Psicologia do Adulto

A vulnerabilidade, contrariamente ao que se pensa, não é sinónimo de fraqueza. Na verdade, é uma força e sinal de maturidade emocional. Conseguirmos meter em causa o que pensamos e somos, reconhecermos as nossas próprias vulnerabilidades e abrirmos portas a conversas honestas e significativas, onde existe espaço para expressar dor, medo e tristeza ou até mesmo amor – como é normal que o sintamos- é criar um espaço onde é possível melhorar e até salvar vidas.
A coragem trata-se de confrontar temas difíceis- ou seja, ser vulnerável – tirar a falsa armadura de homem forte e construir uma estrutura emocional realmente forte, que nos permita lidar com as adversidades da vida de forma mais saudável.

Dentro da saúde física, existe muita dificuldade em enfrentar essa coragem em ser vulnerável devido, fundamentalmente, ao estigma subjacente aos exames preventivos (p.e. do cancro da próstata) e à conversa sobre essas doenças. De igual forma, a andropausa, conhecida e minimizada como a “crise de meia idade” também se tem constituído um tabu na nossa sociedade. Negligenciar estas questões pode ter efeitos não apenas na saúde física, como na saúde psicológica e social, visto que as preocupações associadas às doenças físicas geram muitas vezes desregulações emocionais que podem ser promotoras de estilos relacionais menos saudáveis, como o isolamento, ou, pelo contrário, agressividade na relação com o outro.