado, olhar o mundo também fica mais leve e mais saudável e consequentemente, o que sentimos também ficará mais organizado.
É na mudança que está a solução e ás vezes é no pedir ajuda que isto começa. Marque já hoje a sua sessão e comece a mudar a sua vida!
Ver e olhar são palavras que expressam ideias diferente. Ver se refere ao ato de registar uma cena ou objeto. Olhar é ver com intencionalidade; o Olhar é lento e complementa o Ver, pois traz sentimento, sensibilidade e contemplação.
“Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara.”
José Saramago
O ato de Ver é algo complexo, encerra vários processos. Eruditos e místicos destacaram a posição superior do olhar interno, a capacidade de enxergar em diversos níveis. Ver para além da aparência, longe da perceção imediata. A milenar filosofia do Yoga refere o 6º Chakra, o terceiro olho, que pode ser treinado e desenvolvido pela atenção plena, um dos princípios da arte de meditar.
Quando Buda se iluminou, ele deixou a sua visão antiga, uma visão bela e harmoniosa, contudo limitada à realidade dos muros do palácio onde cresceu.
Intencionalmente “protegido” pelo seu pai, de qualquer visão ou experiência de miséria, doença, velhice ou morte. A primeira vez que Buda ousou espreitar para além dos muros que o cercavam, conseguiu ver a realidade, conseguiu ver o mundo com toda sua beleza, imperfeição e impermanência. Expandiu o seu olhar com compaixão e sabedoria para algo mais amplo, que até então, jamais havia conhecido.
Por muitas gerações, esta capacidade intuitiva foi enterrada pelo preconceito limitante da inquisição, de leis, dogmas e crenças irreais. Homens e mulheres foram aniquilados por darem voz as suas perceções instintivas. Na atualidade não temos uma inquisição, mas temos uma “ditadura” tão convencionada por filtros e selfies, as pessoas estão perdendo a sua capacidade de ver a realidade tal qual como é.
Pois estão obcecadas ao tipo de imagem padronizada, que irão publicar nas suas redes sociais. Perdendo a beleza do momento mesmo tendo uma paisagem paradísica aos seus pés.
Passando achar que, o mais importante, é o ângulo certo que irá favorecer a selfie perfeita, sobrepondo a sua face numa bela paisagem, numa obra de arte ou num monumento histórico.
Tal como o pai de Buda, esta incessante busca rasa pelo disfarce para evitar a dor da constatação da “imperfeição” da impermanência da vida; de ser aceite sem julgamentos, faz com que as pessoas se escondam atrás de filtros para obter a melhor qualidade e versões de si mesmas, na maior parte das vezes, longe da verdade.
Usar as redes sociais para comunicar, promover um produto, criar conexão, é aceitável e necessário nos tempos modernos. Contudo, quando você consente que as redes sociais se apropriem da sua vida e se tornem o conceito de quem você é como pessoa, isto pode tornar-se num jogo preocupante e nocivo. É provável que se crie uma imagem ilusória de si, ou uma narrativa de uma vida que você gostaria de ter, e que do outro lado, os outros pesam que você realmente tem. Mas não tem relação com a sua verdade, com a sua realidade.
Cada pessoa tem suas próprias lentes para olhar o mundo, a realidade. Quantas são as realidades? Se formos duas pessoas a observar, existe a minha realidade, a sua realidade e a realidade por si. Duas ou mais pessoas podem olhar para um mesmo objeto ou evento e elaborarem diferentes interpretações de uma mesma realidade.
Entre tantas visões e certezas diferentes, afinal, qual delas é a realidade? Nenhuma? Todas? A realidade é muito maior do que nossas formas de a perceber. A conclusão que cada um chega, depende da sua cosmovisão, de como nutriu sua sede de conhecimento e valores.
Quanto mais diversificado o nosso menu de lentes, quanto mais profunda a consciência de quem somos e de tudo o que nos rodeia, mais profundo será este olhar, mais detalhado e amplificado, despido de julgamento ou crenças limitantes.
Um exercício interessante para apurar o modo de Olhar, é, experimentar falar com alguém do seu círculo próximo, alguém que passou pela mesma experiência que você. Converse com esta pessoa (um irmão ou irmã, por exemplo). Diga-lhe como você vê sua mãe ou seu pai. Em seguida escute e observe os referencias e pontos de vista do seu irmão. Qual é a diferença entre você e ele? Talvez, a visão dele é completamente diferente da sua. Mas não se preocupe em determinar qual é visão certa ou errada, porque cada um tem modo diferente de ver. Apenas tome consciência dessa diferença. Pois se você acreditar que vê a realidade, que você é quem está certo, vai interpretar que o outro está errado.
“O preconceituoso tem olhos e não vê, enxerga e nada distingue.”
Leandro Karnal
Marshall B. Rosenberg em seu livro: Comunicação Não Violenta (CNV), refere que o primeiro componente desta comunicação segura e saudável, acarreta necessariamente separar observação de avaliação. Precisamos observar claramente, sem acrescentar nenhuma avaliação, o que vemos, ouvimos ou tocamos que afeta nossa sensação de bem-estar.
“As observações constituem um elemento importante da CNV, em que desejamos expressar clara e honestamente a outra pessoa como estamos. No entanto, ao combinarmos a observação com a avaliação, diminuímos a probabilidade de que os outros ouçam a mensagem que desejamos lhes transmitir. Em vez disso, é provável que eles a escutem como crítica e, assim, resistam ao que dizemos.”
Marshall Rosenberg
Portanto, para ver e comunicar melhor, você deve se conhecer, abandonar os modos antigos, as lentes empoeiradas e obsoletas que limitam um visionamento mais claro.
Se esta leitura mobilizou em si algum desejo de mergulhar neste olhar interior, audição interior, perceção interior, conhecimento interior e comunicação clara e assertiva. Nós estamos aqui para facilitar o seu processo. Pois, falar, só é terapêutico, quando o olhar e a escuta, são qualificados.
“Porque eu faço terapia? Porque ela acende uma luz sobre aquela mobília que eu vivo tropeçando cegamente.”
Clara Brow
Se analisarmos de imediato se existe alguma diferença entre “ver” e “olhar”, certamente iremos dizer que não, ou seja, ver e olhar são sinónimos. Porém, mesmo sendo sinónimos, na prática existe diferença entre ver e olhar. Quando vemos sem olhar com atenção, não existe reflexão e nem análise, é algo frio e sem interesse. Ver é identificar algo ou alguém de imediato, não estimula a experiência e vivência, e também não resulta uma ação e nem atitudes, é, portanto, indiferente.
Quando realmente olhamos, esse olhar vem com um genuíno interesse, é lento, analítico, traz sentimento e sensibilidade, requer atenção, olhar os detalhes, observar com cuidado. Olhar é ponderação, exige dedicação e profundidade interior.
Precisamos aprender a olhar melhor tudo o que nos rodeia, interpretar e interessarmo-nos por algo ou alguém com genuíno interesse. Admirar a natureza, a arte, a música, o belo, em tudo tem uma mensagem, cabe a nós interpretarmos com olhar curioso e vontade de aprender com os ensinamentos da vida.
Procurar comunicar-se com o universo por todos os caminhos, o que a vida quer dizer-lhe. Não é porque está a passar por isso, mas sim, para que é que está a passar por isso. A resposta sempre vem depois do acontecimento e quer dizer-nos algo. Fique atento ao seu olhar, à sua interpretação.
“O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem”.
Guimarães Rosa
É interessante como todos vemos o mesmo filme, mas a interpretação do filme vai depender do olhar de cada um.
Vemos muito e olhamos pouco, assim como ouvimos muito, mas escutamos pouco, sem escuta ativa. Quando olharmos algo ou alguém, devemos desapegarmo-nos dos preconceitos, das crenças limitantes, críticas e julgamentos, mudar o mindset.
É muito comum quando ouvimos o outro a falar de alguma situação e logo iniciamos a falar da nossa situação, como se a nossa história fosse mais importante do que a do outro, exemplo: vê o seu amigo, mas está a olhar para o seu amigo?
Ele diz: “Ontem senti uma dor de cabeça”
Ter interesse pelo que o amigo está dizendo e perguntar:
Como foi a dor? Tem sido frequente essa dor? Já foi ao médico?
Modelo de ver um amigo e não ouvi-lo (A pessoa além de não ter a escuta ativa ainda começa a falar da sua própria dor):
Diz: “Tenho sentido muita dor de cabeça também, a minha é do lado direito, é muito mais forte…”
Quando pensa que as suas verdades são verdades absolutas, está na hora de parar e refletir a respeito das suas opiniões. Como costuma conversar com as pessoas? Só você fala ou também tem uma escuta ativa? Realmente ouve o que as pessoas falam e se interessa pelo que elas estão a falar? Precisa de empatia, colocar-se no lugar do outro, não é o dono da verdade!
A percepção que tem de si próprio irá influenciar os seus pensamentos e, consequentemente, o seu comportamento: “Tudo depende de como vemos as coisas e não de como elas são”
Carl Gustav Jung
Da mesma forma que se olha, irá olhar o mundo e consequentemente interpreta que o mundo olha para si da mesma forma, ou seja, é espelho e reflexo. Quando muda, tudo muda a sua volta, pois a forma de olhar o mundo muda.
Com a ajuda de um psicólogo é possível identificar os gatilhos, as experiências e os pensamentos que provocam algum trauma, tais como o medo, a depressão, a ansiedade, a insegurança, o que conduz a identificar e a encarar de frente as diferentes emoções e sentimentos que podem conduzir à cura.
O objetivo da terapia é identificar padrões de comportamento e pensamentos, crenças e hábitos que estão na origem do problema, ajuda a ampliar a consciência através da fala, da expressão verbal, os problemas diluem, a mente fica limpa e organizada. Assim, começa a olhar se e olhar o mundo de uma forma mais leve e saudável.
Se sente que necessita de apoio para olhar para a sua vida de forma diferente, conte com o meu auxílio no processo. Marque a sua consulta presencial ou online hoje!
Já parou para pensar no que vê e olha? Já sentiu o que os seus olhos vêm quando gira em torno de si próprio? E o que o seu coração diz quando olha para lá do horizonte? Já escutou o que os seus olhos observam?
Ver é identificar algo ou alguém no imediato sem atenção especial, não estimula a experiência nem a vivência. É um sentido, uma ação involuntária.
Olhar significa direcionar os nossos olhos para algo ou alguém e prestar atenção, um olhar com um genuíno interesse. Por conseguinte, lento, rigoroso, analítico, traz sensação, sentimento, sensibilidade. É observar com cuidado.
Vivemos na emergência de olhar tudo o que nos rodeia e o nosso espelho com dedicação, acolhimento e genuinidade, sem medo, sem julgamento, com olhar curioso e vontade de aprender, de viver.
“ O medo cega (...) são palavras certas, já éramos cegos no momento em que cegamos, o medo nos cegou, o medo nos fará continuar cegos” (...) Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara.”
José Saramago
Segundo Christian Dunker, “as pessoas olham para a própria vida como se fosse uma empresa a ser medida pelos resultados.” Todos os dias uma corrida sem fim. Vemos mas não olhamos. Ouvimos mas não escutamos. Sentimos mas desvalorizamos. Estamos rodeados de pessoas mas não relacionamos. Pensamos mas não refletimos. Sobrevivemos e não vivemos. Vazio. Solidão, um sentimento universal que afeta a todos em algum momento da vida. A solidão pode estar associada à separação e pode-se manifestar em sentimentos de abandono, insegurança, inutilidade, falta de esperança, rejeição, infelicidade e dor. Num dado momento da vida emerge a urgência de parar mas, quantas vezes não fugimos dos nossos olhares?
Por isso, por vezes, não somos capazes de olhar com clareza tudo o que está à nossa volta. Somos constantemente invadidos por pensamentos de culpa e arrependimentos de algo que aconteceu no passado, de traumas, ou de insegurança do futuro.
Precisamos de aprender a olhar com consciência. A consciência é um “estado de alerta ou reconhecimento do eu e daquilo que o rodeia. Se substituirmos eu por própria existência, o resultado é uma frase que engloba alguns aspetos da consciência que considero essenciais: consciência é um estado mental em que temos conhecimento da nossa própria existência e da existência daquilo que nos rodeia. A consciência é um estado mental – se não houver mente, não há consciência.” (António Damásio)
Assim, olhar com consciência é olhar com responsabilidade e com sentido. Desde o início da nossa existência, tudo o que fazemos é dar sentido às nossas experiências. A melhor forma de fazer isto acontecer é conhecer a nossa mente, é procurar comunicar-se com o outro, com a vida, consigo próprio.
“Sua visão ficará clara somente quando você puder olhar para o seu próprio coração. Quem olha para fora sonha; quem olha para dentro desperta.”
Carl Jung
Do mesmo modo como se olha, irá olhar o que o rodeia, irá olhar o mundo, e quando existe esta mudança de olhar, quando existe “novas lentes de visão”, tudo muda, incluindo o mundo. A forma como olha e interpreta todas as situações da sua vida determina como irá agir, reagir e sentir. Sendo assim, olhe para si com carinho, trace metas, faça planos, priorize, sonhe muito, reveja algumas atitudes, pratique o desapego do que não é relevante. Permita-se a cuidar de si, a arriscar, a errar, a conhecer, a aprender, a recomeçar, a descansar. Cuide do corpo e da mente.
Permita-se a aceitar o que olhos do coração lhe falam; foque no seu propósito de vida; pratique o auto-cuidado; promova a empatia e espere o melhor.
A meditação mindfulness, também conhecida por atenção plena, dá-nos o tempo e o espaço para olhar, sentir e estar totalmente consciente de onde estamos e do que estamos a fazer.
Partilho consigo uma forma de praticar esta técnica:
1- Procure o seu lugar: sente-se num local que lhe proporciona estabilidade e seja confortável para si.
2- Observe as suas pernas: se estiver sobre uma almofada no chão, cruze as pernas confortavelmente à sua frente. Se estiver sentado em uma cadeira coloque a planta dos pés a tocar no chão.
3- Corrija a postura: a nossa coluna vertebral tem uma curvatura natural, que deve ser mantida. A cabeça e os ombros podem descansar confortavelmente sobre as vértebras.
4- Estenda os braços à frente do corpo: deixe as suas mãos caírem sobre as pernas.
5- Abaixe um pouco o queixo e deixe o olhar cair suavemente para baixo ou permaneça de olhos fechados.
6- Relaxe: traga sua atenção para a respiração ou para as sensações em seu corpo.
7- Respire: inspire, expire, acompanhe o ar. Procure dirigir a sua atenção para a sensação física da respiração, o ar que se move pelo nariz ou pela boca, a subida e a queda da barriga ou do peito.
8- Sua mente vai se agitar: não se preocupe, quando perceber a sua mente a vaguear, sem julgamento, apenas retorne sua atenção gentilmente à respiração.
9- “Acorde”: observe qualquer som no ambiente, observe como seu corpo se sente, seus pensamentos e emoções. Faça uma pausa por um instante e decida como gostaria de continuar com o seu dia.
“A verdadeira viagem de descoberta não consiste em procurar novas paisagens, mas em olhar para as mesmas com novos olhos.”
Marcel Proust
Relembro que você não está sozinho, conte connosco para o ajudar neste processo de desenvolvimento pessoal. Convido-o a caminhar para esta descoberta de um Novo Olhar.
A autoestima é um tema que está presente no nosso dia-a-dia, no entanto, numa perspetiva do próprio, pouco explorado e até para muitas pessoas, pouco válido. Sentimos vergonha de falar de como nos estamos a sentir e do que pensamos sobre nós mesmos. Pode até ser normal. Porque mostrar que nos valorizamos por sermos quem somos, dizer que acreditamos e nos contentamos pela pessoa que procuramos ser, para a sociedade, não é válido. Há uma parte nossa, que acredita que ao nos expressarmos para as pessoas, para o outro, para o mundo, nos tornamos vulneráveis. Vulneráveis? Sim, vulneráveis, ao ponto de sermos julgados pelas nossas escolhas, opções e estilos de vida, aparência e até pela forma como falamos. E é sempre, aqui, neste lugar que é preciso ter coragem para ser vulnerável. Coragem para expressar, para sentir, para partilhar.
Por vezes, criamos até um sentimento de “perseguição”, como se alguém nos estivesse a vigiar todos os dias, a qualquer hora, alguém que repara em nós e que nos “avalia”, condicionando o nosso comportamento pela insegurança que surge ao sermos quem realmente queremos ser. Limitando a nossa capacidade de fazer as nossas próprias escolhas, e sermos felizes da forma que faz sentido para nós. O que acontece, é que grande parte das vezes, a pessoa que vigia, a pessoa que julga e avalia, é a própria pessoa. É o EU. Basta observar. Aquele Eu exigente, penalizante, com medo e com receio de simplesmente olhar para o que é, e para o que quer para si. Aquele Eu que olha para si mesmo com punição pelas atitudes e escolhas aos olhos da sociedade.
“Nós podíamos ser muito melhores, se não quiséssemos ser tão bons!”
Sigmund Freud
Neste lugar de julgamento, neste olhar baseado no exterior, nesta prisão individual, perceba que afinal, quem coloca estas amarras mentais e quem não se permite a liberdade de ser a pessoa que quer ser, é você mesmo/a.
Tudo isto se transforma num ciclo de insatisfação interna e num processo tóxico instaurado na nossa mente, que limita e condiciona o sentimento de si e sobre si. Como se em qualquer momento, tivesse a oportunidade de simplesmente se criticar e se odiar.
Aprenda a lidar com os julgamentos e desprender destas amarras. Pare de se vigiar, de se cobrar, de se avaliar em todos os momentos, e passe a viver com o pensamento de ser uma pessoa única, com a sua história, o seu caminho, as suas aprendizagens, os seus valores e com as suas próprias caraterísticas. Aceitando-as. E será assim, a sua melhor versão.
“O curioso paradoxo é que, quando me aceito como sou, posso mudar.”
Carl Rogers
Ao invés de se julgar, de encontrar amarras mentais dentro de si, caminhe ao seu lado. Seja o seu melhor amigo/a. Olhe para si, respeite-se, cuide de si mesmo/a, e acima de tudo, viva. O amorpróprio não é sobre ser perfeito todos os dias, mas por se permitir ser aquilo que realmente é: um ser único e especial.
Não existem milagres. Uma autoestima equilibrada exige uma escolha diária de libertação destas amarras e crenças sobre si mesmo/a, promovendo uma autoavaliação positiva, com influência nas emoções e comportamentos do dia-a-dia.
A terapia permite olhar para lugares interiores, desprender ideias e julgamentos internos construídos ao longo da vida, e começar uma nova vida com confiança em si mesmo, podendo assim, ser mais pleno e autêntico. Conte com o meu apoio neste processo, marque a sua consulta hoje e liberte-se das amarras mentais que o(a) impedem de ser livre!
Já pensou que talvez muito daquilo que procura esteja mais perto do que imagina? Passamos muito tempo a procurar a felicidade enquanto o mundo à nossa volta está repleto de coisas fantásticas. A maioria das pessoas está numa correria, como se tentassem encontrar algo melhor do que existe no aqui e no agora. É como se ansiassem o futuro, pois veem o presente como algo aborrecido.
Isto porque a nossa mente vive repleta de ruídos e distrações, por isso não somos capazes de olhar o que nos rodeia. Somos constantemente distraídos pela culpa e arrependimentos de algo que aconteceu no passado ou somos distraídos pelo que esperamos do futuro. Uma pessoa ansiosa e que esteja constantemente a pensar no futuro vive tão presa quanto quem só se foca no passado.
Há muitas coisas que podem nos dar alegria de viver: o mar, uma flor, o pôr do sol, um bom café ou um abraço. Acredito que um dos fatores para uma vida alegre é treinarmos o estar presente, e isso significa observar e apreciar o que nos rodeia.
A melhor forma de fazer isso acontecer é conhecer a nossa mente, diminuir os ruídos e distrações estando focados no presente e usando todos os nossos sentidos. As crianças são um bom exemplo disso. Elas não se preocupam com o futuro nem ficam presas ao passado. Ficam fascinadas com o que está a acontecer no momento presente.
Claro que as crianças não têm o peso da responsabilidade, mas é um excelente exemplo de que existe alegria no aqui e no agora, que existe alegria nas coisas mais simples.
Precisamos de nos engajar com o mundo. Se estou num lugar a pensar noutro lugar, não estou em lugar nenhum.
Isto também serve para as nossas emoções. Estarmos presentes possibilita olharmos as emoções claramente à medida que surgem, em vez de, sermos esmagados por elas.
Pode ser traduzido por atenção plena, ou seja, estamos a olhar em vez de apenas ver. O mindfulness dá-nos o espaço e o silêncio necessários para conseguirmos olhar não só para o que nos rodeia, mas também para o nosso interior. É ao olharmos para dentro que descobrirmos quem somos e o que queremos fazer das nossas vidas.
A técnica Grounding (ilustrada na imagem abaixo) é uma técnica que ilustra esta ideia na perfeição. É uma técnica de mindfulness que utilizo com os meus clientes, sobretudo com queixas de ansiedade, para treinar a atenção e a capacidade de estar no aqui e agora! É uma técnica muito eficaz que permite direcionar a atenção para o ambiente externo e focar no momento presente, afastando os pensamentos ansiosos da mente.
Experimente também praticar esta técnica no seu dia-a-dia, em diferentes atividades. Por exemplo, pratique ao tomar banho – note a temperatura da água, a água a cair e a escorrer pelo seu corpo, as diferentes sensações. Pratique ao comer – note o cheiro da comida, os sabores, o que está a visualizar.
Desde o simples ato de ver a natureza, beber um chá até conversar com um amigo, estarmos presentes a olhar a vida é o que adiciona cor e riqueza. Quando estamos realmente presentes, conseguimos agir intencionalmente. Saímos do piloto automático e passamos a agir em vez de reagir, a olhar em vez de ver, a escutar em vez de ouvir. E assim conseguimos desfrutar muito mais do que a vida tem para nos dar.
Então espero que experimente esta técnica, consiga estar mais presente, consiga olhar o que o rodeia e confirme por si mesmo. Mais do que isso, espero até que mude a sua vida. Se sente que necessita de apoio na jornada, marque a sua consulta hoje.
É-nos difícil, tantas vezes, acreditarmos que aquilo que somos é especial. É especial porque é único, irrepetível. E é por ser único que deve ser cuidado e acarinhado. É o que fazemos com os nossos amigos, com os nossos companheiros, com os nossos colegas de trabalho: enaltecemos as suas características, valorizamos as metas por eles alcançadas, elogiamos as suas qualidades. É curioso que o cheguemos a fazer com leveza e facilidade quando, em relação a nós próprios o nosso comportamento é outro, diferente: alimentamos a nossa autoestima ou ficamos presos em amarras que insistimos em não largar?
Na minha prática profissional são inúmeros os casos que recebo em consulta que trazem esta intenção: quero melhorar a minha autoestima, quero adquirir ferramentas para aumentar a minha autoestima. Se houvesse uma resposta única e se tivesse de resumir numa palavra aquilo que poderia ser este conjunto de ferramentas, então diria: Experiências!
Ao fazermo-lo estamos a negar a nós próprios (e também aos que estão à nossa volta) uma miríade de experiências. E são estas experiências que, em larga medida, podem contribuir para o reforço da nossa autoestima.
Nascemos, cada um de nós, com capacidades únicas. Em muitos casos essas capacidades permanecem como que adormecidas, dormentes, escondidas por medos, receios e sentimentos de inadequação ou inadaptação.
Mostrarmos o que nos torna únicos faz com que atraiamos a atenção dos outros sobre nós e, em certa medida, ficamos sujeitos à possibilidade de uma eventual rejeição, mas também à responsabilidade inerente a um eventual sucesso.
Por um lado receamos não ser importantes aos olhos dos outros; por outro lado receamos ser vistos como pouco modestos. Façamos o que fizermos estas capacidades estão dentro de nós, são parte integrante de nós, são a nossa “massa”.
Quem sabe se a alguns de nós foi-nos ensinado desde crianças a esconder essas nossas “partes”; talvez tenhamos aprendido que as nossas capacidades não têm lugar no mundo profissional dos adultos; talvez nos tenhamos sentido desvalorizados, ridicularizados ou mesmo criticados, ao darmos livre curso àquelas atividades que instintivamente nos atraem; quem sabe se comparamos a nossa vida com organizações e pessoas de sucesso à nossa volta, vendo (erradamente) naquele sucesso a prova da nossa pouca importância; podemos ter formado, ao longo do processo de crescimento e desenvolvimento, crenças de autorrejeição ou de diminuição, de maneira a nos protegermos ou a darmos sentido a situações confusas; podemos ter-nos sentido pouco vistos, pouco ouvidos, pouco compreendidos ou pouco apreciados, e ter inconscientemente “decidido” que se passava algo de errado connosco; talvez as figuras de autoridade presentes na nossa vida nos tenham reforçado a ideia de que temos de ser humildes e evitar mostrar que somos “alguém”.
Existe uma enorme distância entre mostrarmos aquilo que somos e que gostamos e querermos “dar nas vistas” ou exibirmo-nos. Só o facto de existirmos tem impacto sobre inúmeras pessoas, das mais variadas formas: quando nos autorizamos a mostrar a nossa essência, quem sabe até descobrindo partes de nós há muito esquecidas, estamos a renovar a nossa conexão com os outros e com a vida em geral, percebendo que não estamos a fazer favor nenhum ao mundo (às pessoas nas nossas vidas) quando optamos por nos escondermos.
Comece por fazer uma lista de tudo aquilo que executa bem, mesmo que sejam coisas pequenas, que lhe pareçam despropositadas ou que pense não terem qualquer utilidade;
Pergunte-se, depois, como poderá usar essas coisas no seu dia-a-dia e comece, lentamente, a implementar (ou a reciclar) essas mesmas competências;
Experimente: experimente coisas novas e coisas velhas. Lembre-se que o caminho se faz caminhando. Aquilo que lhe é pedido é, apenas, que experimente fazer, dando um passo de cada vez: ao fazer caminho vai (re)conhecer-se melhor a si próprio, vai (re)descobrir a “massa” de que é feito. Quem sabe se é assim que (re)descobrimos a nossa autoestima, que (re)afirmamos o nosso valor único e irrepetível.
A psicoterapia está disponível para o ajudar a descobrir o seu verdadeiro valor, de uma forma segura e acompanhada. Se procura apoio para iniciar ou consolidar este processo, estou aqui para o ajudar. Reconheça e mostre o seu valor!
Desde o nascimento que a (auto)confiança, componente fundamental da nossa capacidade para explorar o ambiente e transformar essa atividade em competências, é feita de um balanceamento entre as oportunidades e os limites simultaneamente oferecidos pela biologia e pelo ambiente social.
Dito de outro modo, esse caminho vai-se fazendo pela nossa capacidade de responder aos desafios sucessivamente renovados do ambiente social, através da transformação e enriquecimento dessa capacidade.
Então, fazer a viagem da vida implica a transformação das modalidades de compreensão do ambiente e das modalidades de ação sobre ele de forma a ir atualizando a capacidade de adaptação. Quando o bebé transita para a infância, a criança para a adolescência, e o adolescente para a adultez, todos eles enfrentam a necessidade de reconfigurar as suas ferramentas mentais de forma a manterem-se capazes de prosseguir de forma exitosa o desafio da adaptação.
Concretizar essa transformação implica “abandonar” as modalidades anteriores de compreensão e ação sobre o ambiente. Porque elas já não são suficientes. Mantê-las é como se fossemos um viajante que guarda materiais prejudiciais ao seu barco, abrindo a porta ao atraso na sua viagem ou, até, a uma vulnerabilidade que pode trazer riscos significativos. Não abandonar esses pesos significa não largar as amarras que nos irão prender a formas insuficientes de relação com o ambiente.
Quando os humanos não conseguem realizar esta atualização do seu software o confronto com a realidade vai devolver-lhes sinais da insuficiência ou incapacidade das suas ações, mentais e comportamentais. Este feedback negativo traz quase sempre consequências na capacidade percebida e, consequentemente, na autoestima. Ao invés, quando eles conseguem progressivamente adaptar as suas ferramentas atualizando-as aos novos desafios e demandas, injetam a autoestima de uma confiança decisiva para continuarem a viajar em modo seguro. Estar consciente que é preciso largar as amarras e dotar o barco da melhor condição para a viagem bem-sucedida constitui uma decisão inteligente que nem sempre é concretizada.
Existem diversos fatores para que isso não aconteça. As caraterísticas mais ou menos favoráveis do viajante, a sua capacidade de aproveitar as oportunidades fornecidas pelo ambiente, a atitude mais ou menos facilitadora desse ambiente. É importante que, à medida que vão crescendo, os viajantes assumam o controlo do seu barco e explorem as possibilidades oferecidas pela melhor gestão entre as suas caraterísticas e as oportunidades disponibilizadas pelo ambiente.
Praticar a arte do possível é buscar o Bem Maior da nossa vida, a Felicidade. Quando o fazemos estamos a cuidar da nossa autoestima, a garantir a nossa capacidade. Largar as amarras que nos vão manter reféns de modalidades insuficientes para a prossecução dos nossos objetivos, incapazes de alimentar a nossa autoestima e de garantir a nossa Felicidade, tem de constituir um propósito fundamental da viagem da nossa vida. Manter essas amarras significa comprometer o nosso desenvolvimento e adaptação. Ficar preso a elas representa um risco para o nosso Bem-estar e Saúde e, até, para a nossa Felicidade.
Se não consegue sozinho soltar-se dessas amarras não hesite em pedir ajuda a alguém especializado. Seja o melhor de si ao cuidar adequadamente do seu bem-estar.